Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Dulce.

Experimente atravessar todo um enorme pátio com olhares fuzilantes na sua direção enquanto você caminha com uma minúscula saia de líder de torcida. Me senti como se tivesse holofotes sobre mim e aquele cabelo super discreto não estava ajudando em nada. 

Eu e Annie entramos na quadra e não foi diferente com relação aos olhares. Na verdade, foi pior. Dessa vez foi como se estivéssemos peladas. As outras meninas da equipe esperavam a chefe e se aproximaram assim que Annie chamou. A loira começou a falar com sua equipe, mas eu não conseguia focar minha atenção em suas palavras, meus olhos estavam presos nos quatro garotos sentados na arquibancada. Só um deles me olhava e sorria. 

Virei pra frente novamente quando ouvi meu nome, ela me apresentava como nova integrante da equipe. Eu tinha achado uma péssima ideia, porém essa era forma mais fácil de chamar atenção e ganhar uma popularidade instantânea. 

O treino foi mais cansativo do que eu esperava, não era só dar pulinhos e rebolar segurando pompons. Também demorou muito pra acabar e todos os movimentos exigiam flexibilidade, equilíbrio e uma boa técnica, nada que fosse dificuldade pra mim. Até os dez anos, eu tinha aulas de ginástica olímpica, pelo menos nisso, meus pais tinham acertado. 

- Tu gosta de ficar por cima hein, capitã! - Gritou Alfonso quando Annie estava no topo da pirâmide. Christian deu um tapa em seu braço, defendendo a prima, mas caiu na gargalhada segundos depois.

Eu e mais algumas meninas soltamos uma risada coletiva e ela deu o dedo do meio pra ele, dando um pulo e caindo no chão com perfeição.

- Por que só eu não entendo as piadas? - Chad cruzou os braços e fez biquinho.

- Porque você é a nossa criança. - Ucker bateu com a mão no topo da cabeça dele, rindo da inocência do amigo.

Voltei a atenção para a coreografia e por sorte, Annie já estava liberando as meninas para o chuveiro. Eu estava realmente precisando de um banho. 

- Ótimo trabalho, você sabe como rebolar essa bun/da, hein. - A loira brincou, passando o braço no meu ombro enquanto seguíamos para o vestiário. 

Senti completamente relaxada quando a água gelada da ducha tocou minha pele, levando embora o suór e o cansaço. Eu ficaria dolorida depois disso. As conversas das meninas foram cessando assim que elas iam saindo, então não me demorei muito ao lavar o cabelo e puxei a toalha branca, me enrolando. Quando saí do box, notei que estava sozinha. Dei a volta nos armários, chamando por Annie, mas nem ela tinha me esperado. 

Enrolei a toalha no cabelo molhado, pegando meu uniforme limpo no armário. Coloquei um shortinho por baixo da saia e fechei o sutiã, quando ia colocar a blusa azul, a porta bateu, me dando um susto.

- Quem tá aí? - Perguntei, olhando em volta. - Annie? Annie, não tem graça. 

Escutei os passos pesados demais para serem dela. Eles se aproximavam enquanto eu rapidamente vestia a blusa. Foi quando ele apareceu.

- E aí, ruivinha. - Ucker mordeu o lábio inferior, cruzando os braços sobre o peito nu.

Prendi a respiração e soltei a toalha do cabelo.

- Não sei se você sabe ler, mas aqui é o vestiário feminino. 

- É claro que eu sei. Por isso eu vim aqui. - Ele sorriu malicioso e deu um passo na minha direção. - Afinal, quantas chances eu teria de te encontrar assim? Sozinha num lugar fechado...

- Eu tenho aula agora, não tenho tempo pra você. - Ignorei ele e caminhei em sua direção, como objetivo de sair imediatamente daquele lugar. - Ah, manda um beijo pro seu amigo branquinho. - Passei ao seu lado, mas quando ia respirar de alívio, senti o braço dele segurando o meu.

- Gostei desse seu jeitinho difícil, garota. - Ucker me puxou pra perto de si e dando dois passos pra trás, senti minhas costas entrando em contato com a superfície de metal do armário. Ele sorriu com o rosto bem próximo, com uma das mãos apertou minha coxa e deslizou os dedos para baixo da saia. Nossos corpos estavam muito colados, mas do que deveria e eu senti que ele tinha a tal pegada que todas as garotas procuram.

Me sentia encurralada, tentando encontrar forças pra me livrar de suas garras, mas uma parte de mim não queria que ele parasse, uma parte de mim estava cedendo e eu não estava gostando nada disso. Se eu desse mole agora, todo o plano iria por água abaixo. Afinal, que homem se apaixonaria por uma mulher fácil assim? 

Com certeza, Christopher Uckermann não. Só que estava sendo muito difícil fugir com aqueles lábios a centímetros dos meus. Sua boca era totalmente perfeita, pedindo para ser beijada e era uma tentação. Eu tinha que sair dali. Ou então...