Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Ucker.

Enquanto levantava o peso de musculação com o braço direito, mantinha os olhos focados nas veias evidentes que surgiam com a força feita e com o músculo se contraindo e crescendo a cada levantada do peso. 

- Isso aí, vamos lá, gostosão. Tu é foda, moleque. - Falava comigo mesmo, como forma de incentivo e de perseverança. Já estava suando, mas tinha prometido que ia dedicar a tarde naqueles aparelhos de academia instalados na varanda no apartamento. - Vamos... - Fui interrompido pelo barulho estridente da campainha sendo acionada por alguém.

Ia gritar para que algum deles atendesse, mas lembrei que Poncho tinha ido para seu curso e Chris e Chad estavam no treino do time.  

- Merda. - Resmunguei, soltando o peso próximo ao meu pé e levantei. Passei as mãos pelo cabelo e dei uma corridinha até a porta, abrindo do jeito que estava. Não imaginava quem seria, afinal, ninguém me visitava aquela hora da tarde. Talvez fosse alguém querendo vender alguma coisa, ou uma garota a procura dos moleques. Mas não.

Quando a porta foi aberta, tive a visão do paraíso. Porque sim, aquela garota só podia ser comparada a esse tipo de coisa. O que dizer daquela roupa que ela usava? No mínimo, uma provocação tipo máxima. Um vestido preto justíssimo no corpo, que mal cobria toda a coxa e tinha um decote em V profundo, quase até o umbigo. Seu cabelo estava solto em cachos que pareciam ter voz e pediam pra serem tocados, puxados, amassados na minha cama. Ninguém usava um vestido daquele, um corpo daquele, um rosto daquele se não fosse pra provocar.  

- Posso te perguntar uma coisa? - Ela sorriu e me avaliou, deslizando os olhos pelo meu peito suado e nu. - Você pensou mesmo, por um segundo sequer, que só você brincaria hoje?

Engoli em seco. Não sei como a saliva passou na garganta, muito menos como eu ainda respirava. Porque eu acho que olhando para aquela ruiva e ouvindo aquelas palavras dela, meu cérebro tinha se esquecido de todas as outras funções necessárias e focado toda a sua atenção nela e no desejo que passava por minhas veias como uma corrente elétrica instigante. 

- Shii, não fala nada. - Dulce mordeu o lábio e me deu um leve empurrão com a palma da sua mão em meu peito.

Arfei ao vê-la fechar a porta e direcionar aqueles olhos castanhos ardentes pra mim, sorrindo maldosamente. Eu não sabia o que dizer, não sabia mesmo, pela primeira vez não havia uma provocação convencida prestes a sair da minha boca.

- Gosta de ser provocado do jeito que gosta de provocar? - Perguntou ela. - Espero que sim. 

Dulce se aproximou e eu não me movi em nenhum momento. Fiquei apenas olhando enquanto ela vinha na minha direção e quase não acreditei ao vê-la escorregar seus dedos pelo meu peito, arranhando de leve com suas unhas pintadas de vermelho-sangue. Mordi o lábio ao vê-la passar pelo umbigo e atingir o cós da bermuda. Esperando a atitude de Dulce, vi sua mão presa ao elástico do short e ela me puxou de uma vez só pra próxima de si, imediatamente seu corpo estava unido ao meu.

- Fala pra mim, você achou que o ponto tivesse sido somente seu? - Dul umedeu os lábios e sorriu. - Porque pra ser sincera, eu não aceito perder. - Ela me empurrou e fomos andando em passos sincronizados, até que fui empurrado de uma vez só e minhas costas encontraram com o sofá da sala.

Deitado ali, com a maior expressão de sofrimento que eu já tinha tido na cara, vi Dulce caminhar até mim sensualmente e encaixar suas pernas abertas no meu quadril. Pu/ta que pa/riu. Eu vi o céu assim que ela deitou sobre mim. Seu cabelo caiu de lado e ela permaneceu com aquele maldito sorriso de torturadora, porque era isso que ela estava fazendo comigo.

- Engraçado, mais cedo você tinha tantas piadinhas na boca. Agora tá tão caladinho. - Dulce escorregou suas unhas pelo meu peito, me arranhando de maneira provocante. Fechei os olhos e procurei minha voz, que estava em algum lugar perdida. 

Quando abri a boca pra falar, senti a respiração quente tocando meus lábios e me calei. Centímetros separavam aquela boca maravilhosa da minha. Malditos centímetros torturantes. Ela me olhava nos olhos, inclinando mais o rosto e fez questão de roçar de leve sua boca na minha. 

- Fala alguma coisa, gatinho. - Sussurrou ela, soprando seu hálito de menta na minha boca, enquanto mordia meu lábio inferior e puxava. 

- Me beija. - Pedi, totalmente rendido e dominado. Cara/lho, como ela tinha conseguido fazer uma coisa que mulher nenhuma na face da Terra tinha conseguido?

Dulce riu e se inclinou mais, seus lábios tocaram de leve os meus, a excitação levava meu coração a acelerar com a adrenalina que bombeava em meu sangue, que parecia ferver. Ela também conseguiu controlar o beijo e quando sua língua encontrou a minha, foi ela quem dominou os movimentos. Mesmo assim, foi um beijo gostoso pra cara/lho. Dulce sabia direitinho o que fazer, como se me conhecesse, sabia exatamente do que eu gostava. Quando a ruiva ia se afastar, segurei sua nuca e me sentei no sofá, era a minha vez. Suas pernas foram envolvidas no meu quadril e seu vestido subiu. Ela passou suas unhas nas minhas costas, me arranhando e quando eu ia passar a mão em sua bun/da, Dulce se afastou rindo e levantou do sofá, desvencilhando-se de mim com muita facilidade. 

- Eu quero muito mais que só um beijo na boca. - Sorriu, usando minhas palavras contra mim e deu uma piscadela, abaixando o vestido para onde estava antes. Virou-se de costas indo em direção a porta, enquanto eu olhava chocado seus passos.

- Você... vai embora? - Essas foram minhas melhores palavras? Sério, cara? Eu estava quase implorando pra ela ficar? - Não, não vai, não. - Murmurei, quase como uma ordem, querendo dizer que não deixaria.

- Cadê sua educação? - Dulce riu, abrindo a porta.

- Fica. - Soltei e foi o melhor que podia. Mas ela parou hesitante e ergueu sua sobrencelha, com um pé já pra fora do apartamento. - Por favor. - Cuspi, entredentes. Não acreditava que estava pedindo isso. Não acreditava que estava pedindo por favor pra uma mulher ficar comigo.

- Foi bonitinho assistir isso. Mas não. - Ela mandou um beijo no ar. - Ah, acho que ganhei dessa vez. - Dulce sorriu de lado e fechou a porta, me deixando sozinho. Levantei, mas pensei direito antes. Seria mais vergonhoso ainda correr atrás dela feito um necessitado. Ainda por cima excitado, com aquele volume na bermuda. 

Chega de esculacho por hoje. Já tinha passado da cota, Ucker. Sofreria, mas sofreria calado. E de preferência, embaixo de um chuveiro gelado.