Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Chad.

Finalmente ela estava sozinha. Caramba, como é difícil encontrar uma garota que não esteja cercada de outras garotas. Elas parecem andar sempre em bando.

Mas agora ela estava ali, cercada apenas por vários livros e cadernos. Era a minha grande oportunidade e eu não tinha ideia do que devia dizer ou... fazer. É simples, certo? Eu só preciso chegar nela. Afinal, não é a nossa primeira conversa e eu espero que não seja a última. 

Droga. Eu podia sentir o suór escorrendo pela minha nuca. Respirei fundo pela milésima vez, procurando por uma coragem que eu não tinha. 

Minha própria falta de ação já estava me irritando. Respirei fundo novamente e me forcei a caminhar. Coragem, Chad. 

Logo que me aproximei de sua mesa, Lilly ergueu o rosto e seu olhar me encontrou. 

- Oi, gato! - Exclamou e um sorriso iluminou seu rosto bronzeado. 

- Oi.

Oi? É só isso? Sério? Mesmo? Droga. As palavras fogem quando você mais precisa delas. 

- Senta aqui comigo. 

Lilly tirou sua bolsa da cadeira e me sentei. Nada naquele lugar chamava mais a minha atenção do que aqueles enormes olhos azuis e cálidos. Lilian conseguia ser naturalmente perfeita. 

- Então... 

Pisquei algumas vezes seguidas meio constrangido como se Lilly pudesse ler meus pensamentos. Se bem que seria bem mais fácil se eu não precisasse falar. 

- Eu tô atrapalhando você? 

- Claro que não. - Negou. - Aliás, eu não aguento mas fórmulas. - Ela arfou, cansada. 

- Você precisa relaxar. 

- Tô louca pra relaxar. - Ela tomou o último gole de suco no copo mantendo o olhar fixo em mim. Colocou a mão no pescoço e girou um pouco a cabeça para os lados, fechando os olhos e tentando estalar o músculo provavelmente rígido. 

Lilly voltou a me olhar, no fundo de meus olhos. Eu ficava meio intimidado com aqueles olhos azuis grudados em mim mas eram tão encantadores que eu quase não me importava. Desviei o olhar por uns segundos e senti seus dedos finos e delicados tocarem meu rosto, me obrigando a encará-la novamente. 

- Você é diferente, sabia? - Disse, apoiando os cotevelos na mesa enquanto inclinava a cabeça para o lado, como se me examinasse. 

- Diferente tipo um idiota? - Perguntei. 

Ela riu. 

- Diferente tipo bom. Tipo perfeito. - Completou. 

- A maioria não pensa assim. - Dei de ombros. 

- Olha... - Ela aproximou seu rosto do meu. - Eu nunca conheci um cara tão incrível como você. A maioria já teria tentando algo mais, acredite. Mas você não, você me respeita, Chad. Tá aí, me olhando assustado como se eu fosse louca ou coisa do tipo. E quer saber? Eu adoro isso. 

Ela sorriu. 

- Você me assusta um pouco, mas... - Expliquei. - Não te acho louca, Lilly. 

- Relaxa, gato. Eu só mordo se você pedir. - Ela passou a mão de leve pelo cabelo bagunçado. 

- Ãhm... Eu não quero que me morda. 

Franzi a testa e seja lá o que for que eu tenha dito, soou engraçado, fazendo Lilly jogar a cabeça pra trás numa gargalhada alta. A moça da biblioteca fez "shii" e ela abaixou o tom. 

- Gosto de ficar perto de você. Você ri como se eu realmente te divertisse. 

- Você me diverte, Chad. - Lilly piscou, abaixando os olhos novamente para seu livro. 

Mais alguns segundos de silêncio até eu tomar coragem de lhe fazer uma pergunta. 

- Você gostaria que eu fosse como os outros? 

- Como os outros quem? - Ela voltou o olhar pra mim, unindo as sobrancelhas. 

- Poncho, Chris... - Engoli em seco. - Ucker. 

Lilly riu e balançou a cabeça em negativa. 

- Não, gatinho. Eu não gostaria nem um pouco. Na verdade, eu nem falaria com você. Veja só, eu por acaso falo com Christian e Alfonso? Eles não são meus amigos como você é.

- Mas Ucker... - Comecei, até ela me interromper. 

- Atração, Chad. Hormônios, cervejas e um cara com uma boa lábia fazem qualquer garota perder a linha. - Ela deu de ombros. - Já passou. Agora ele é da Dul. 

- Eu pensei que aquele lance de vocês era de verdade. 

- Era de verdade, mas não era de longe o que eu queria. - Lilly me olhou profundamente. - Eu quero mais que isso, Chad. Eu quero segurança, quero braços pra voltar no fim de um dia estressante, quero alguém que faça massagem nos meus pés... 

Ela soltou um longo suspiro. 

- Já chega de tempestades, agora eu só quero a calmaria do mar. 

Não tive coragem de dizer nada. Estava sem palavras. Desde o primeiro momento que eu a vi, eu sabia que ela era muito além daquela imagem que passava. 

- Hey, Adams, nossa aula começa em cinco minutos. - Disse uma loira, atravessando a porta como um raio. 

- Ah, claro. - Lilly fechou o livro e começou a guardar suas coisas na bolsa. 

A garota não a esperou e saiu tão rápido quanto tinha entrado. 

- Te vejo depois, gatinho. - Ela levantou colocando a bolsa em um ombro e beijou meu rosto com ternura. 

É agora ou nunca. Eu nunca terei uma oportunidade como essa. A vida estava me dando uma chance, eu não ia desperdiçá-la. 

- Lilly, espera. 

Levantei da cadeira, segurando sua mão. Ela virou-se pra mim com os olhos atônitos, me esperando falar. 

- Eu posso ser sua segurança, tenho dois braços e... bom, não sou bom em massagens, mas por você eu posso tentar. Seria uma honra fazer você relaxar ao meu lado depois de um dia estressante. 

Me aproximei de leve e Lilly manteve seus olhos em mim. Agora era ela quem não tinha palavras. 

- Eu posso ser seu ponto de paz no meio desse caos. - Envolvi a mão em sua cintura, inclinando o rosto. E beijei sua testa com carinho. - Boa aula. 

Me afastei vendo Lilly com sua expressão confusa. 

- Ei. - Ela me puxou pra perto de si pela camisa. - Não pode simplesmente ir embora depois de me dizer essas coisas. Chad, isso não se faz. 

- Ah, meu Deus. - Senti a preocupação arder no peito. - Eu falei algo que não devia? Lilly, me desculpa...

- Cala a boca. - Sussurrou tão próxima que pude sentir sua respiração tocar meus lábios. 

Ela ficou na ponta dos pés, passando uma mão em minha nuca para encostar sua boca quente e macia na minha com vontade. 

E logo depois, tinha acabado. Foi rápido demais e Lilly já tinha se afastado de mim, com um sorrisinho. 

- Ei. - Murmurei, sorrindo de lado. - Não pode simplesmente ir embora depois de fazer essas coisas. Lilly, isso não se faz. 

Ela riu quando a puxei pela cintura e dessa vez a beijei com mais intimidade, deixando minha língua encontrar com a sua. Ela deixou que minha mão descesse até abaixo da cintura dela. E numa batida mais forte de percussão, num rodopio, giramos juntos e ela pediu:

- Deixa eu cuidar de você. 

E eu simplesmente disse:

- Deixo. 

Logo depois, caminhamos juntos até a estante mais próxima enquanto eu sentia Lilly envolver seus braços em meu pescoço. Encostei a mesma nos livros e me afastei para lhe encarar. Queria ter certeza que era real. Não ia sumir numa nuvem de fumaça. 

Então, percebi que aquele tal de amor verdadeiro que só se encontra uma vez na vida estava diante de mim. E tinha olhos azuis tão perfeitos que eu podia viver eternamente naquele momento.

Não queria mais ir lá pra fora. Meu pedaço de céu estava ali.   

Oiiiiiiiiin, chicas *-*

Chally, eu shippo fortemente <3

Comentem, hein ;)

XOXO, primas da web.