Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Chad.

Assim que parei em frente a porta de madeira maciça da casa, chequei mais uma vez o endereço fornecido por Lilly via mensagem, só pra ter plena certeza de que estava no local certo. Tá bom, confesso, era puro nervosismo de estar ali. A garota morava sozinha naquela casa e seus pais estavam a quilômetros de distância, o que me fazia sentir culpa ao ficar sozinho com ela. Quer dizer, qual é a da Lilly? Ela sabe que eu sei pouco de Biologia e o que sei, não é mais do que ela. Mas mesmo assim, pediu minha ajuda. Não é estranho demais?

Lilly abriu a porta depois de alguns segundos tocando a campainha. Eu estava tão nervoso que não conseguia desgrudar o dedo do pequeno botão, o que me fez passar vergonha apertando várias vezes seguidas, como se fosse uma emergência.

- Olha só quem tá ansioso pra me ver! - Ela deu uma risada, me deixando vermelho.

Não mais do que fiquei depois. Meu corpo inteiro estremeceu quando enxerguei a garota de cabelos bagunçados a minha frente. Lilian estava com uma camisa do Iron Maiden preta que parecia um vestido, porém me deixava ver sua... sua bun/da. E o pior, eu olhei e pensei: será que ela tá de calcinha?

- Cheguei num momento ruim? - Virei de costas para espantar a imagem e reprimir o desejo, porém ouvi sua risadinha enquanto me puxava pra dentro da casa.

- Você é um fofo. - Lilly fechou a porta. - E tem a autorização de olhar, gatinho.

Ela se aproximou na ponta dos pés e soltou um beijo no meu pescoço, me fazendo arrepiar. Lilly era perigosamente sorrateira.

- E tocar também. - Sussurrou.

Engoli seco e cerrei os punhos, sentindo o tremor se espalhar por todo o corpo. Ela gargalhou e pulou no meu colo, envolvendo as pernas em minha cintura e me fazendo segurar em suas coxas, quase na bun/da.

- Esse seu jeito me deixa louca, sabia? - Lilly encheu meu rosto de beijos molhados e provocantes.

- Não faz isso. - Gaguejei enquanto ela mordia meu lábio inferior.

- Não faz isso você. - Fez biquinho.

- É só não me provocar.

Lilly bufou e desceu do meu colo, mostrando o quando minha resistência a deixava frustrada. Não estava acostumada com isso, claro. Era linda demais pra ser recusada, só um babaca como eu faria esse tipo de coisa.

- Vamos estudar? - Tentei quebrar o silêncio.

- Eba! - Ela fingiu entusiasmo. - Os livros estão no meu quarto, vem.

Antes mesmo que eu dissesse a ela que era melhor estudar por ali mesmo, Lilly já tinha sumido num corredor. Segui a morena com as pernas bambas, entrando em um cômodo com a porta aberta. O quarto dela era enorme, com combinações em lilás e azul, fofo demais. Do lado da cama havia um tapete felpudo e branco, onde Lilly estava sentada, fazendo carinho como se ele tivesse vida.

- Senta, gatinho. Para de timidez.

Deixei os chinelos na beira do tapete e sentei ao lado dela.

- Cadê os livros? - Perguntei, procurando. Fui pego de surpresa quando Lilly sentou no meu colo, encaixando suas pernas em volta de mim.

- Que tal estudarmos a biologia dos nossos corpos? - Ela me olhou nos olhos e mordeu seu lábio inferior, deixando-o vermelho. Não pude evitar acompanhar o movimento.

- Lilian...

- E não me venha com essa história de livros. - Ela sorriu maliciosamente. - Teóricas são um saco. Aulas práticas, meu bem.

Caramba, eu não costumo xingar, mas preciso dessa pequena licença. Pu/ta que pa/riu.

Ela era linda, linda demais. Não gostosa, isso ela também é, mas eu tô falando desse rostinho meigo na minha frente, desses olhos azuis que me fazem querer parar o tempo. Tô falando dessa beleza alucinante que ninguém devia ter o direito, ter a ousadia de possuir.

- Eu não sei se você faz ideia de como é maravilhosa, mas eu quero dizer: olhar nos seus olhos, beijar sua boca, é simplesmente transcendental.

- O que quer dizer transcendental? - Ela questionou, rindo.

- Coisas que estão além dos limites conhecidos do universo.

Lilly cerrou os olhos e acariciou minha nuca.

- Então você é transcendental, baby. - Disse com uma voz sexy.

Não a deixei morder o lábio dessa vez, beijando sua boca avermelhada com desejo. Eu queria ter o poder de parar o tempo, mas se não tinha, queria guardar cada detalhe na memória. Acariciei suas costas e seus cabelos, sentindo toda a pele de Lilly esquentar sob meus toques.

Em algum momento que não percebi, ela deitou-se no tapete e eu me encaixei entre suas pernas, deitando o corpo sobre o dela, sem desgrudar de seus lábios sequer por um segundo.

- Lilly... - Hesitei, me afastando.

- Não, não para. - Ela soltou um baixo gemido entredentes. - Tá tão bom.

- Não podemos... - Fechei os olhos, respirando fundo.

- Claro que podemos. - Insistiu. - Por favor, não para agora, Chad.

Por um momento eu quis ser como meus amigos eram, mas não conseguia. Balancei a cabeça em negação e levantei, sentando no tapete. Lilian bufou, levando as mãos até o rosto e continuou deitada.

- O que foi, você é virgem? - Perguntou.

Neguei com a cabeça, coçando a testa e ouvi seu suspiro de alívio.

- Então qual é o problema?

- As coisas não são assim. Não pra mim. - Expliquei, nervoso. - Não funciono como os outros caras, não vejo você como um... pedaço de carne suculento.

Ela deu uma risada e jogou as pernas sobre as minhas.

- Você não existe, meu amor.

Mal sabia Lilly o quanto mexia comigo ouví-la me chamar daquela forma tão carinhosa.

- Você tem que desencanar, relaxar um pouco, sabe? - Ela sorriu. - Vou te contar um segredo, algo que ninguém nunca deve ter te dito: duas pessoas que se gostam fazendo pu/taria juntas é a coisa mais linda do mundo, não importa o que digam. A sociedade gosta de proibir o amor, o sexo... A gente nunca sabe se vai durar uma noite ou a vida toda... e essa é a graça, Chad.

Ela era tão linda que eu precisava dela na minha vida. Lilly Adams é o tipo de garota que mamãe me ensinou desde pequeno a manter distância. Mas como? Como não querer aqueles olhos azuis como o oceano mais bonito na minha vida? Como não desejar passar o resto da vida com aquele olhar sobre mim?

Cara, ela é tudo que eu quero, misturado com tudo que eu nunca quis.