Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Ucker.

Mesmo que eu quisesse jamais poderia escolher apenas uma. Elas me completavam e não eram do tipo que se dispensa. É, eu estava em maus lençóis. Mas tinha que admitir: elas não eram burras, uma hora acabariam descobrindo e isso não seria agradável. 

Annie, como eu poderia deixar aquela loirinha solta por aí com tanto marmanjo a sua volta? Ela estava segura ao meu lado. Mai, tão encantadora e inteligente, sempre com os melhores assuntos. Confesso que às vezes queria que ela relaxasse um pouco e saísse do papel de cdf, mas era aquele seu jeitinho recatado que me prendia nela. Quanto a minha Lilly, não poderia desistir dela nem sob tortura. Aquele olhar sexy e seu ar de menina má me enfeitiçavam. Droga, eu quero as três. Mas não posso continuar com essa história e já que não posso ter todas juntas, melhor não ter nenhuma.

E foi o que eu fiz. Primeiro fui na casa de Annie, foi mais fácil do que eu imaginei. Ela não gritou nem me bateu, manteve seu narizinho em pé e disse:

- Ótimo, quem sai perdendo é você. - E bateu a porta. Até fiquei contente, eu estava inteiro. Mas foi cedo demais pra comemorar. Antes de me mover, a porta se abriu novamente e ela estendeu um sorriso debochado pra mim, senti sua mão delicada acertando em cheio meu rosto. Isso doeu.

Com a dignidade um pouco ferida, era a vez de terminar com Maite. Estacionei na frente de sua casa, ainda sentindo o rosto ardendo. Ela estava lendo um livro quando apareceu na porta e na verdade nem deu atenção para o que eu falava. Apenas assentiu de leve com a cabeça sem desgrudar os olhos da obra. Ela estava me ignorando? Estava, assim que terminei de falar, esperando alguma reação, ela virou-se e bateu a porta na minha cara. Pelo menos, nada de tapas em relação a Maite.

Lilly. Minha maior preocupação. Ela sim me colocava medo. Minha futura ex-namorada parecia ter um sexto sentido, pois me esperava sentada na varanda com os braços cruzados, visivelmente reprimindo sua variedade de palavrões. O-ou. Enfiei as mãos nos bolsos para não tremer, parecia ridículo para um homem do meu tamanho ter tanto medo de uma garota com menos de 1,65 m. Corrigindo, parecia ridículo para quem não conhecia Lilian Adams. Seguindo o texto do roteiro e dizendo: "não dá mais, você merece alguém melhor, não é você, sou eu e blá, blá, blá...", ela soltou apenas uma palavra:

- Fo/da-se. 

Assenti e saí antes que ela mudasse de ideia e corresse atrás de mim com uma faca nas mãos. 

Pronto. Tudo terminado. Eu era um legítimo solteiro. E não estava nem um pouco arrependido, afinal, as calouras me esperavam. Estava começando a pensar na ideia de ter uma namorada pra cada dia.