Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance
Por Dulce.
Eu estava frustrada, extremamente frustrada. Isso começou no exato momento em que entreguei a prova de Estatística nas mãos do professor e ele me olhou feio, talvez por eu ter deixado uma questão em branco. Eu simplesmente não conseguia me concentrar, nem mesmo pra encher linguiça e inventar uma resposta qualquer para aquela pergunta idiota. Além disso, havia o fator de um fim de semana conturbado que não me permitiu em nada estudar de verdade.
- Que carinha é essa? - Perguntou Annie, quando saímos da sala juntas.
Nem eu mesma sabia dizer. Minha cabeça vagava de Léo para Ucker e depois voltava para o início.
Por que mesmo eu estava com aquela cara de bun/da?
Foi isso que Jimmy me perguntou, antes mesmo de eu dar um laço nas costas, amarrando meu avental. Eu, como fiz a manhã inteira, sorri e arrumei uma desculpa. "Fui mal na prova", murmurei.
Nem mesmo a presença de Ucker me animou. Ele brincou comigo, fez gracinha, me deu uma ótima gorjeta, mas eu continuei com aquele sorriso amarelo tosco.
Quando terminei meu turno, corri pra casa, cheia de fé que a soma Sparks no meu colo mais um filme de comédia resultasse na melhoria do meu dia. Mas não rolou. Sparks decidiu se enfiar embaixo da cama e eu não consegui tirá-lo de lá nem com comida. Só pra completar, esqueci de pagar a Netflix esse mês.
Ok, vou dormir. Já entendi o recado, Deus.
Não era pra eu ter levantado da cama hoje.
Assim que me joguei na cama, a campainha tocou. Que merda!
Tentei esconder o rosto com o travesseiro e fingir que estava dormindo, mas não adiantou. A pessoa insistente do outro lado da porta tocou de novo e dessa vez, pra acompanhar, ainda bateu na madeira.
Arrastei os pés até a minúscula sala e me surpreendi ao ver Sparks me seguindo miando e passando o corpo fofinho entre as minhas pernas.
Com certeza era Lilly.
- É né, seu safado. - Impliquei, olhando para meu gato enquanto destrancava a porta. - Agora você sai debaixo da cama.
Abri a porta ainda olhando para Sparks, que soltou uma miado alto e animado. Olhei lentamente pra cima, esperando dar de cara com minha amiga, mas me não era Lilly que estava ali.
- Ucker?
- Oi, garotão. - Ele abriu um largo e genuíno sorriso, abaixando para pegar meu gatinho persa no colo.
Sparks miou, e eu sabia o que aquele miado significava: saudades.
- Eu sabia que você gostava de mim. - Ucker levantou com o felino no colo e me olhou pela primeira vez. - Vai se arrumar, vamos sair.
- Ah, vamos? - Ergui as sobrancelhas.
- Aham. - Ele concordou.
- Não vamos, não. - Neguei com a cabeça, dando uma fraca risada.
- Eu vou ter que te obrigar, Dulce Maria? - Ucker me encarou, convencido. - Não me desafie.
- Vai ter que me pagar pra sair de casa hoje.
- Eu pago.
- Aliás, você tá me devendo, lembra? - Dei um sorriso.
- Claro que lembro. - Ele se aproximou, me olhando nos olhos de forma maldosa. - Mas percebi que existem formas mais prazerosas de se pagar uma aposta do que dinheiro.
Opa. Até que eu tô aceitando essa forma de pagamento.
Dei um sorriso de leve e ouvi o miado ciumento de Sparks. Era a minha deixa.
Desviei o olhar de Ucker e puxei meu gato de seu colo, soltando um beijo em sua cabeça.
- Ok, vou me arrumar, mas só porque tô aqui entendiada e você até que me faz rir.
Ucker assentiu rindo e entrou, se jogando no sofá. Demorei exatamente trinta e cinco minutos pra tomar banho e escolher um vestido salmão bem fofinho com um jaqueta jeans por cima e um coturno curtinho marrom. Pentiei o cabelo com os dedos, deixando os cachos amassados se abrirem e quase não passei maquiagem no rosto. Eu sabia que Ucker gostava de mim assim.
Tive minha confirmação quando ele me olhou de cima a baixo e me lançou um sorriso admirado.
- Uau, cê tá linda. - Ele levantou do sofá, batendo a mão na camisa preta pra tirar os pelos claros de Sparks.
- Obrigada. - Dei um sorriso tímido.
Agora a parte mais interessante do dia inteiro: Ucker segurou minha mão até chegarmos no carro dele. Quem não nos conhecia podia acreditar por alguns minutos que éramos um casal de verdade.
- Tá ok, vamos aonde? - Questionei, colocando o cinto.
Ucker olhava pelo retrovisor enquanto dava a ré pra sair do estacionamento. Não pude deixar de reparar que enquanto fazia isso, ele mordia o lábio, deixando a ponta de sua língua de fora.
- Não faça perguntas, senhorita.
- Que foi, vai me levar pra um motel ou coisa assim?
- Você quer ir? - Ucker me olhou, arrancando com o carro.
- Foi uma pergunta, não uma sugestão.
- Qual é, Dul! - Ele riu, provocante. - Não precisa fazer esse doce comigo mais não.
Revirei os olhos.
- Então era isso, motel? - Bufei. - Dê meia volta, nem gaste sua gasolina, muito menos seu dinheiro.
Ucker então parou de rir e me encarou de lado, surpreso. Virei a cara para a janela, instantaneamente irritada.
- Eu só tava brincando, garota.
Já falei o quanto detesto quando me chamam assim? Especialmente ele, parece tão prepotente.
- Eu tenho nome, Ucker.
- Foi mal, Dulce Maria. Não pensei que você fosse se irritar assim.
- Devia ter pensado. - Falei, sem olhar pra ele. - Não sou essas vagabundas que você leva para o motel a hora que quer.
- Eu tava brincando! - Ele falou pausadamente, aumentando o tom da voz.
Ficamos em silêncio ao mesmo tempo. Por alguns segundos, somente o motor do carro podia ser ouvido, mas é claro que não ficaria assim.
- Isso tudo é por causa do Léo? - Perguntou, com a voz baixa.
- O que o Léo tem a ver com isso? - Trinquei o maxilar.
- Eu não sei. - Ucker deu de ombros. - Foi só uma pergunta.
Preferi não responder para não piorar a situação. Queria que ele parasse o carro ou me levasse de volta pra casa. Talvez se eu abrisse a porta e me jogasse pra fora, rolasse pelo asfalto e retornasse para onde não devia ter saído.
Fui o caminho todo em completo silêncio, até mesmo quando Ucker colocou o cd do Maroon 5, achando que me faria ficar menos brava. É claro que fez, só que ele não precisa saber dessa parte.
- Baby, I’m preying on you tonight, Hunt you down, eat you alive... - Começou a cantar, animado. - Just like animals, animals, like animals.
Tive que rir da voz empolgada de Ucker, tentando fazer os agudos de Adam Levine. Assim fica difícil ficar de cara feia.
- Eu tô entendendo a indireta, hein.
- Ih, ruiva. - Ele revirou os olhos. - Eu só tô cantando.
Assenti prendendo a risada e Ucker continuou seu pequeno show. Quando parou no sinal fechado, aumentou o som, gritando:
- Eu amo esse cara, por/ra! - Ele começou a batucar no volante, se empolgando de verdade.
Ucker cantou e eu ri dele até não poder mais. Sério, ele até uivou.
- Chegamos. - Disse com um imenso sorriso, abaixando o som.
Olhei pra frente e quase não acreditei. Estávamos estacionados na beira de um morro alto, no meio do nada, num silêncio completamente distante ao caloroso centro da cidade.
- Uau! - Levei a mão até a boca, perplexa com a visão.
Eu nunca tinha visto o céu tão de perto, nem estrelas tão brilhantes como essas.
- Foi aqui que meu pai trouxe minha mãe pra pedí-la em namoro. - Ele deu um meio sorriso. - Acredito que ela engravidou de mim aqui também.
Soltei uma risada sendo acompanhada por ele e Ucker cruzou os braços, olhando pra frente.
Era a coisa mais romântica que já fizeram por mim. Entretanto, é claro que ele ia estragar o momento, era típico dele. Ucker de repente, desatou a rir e encostou a testa no volante.
- Cara, isso não tem sentido... Por que eu fui escutar os conselhos da minha mãe?
Revirei os olhos, tirando o cinto.
- Você é broxante.
Abri a porta do carro, saindo rapidamente. Quase me arrependi e voltei pro quentinho do interior do automóvel só pelo frio que tava lá fora, mas mantive a pose, cruzando os braços. Andei até a frente do carro, olhando pra cima na tentativa de fazer a raiva passar.
- O que aconteceu? - Ucker parou ao meu lado, franzindo a testa.
- O único momento romântico que eu tive em toda a minha vida e você estraga. - Rosnei.
- Ou, eu pensei que você tivesse achando tão cafona quanto eu.
- Como sempre, você pensou errado. - Estalei a boca.
Ucker então ficou em silêncio por alguns segundos. Logo depois, ele suspirou e tomou coragem, me abraçando por trás. Envolveu suas mãos carinhosas envolta de mim e beijou meu ombro, apoiando o queixo depois. Isso derrubou meu muro,tijolo por tijolo. Tava cada dia mais difícil lidar com esse plano, isso estava completamente fora de controle.
- Posso te fazer uma pergunta?
Droga, droga, droga. Foi assim que ele pediu Maite em namoro, dizendo "posso te fazer uma pergunta?".
Deixei Ucker sem resposta, virando de frente pra ele e o beijando com vontade. Era uma atitude desesperada para que ele calasse a boca e não me fizesse perguntas que eu não sabia responder.
Então, lá estava o verdadeiro Christopher Uckermann. Num impulso só, ele me fez pular em seu colo, ainda beijando meus lábios e mordendo com desejo, enquanto mantinha as mãos firmes na minha bun/da.
- Espera. - Ele se afastou, ofegante. - Preciso rezar.
Franzi a testa e Ucker olhou pro céu acima de nós.
- Que nossas brigas terminem sempre assim, amém.
Soltei uma gargalhada que foi calada por um beijo. Os próximos minutos se seguiram com calorosos amassos, beijos, mordidas e chupões. Ele me colocou sentada no capô do carro e se encaixou entre as minhas pernas estrategicamente.
- Sua gostosa. - Arquejou, sentindo minhas mãos geladas deslizarem por suas costas.
Empurrei Ucker até que ele desse três passos para trás e mordi o lábio, descendo do carro.
- Vem. - Chamei, abrindo a porta.
Tirei a jaqueta, jogando no banco de trás e Ucker bateu a porta com força, me puxando pelo braço.
Em segundos eu estava sentada no seu colo, as pernas envolta dele, as costas encostadas no volante do carro.
- Você tá me tirando completamente do sério. - Suspirou, colocando meu cabelo pra trás.
Quando ele me olha nos olhos assim, cara... Eu esqueço até quem eu sou.
- Vou te tirar do sério... - Beijei seu pescoço, sussurrando perto do seu ouvido. - Vou tirar sua roupa...
Ele puxou meu cabelo com força, me fazendo olhar nos seus olhos.
- Saca só como ele é educado, levantou pra tu sentar. - Brincou, olhando pra baixo com um sorriso sacana.
- Cala essa boca!
- Vem calar. - Mordeu o lábio.
- Calo. Deixa comigo.
Soltei um beijo molhado nele, que mordeu e puxou meu lábio.
- Eu te odeio! - Concluí, rindo.
Mais um beijo estalado e Ucker me olhou, acariciando meu rosto e soltando um riso sarcástico.
- Sabe que eu também tô começando a te odiar...
Autor(a): primasdaweb
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Por Ucker. Ela rebolava no meu colo como se aquela fosse a última coisa que faria na vida. Mano, isso não é normal. - Ai, cara/lho. - Resmunguei baixinho quando Dul tirou minha camisa e distribuiu beijos calorosos pelo meu pescoço, abaixando em seguida para meu peito. Ok, vamos lá, eu nunca pensei isso antes, mas... Transar para sempre c ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 525
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isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:24:23
espero que você volte!!!
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candy_girl Postado em 08/11/2020 - 00:18:21
Dulce justiceira, certissima.
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rafa_evencio Postado em 17/07/2017 - 20:18:54
Eu estou aqui ainda :) e se um dia você voltar serei uma das primeiras a ler!!!
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vondyfforever Postado em 25/06/2017 - 00:04:18
Eeeeeuuu tooo aquilo sim, nas duas webs, e espero que vc melhore e fique muito bem para continuar, são as minhas preferidas e gostaria muito que vá até o fim. Bjo melhoras
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vondyfforever Postado em 17/03/2017 - 01:01:11
Eeeei vocês volteeeem por favor
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camyemily14 Postado em 12/02/2017 - 16:45:46
voltem a postar, please, só pra finalizar, please!!!!!!
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malu_vieira Postado em 07/12/2016 - 14:27:53
Vocês sumiram e me deixaram de coração partido esperando!!! Amo essa webb! VOLTEMMMM
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vondypft Postado em 30/11/2016 - 14:37:31
Saudades dessa fic :(
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Melina Postado em 11/07/2016 - 12:18:51
Sou leitora nova ONDE esta vc? Eu amo essz fanfiction
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Postado em 25/05/2016 - 18:37:16
Heloo cade vc?