Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Dulce.

Sábado, sol e folga. Combinação perfeita. Pra não ficar em casa sozinha com Sparks, cedi as chantagens de Jimmy e o acompanhei até a praia. Agradeci mentalmente, porque mesmo com o dia lindo, a praia não estava cheia. Coloquei os fones de ouvido e viajei nas letras de Bruno Mars, incrível como ele era o único homem que me acalmava. Fiquei tomando sol por alguns minutos, eu realmente estava precisando pegar um bronzeado. 

- Jimmy. - Resmunguei ao sentir o sol sendo bloqueado por alguém. - Sai da frente. - Rosnei, entredentes.

Quando abri os olhos, me deparei com a loira dos chifres. Anahí estava de camiseta verde me encarando com as duas mãos na cintura, meio ofegante parecendo incomodada com o sol em seus olhos.

- A que devo a honra? - Perguntei com um sorriso de lado, tirando os fones de ouvido.

- Faz ideia de quanto tive que andar pra achar você? - Ela estava suada. Revirei os olhos e bufei. - Precisamos conversar.

- Não temos assunto nenhum. - Coloquei o fone novamente, ela se abaixou e puxou o fone.

- É do seu interesse. - Insistiu Anahí. - Vai ser rápido. 

Hesitei de imediato, mas por fim me levantei, sabia que ela não desistiria, então melhor resolver aquilo logo. Bati as mãos no corpo, tirando a areia e caminhamos até o píer sem trocar nenhuma palavra. Me apoiei no encosto de madeira e esperei pelo tal assunto. 

Anahí deu um pigarro e começou:

- Simples, nós precisamos da sua ajuda.

- Nós? - Cruzei os braços.

- Eu, Maite e Lilly. Deve imaginar por quê. 

- Na verdade, não. - Rebati. - Quer me explicar porque precisam de mim?

- Porque foi você quem abriu os nossos olhos para aquele... - Anahí respirou fundo. - Garoto. - Completou. - Então, você é a garota ideal pra isso.

- Vocês querem se vingar dele? - Chutei, ela assentiu. - Tipo o quê? Sequestrar e torturar?

- Bem que a Lilly queria. E a ideia também me agrada. - Ela sorriu perversamente. - Mas, não. Queremos fazer o mesmo que ele fez com a gente.

- E eu com isso? Não fui enganada nem traída. 

- Mas odeia ele. 

- Já fiz o que tinha que fazer contra Christopher. - Virei de costas pra ela, apreciando a vista e esperando a loira ir embora. Mas ela não foi.

- Você ainda não entendeu a nossa ideia. Queremos partir o coração dele. - Anahí sussurrou e se aproximou de mim. Me virei pra ela. - E precisamos de uma garota que o faça se apaixonar e depois, chute ele. Você é essa garota.

- Christopher Uckermann? Apaixonado? - Ri ironicamente. - Por mim? Vocês estão loucas.

- Não por essa você, mas pela garota que vamos construir. Nem você vai se reconhecer. 

- Eu não sou a boneca de vocês. Sem chances, vocês também não conseguiriam. - Virei de costas novamente.

- Claro que sim. - Agora Anahí parecia levemente ofendida. - Você será a combinação de nós três. 

- Fútil, nerd e pervertida? Essa é a garota ideal? Ele não vai cair, é mais esperto do que vocês imaginam. 

- Ele não vai cair se você não colaborar. - Tentou. - É sério, só você pode fazer isso. Aceita, confia na gente. Vamos acabar com ele. - Anahí tocou no meu ombro, me virei e a encarei.

Pensei por um momento na proposta dela. Se algo desse errado, eu me tornaria um alvo de retaliações. Mas se desse certo, eu teria tudo que sempre quis. Veria Christopher Uckermann acabado, se arrastando por mim, ele que sempre me ignorou se apaixonaria por mim e sofreria por todas as garotas que já magoou. Eu me tornaria uma lenda viva, a garota que dominou Uckermann. E eu teria amigos, uma coisa que não sabia há tempos como era.

- O que eu tenho que fazer? - Perguntei, um sorriso iluminou o rosto dela imediatamente. 

- Você só precisa fingir e seguir as nossas instruções. Vamos transformar esse cabelo, comprar umas roupas novas, frequentar festas, deixar de ser invisível. - Ela numerou, animada. Fiz cara de entediada. 

- Sabe que tem o risco dele não me notar, apesar de tudo né? - Eu disse, erguendo a sobrancelha.

- Não tem esse risco, não se preocupe. Ele vai notar você, Ucker não deixa passar nenhuma. - Anahí sorriu. - E nós sabemos de tudo sobre ele, vai ser mais fácil do que você imagina. - Assenti. - Só mais uma coisa, isso é uma regra: não se apaixone, em hipótese alguma. Ele pode ser lindo, gostoso e charmoso, mas não vale nada. Se você se apaixonar, estraga tudo.

- Sem chance. - Ri, revirando os olhos. - Quando começamos?

- Comece me dizendo seu nome. - Anahí sorriu.

- Dulce. Mas pode me chamar de Dul. 

- Eu sou a Annie. - Disse ela, como se eu não soubesse e estendeu sua mão. - Aliadas, Dul?

- Aliadas. - Assenti e apertei sua mão, ela riu e eu também. 

- Faça ele pagar por isso. - Annie pediu, bem séria. Depois voltamos para a areia, eu ouvia atentamente o que ela dizia, todas as suas instruções e dicas. Quando se despediu, trocamos os números de celular e a loira disse que amanhã sairíamos juntas bem cedo. 

Enquanto ela se afastava, pensei aonde estava me metendo. Até que comecei a gostar do plano. No mínimo, seria divertido. Era como andar num campo minado sabendo aonde estão as bombas e aonde você deve pisar, mas qualquer distração pode ser fatal. Só que eu não era distraída.