Fanfics Brasil - Heroína Todas contra Ucker (Vondy)

Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance


Capítulo: Heroína

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Por Helena.


Ok, eu sou completamente maluca. Disso eu já sei. Na verdade, se eu ganhasse um dólar cada vez que alguém me disse "nossa Helena, como você é doida", eu estaria nadando em verdinhas agora.


Mas vamos lá, tente compreender, eu fui criada por um casal de hippies que me ensinaram a sempre praticar boas ações, fazer o bem sem ver a quem. E esse é meu objetivo atual de vida. Além de alimentar os gatinhos e cachorros de rua, visitar o orfanato da cidade aos sábados e dar aula de pintura para os idosos do asilo, hoje eu ajudei um bêbado.


- É claro que ele está vivo. - Murmurei para o telefone, do outro lado da linha estava minha melhor amiga, Kimberly. - Ele só está dormindo, Kim.


- Você ao menos já o viu na vida? - Questionou baixinho, como se estivesse ali e não quisesse acordá-lo.


- Não. - Ela bufou com minha resposta. - Eu só moro aqui há 8 meses, o que esperava?


- Que fosse alguém bonito, Helena.


- Mas é. Na verdade, muito bonito. - Escorreguei o olhar pelo peito descoberto do cara que dormia no meu sofá. - Ai, caramba! - Me remexi na poltrona. - Ele tá acordando! Depois nos falamos, Kim.


Nem esperei ela responder, apertei o botão vermelho encerrando a chamada e joguei o celular na poltrona vazia ao meu lado.


O cara de cabelos castanhos deitado no sofá a minha frente abriu os olhos lentamente, franzindo a testa com a luz. Ele coçou os olhos e olhou em volta, dando um pulo ao me encontrar lhe encarando.


- Quem é você? - Perguntou, sentando no sofá.


- Não lembra de mim? - Encostei a mão no peito, arriscando um sorriso. - Você estava descendo as escadas do prédio e vomitou nas minhas lindas sapatilhas floridas.


- Eu ainda estou no prédio da Dul? - Ele olhou em volta.


- Dul? - Franzi a testa. - Bom, não sei de quem você tá falando, mas eu te ajudei porque você estava bem bêbado.


Então o garoto olhou pra mim, percebendo finalmente o que eu tinha feito. Deu um sorriso genuíno que era de tirar o fôlego. Eu sou apaixonada por sorrisos assim.


- Obrigado. Muito obrigado por ter me ajudado. - Agradeceu, me olhando nos olhos. - E desculpa eu ter vomitado nas suas sapatilhas floridas, eu sou um idiota bêbado.


- Tudo bem. - Assenti, rindo. - Sou acostumada com isso, meus amigos vivem bêbados.


O garoto sorriu, abaixando o olhar por um momento.


- Posso saber o nome da minha heroína?


- Helena.


- É um prazer, Helena. - Ele murmurou. - Sou o Christopher. Mas todos me chamam de Ucker.


- Ucker. - Sussurrei.


Eu gostava desse apelido. Não sabia a origem dele, mas ao dizer, era necessário fazer um biquinho e amansar a voz. Era o tipo de som que fica sexy ao ser pronunciado.


- Ucker. - Repeti, não contendo o sorriso.


- Você gostou do meu apelido? - Ele me encarou, rindo. - É de Uckermann, meu sobrenome.


- É gostoso de dizer. - Dei de ombros, puxando uma das pernas para o alto da poltrona.


- Eu tenho uma resposta pronta pra quando uma garota me diz isso. Mas não vou usar com você.


- Ah, qual é! - Exclamou. - Não me deixe curiosa.


- Melhor não. - Ucker riu pelo nariz.


- Acredite, eu já ouvi de tudo. - Fiz um gesto com a mão que fizesse ele crer na minha mentira.


- Você deve ter, sei lá, uns quinze anos! - Ele franziu o nariz e foi fofo. Pelo menos se importava em não sair por aí dizendo besteiras para garotas desconhecidas e menores.


- Dezesseis. - Corrigi, dando ênfase. - E não fale como se fosse tão mais velho que eu.


- Tenho vinte. - Ucker ergueu uma sobrancelha. - Perto de mim você é uma criança, Helena.


A forma como pronunciava meu nome me causou uma sensação bizarra, que fez meu corpo arrepiar.


- Qual é, você nem pode comprar sua própria bebida! - Revirei os olhos.


- Ninguém pede minha identidade, gata. A sua, entretanto...


Christopher cerrou os olhos para mim, sorrindo bem de leve. Por que estávamos discutindo como amigos antigos ou até... Namorados?


- Vamos esperar alguns meses, você faz 21 e aí paga uma cerveja pra mim.


- É uma boa ideia. - Ele concordou. - Mas eu não posso corromper menores de idade.


Ele disse "corromper" com um sentido por trás, ou então foi o que eu entendi. Entretanto, antes que eu formulasse uma resposta adequada, Ucker olhou para baixo e perdeu seu sorriso, como se lembrasse de alguma coisa. Ou de alguém.


É claro que ele tinha namorada, dava pra ver no olhar dele aquele ar apaixonado.


- Vou buscar sua camisa, já deve estar seca. - Soltei uma pigarro baixinho e levantei, caminhando até as roupas que tinha buscado meia hora antes na lavanderia do prédio.


Ao achar a camisa preta dobrada na ponta da minha cama, segurei contra o peito e me amaldiçoei baixinho por ser uma pessoa tão boa que ajuda desconhecidos e depois fica babando neles.


- Aqui. - Entreguei assim que cheguei na sala.


- Obrigado. - Ele sorriu, mas não parecia muito feliz. - São que horas? - Perguntou baixinho.


- Quase 11.


- Nossa, eu perdi aula! - Ucker levou a mão até a cabeça, sentindo o sintoma mais clássico de ressaca.


- Eu também.


Lentamente, ele me encarou com cuidado e então perguntou:


- Faltou aula por minha causa?


Assenti com a cabeça, concordando.


- Não precisava ter feito isso. - Ucker franziu o cenho. - Não quero que tenha problemas depois.


- Ah, relaxa! - Ri despreocupada. - Não está me corrompendo ainda.


Não tinha sido nenhum sacrifício matar aula e vê-lo dormir, tinha sido mais interessante que estudar cálculo. Bem mais interessante.


- Eu tenho que ir agora.


- Ou não.


Céus, eu preciso aprender a controlar meus impulsos.


Ri sem jeito, sentindo minhas bochechas arderem e Ucker franziu a testa com um sorriso divertido nos lábios.


- Ou não? - Perguntou.


- Bom... Talvez não tenha outros planos. - Dei de ombros.


- Tá me chamando pra sair? - Ele arregalou os olhos, mas havia ainda um tom de humor em sua voz.


- O quê? Não! - Comecei a gaguejar ridiculamente. - Não, eu só... Eu... Só disse que você não precisa ir embora, mas se quiser ir, ok.


- Seus pais podem ficar bem irritados de me verem aqui, não?


Ucker então colocou a camisa e eu quase o impedi de me privar daquela visão maravilhosa.


- Helena? - Ele estalou os dedos, até que eu voltasse para o planeta.


- O que? Ah! - Pisquei os olhos diversas vezes. - Não, minha mãe tá num plantão, ela só volta de noite. E meu pai, bom, eu acho difícil ele vim de Nova York sem a nova esposa.


Ucker então me olhou um tanto confuso, talvez surpreso por eu compartilhar informações da minha família com um cara que conheci a tão pouco tempo.


- Ok, eu acho que preciso dar notícias lá em casa. - Disse ele, puxando o celular do bolso da calça.


- Sim, sua mãe deve estar preocupada.


- Não. - Balançou a cabeça e deu uma risada. - Eu não moro mais com ela.


Claro que não! Ele não tem a mesma idade que eu. Provavelmente já mora com a namorada. Ucker parecia bem novo para ser casado e não usava aliança nem nada, mas a garota que tivesse um compromisso com ele não ia querer deixar espaço para que ele fugisse.


- Ah, sim! - Bati na minha própria testa. - Você mora com a sua namorada? - Foi mais uma afirmação do que uma pergunta, mas Ucker negou com a cabeça em seguida, rindo e mexendo no celular.


- Bom, eles podem parecer minhas mulheres as vezes... - Ucker riu. - Mas não. Eu não tenho namorada. Eu moro com meus três melhores amigos.


- Ah! - Foi o que consegui responder.


Ele cerrou os olhos como se quisesse ler meus pensamentos, sorrindo de lado.


-Você é bem curiosa.


E uma garota boba, acrescentei mentalmente. Eu não devia estar tão animada com isso, não é? Caras como Ucker não perdem tempo com adolescentes como eu, por mais que eu me considere mais madura que a maioria. E além do mais, Ucker não parecia o tipo príncipe encantado mesmo com aquele sorriso de tirar o fôlego.


- Então... - Ele estalou os dedos e percebi que não falava a vários minutos.


- Eu faço um sanduíche incrível.


- Tenho certeza que sim.


Ucker abriu um sorriso ainda mais encantador e me perdi no brilho daqueles olhos.


Foi como se meus pés não tocassem mais o chão e tudo ao meu redor girou. Eu nunca tinha sentido meu coração bater tão sem compasso como naquele momento e minha respiração suspensa me causava pontadas nas costelas.


Eu sempre achei exagero essa coisa de alguém aparecer do nada e mudar tudo, deixar seu mundo de pernas pro ar.


Parece loucura, Ucker tinha caído de paraquedas na minha vida algumas horas atrás e já me deixava tão acelerada.


Eu serei eternamente grata ao universo por isso.



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Autor(a): primasdaweb

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 525



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:24:23

    espero que você volte!!!

  • candy_girl Postado em 08/11/2020 - 00:18:21

    Dulce justiceira, certissima.

  • rafa_evencio Postado em 17/07/2017 - 20:18:54

    Eu estou aqui ainda :) e se um dia você voltar serei uma das primeiras a ler!!!

  • vondyfforever Postado em 25/06/2017 - 00:04:18

    Eeeeeuuu tooo aquilo sim, nas duas webs, e espero que vc melhore e fique muito bem para continuar, são as minhas preferidas e gostaria muito que vá até o fim. Bjo melhoras

  • vondyfforever Postado em 17/03/2017 - 01:01:11

    Eeeei vocês volteeeem por favor

  • camyemily14 Postado em 12/02/2017 - 16:45:46

    voltem a postar, please, só pra finalizar, please!!!!!!

  • malu_vieira Postado em 07/12/2016 - 14:27:53

    Vocês sumiram e me deixaram de coração partido esperando!!! Amo essa webb! VOLTEMMMM

  • vondypft Postado em 30/11/2016 - 14:37:31

    Saudades dessa fic :(

  • Melina Postado em 11/07/2016 - 12:18:51

    Sou leitora nova ONDE esta vc? Eu amo essz fanfiction

  • Postado em 25/05/2016 - 18:37:16

    Heloo cade vc?


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