Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Lilly.

- A mulher maravilha nunca foi tão maravilhosa. - Prendi meu lábio entre os dentes, me olhando no espelho.

Ouvi as risadas das meninas logo atrás de mim, com as mãos ocupadas para não se atrasarem mais ainda.

- Que convencida. - Suspirou Mai, alisando seu cabelo mais do que ele já era com o auxílio de uma prancha e de um pente.

- E eu pensando aqui que ninguém me superasse. - Acrescentou Annie.

Dei um sorriso sapeca, passando os dedos pelos fios castanhos. Nunca amei tanto meu cabelo como eu o amo hoje.

- E aí, qual o presente que você vai dar pro quarterback gostoso? - A loira parecia querer fazer vento quando piscasse os olhos, de tanto que passava rímel nos cílios.

- Segredo.

- Conta logo, vai comprar o que? - Insistiu ela.

- Eu não comprei nada, na bem da verdade. - Suspirei de forma maldosa. - Mas tem presente.

Elas demoraram para entender que não seria nada material, mas quando concluíram o queeu queria dizer com meu sorrisinho maldoso, pude ouvir o estalo dentro de suas cabeças. As expressões de surpresa passaram pelos rostos de minhas amigas, que explodiram em gargalhadas segundos depois.

- Oh, meu Deus! - Maite levou a mão até a boca, parando até de dar atenção para o cabelo para poder rir.

Acompanhei elas em algumas risadas, sem tirar os olhos do espelho, enquanto arrumava minha fantasia de mulher maravilha para que meus peitos ficassem maiores do que já estavam. 

Chad não ia resistir. Quer dizer, ele não teria essa coragem, teria?

Para ser sincera, eu tava cansada dessa enrolação toda. Pareciam que os papéis estavam invertidos e que eu era o cara da relação, quase implorando por um pouco de sexo. Como alguém com um corpo tão diabólico e gostoso pode ser um anjo por dentro? 

- Lilly, você tem que respeitar o tempo do garoto.

Revirei os olhos com aquele papo mole de Mai.

- Ele tá fazendo 21 anos, querida. Já pode comprar cachaça no mercado mas não quer transar? - Virei para elas, parando com a mão na cintura. - Obviamente já passou da minha hora de atacar.

- Você devia ser o quinto membro do grupinho do Ucker, sério! - Annie suspirou, brincalhona.

Elas riram e voltaram a se concentrar no que estavam fazendo antes da sessão "rir as custas de Lilian Adams". Olhei para Dulce, sentada na ponta da cama, com seu pequeno vestido de chapeuzinho vermelho para adultos, que obviamente, era mais uma das ideias de Anahí. Dulce estava extremamente sexy com aquele par de pernas cobertas por meias arrastão, mas não parecia contente com isso. 

- Que carinha é essa, ruiva? - Perguntei, me aproximando dela.

- Oi? - Dul levantou o olhar distraído. - Ah, não é nada, estava pensando.

- Você sabe que a Annie não pode te obrigar a ir nessa festa, não sabe? - Sentei ao seu lado, segurando suas mãos. - Se não tiver confortável para ir, tem todo o direito de ficar em casa.

- Dul, não! Por favor, você prometeu! - Choramingou a loira, fazendo chantagem.

- Annie! - A repreendi com o olhar.

- Tá tudo bem, eu tô legal.

Eu sabia que ela não estava legal, mas decidi dar uma folga. Entretanto, Mai insistiu no assunto, com um tom preocupado como de uma mãe. 

- Você também tem todo o direito de sair do plano a hora que bem entender. - Completou a morena. - Não vamos ficar bravas, longe disso.

Assenti com a cabeça e vi as duas trocarem olhares cúmplices, como se tivessem compartilhando algo que eu e Anahí não entendíamos. 

- Afinal, o plano está saindo um tanto diferente do que imaginamos... - Argumentei, só pra ter certeza que estava tudo bem mesmo.

- Gente, é só um tempo, mas vamos voltar com o plano em breve. - Dul me encarou nos olhos. - Eu prometi para vocês, lembram? 

- Sim, mas...

- Não tem "mas". - A ruiva interrompeu Annie. - Eu tô bem, relaxem. Vamos só curtir, ok? Como amigas. Só preciso me distrair um pouco.

Abri meu melhor sorriso, ajeitando seu capuz vermelho envolta do rosto.

- Chapeuzinho vermelho de cabelos vermelhos... - Murmurei, sorrindo. - Você está uma gata.

- Por que ninguém me elogia? - Annie fez um biquinho.

- Com certeza a Marilyn Monroe está se revirando no caixão de tanta inveja. - Cerrei os olhos, avaliando a loira com aquela peruca curta e platinada.

- Obrigada. - Acariciou o vestido branco e depois me mandou um beijo com sua boca pintada de vermelho sangue.

- Eu não preciso de elogios porque sei que estou linda. - Maite suspirou convencida, em sua fantasia de índia, um vestido bege com detalhes e acessórios marrons.

- Uau, Pocahontas. - Impliquei, rindo.

- Meu Deus, contaminamos a Mai! - Annie arregalou os olhos, fingindo espanto e depois gargalhamos todas juntas.

O motorista de Mai fez questão de deixar a gente na frente da casa de praia da Annie, que euainda não tinha entendido como aqueles moleques tinham desenrolado. A loira explicou, com a maior cara de tédio, que a mãe dela idolatrava o sobrinho e que Christian se aproveitava disso. Eu ia mudar de nome se um dia encontrasse uma coisa da qual Christian não se aproveitasse. 

- Uau, não sabia que o meu gatinho conhecia tanta gente. - Comentei, batendo a porta do carro.

Cerrei os olhos quando vi uma menina vestida de coelhinha da Playboy passar pela gente com quase metade da bun/da de fora. Que safada! A única pessoa que tinha o direito de andar assim naquela festa era eu.

Annie e Dul entraram na frente para disfarçar e logo depois foi a vez de Mai. Fiquei por último, mas quando entrei, senti os olhares me secarem. Sim, dessa vez não era convencimento, era a mais pura realidade.

Eu queria poder fotografar a cara de cada um deles.

Cerrei os olhos, procurando por Chad em todos os cantos, mas não encontrei nenhum indíciodo aniversariante da festa. Foi então que percebi que todas as pessoas estavam olhando para a porta onde eu e as meninas tínhamos acabado de entrar. Meus minutos de fama então acabaram. Não era mais o foco dos olhares nem o motivo dos sussurros e das caras de surpresa. 

Não tinha como chamar mais atenção do que Christopher Uckermann. Ainda mais quando ele entrava na festa com uma fantasia de guerreiro espartano que o deixava extremamente gostoso e com a barriga de fora. E de mãos dadas com uma garota. Uma garota que ninguém conhecia, mas que com certeza, todo mundo já invejava.

- Aquele filho da pu/ta. - Murmurei, entredentes.