Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Ucker.

Mano, eu tava pu/to. Pu/to pra cara/lho. Realmente pu/to. Se tinha uma coisa que eu tava, era pu/to.

E eu aqui pensando que as coisas não poderiam piorar. Mas tu tá ligado que sempre que subestima a vida, ela te prova que o que tá ruim pode virar uma cagada maior ainda.

E justo quando tu tá de boa aparece um desgraçado pra testar tua paciência.

E esse desgraçado sempre desafia a morte de um jeito ou de outro. No caso o desgraçado em questão na minha frente tá pedindo pra morrer dançando atrás da minha mina. Roçando na minha mulher.

Eu já não via nada ao redor, tava cego de raiva. Saí empurrando quem eu encontrava pelo caminho e parei do lado dela, a puxando pra perto de mim, de onde ela nunca devia ter saído.

- Vaza! - Ordenei entredentes e o animal só me olhou com um sorriso cheio de deboche. Vou ter mesmo que sujar minhas mãos hoje.

- Rala daqui, por/ra. Tá surdo? - Gritei, soltando Dul e cheguei perto dele. Perigosamente perto. Jeremy assentiu erguendo as mãos e logo saiu. Ainda não entendi o que esse merda tá fazendo aqui.

Respirei fundo algumas vezes e me virei calmamente pra ela. Seus olhos estavam fixos em mim e um sorriso insolente iluminava seu rosto. Eu beijaria mil vezes aquela boca quando controlasse minha respiração irregular.

- Tu tá de sacanagem com a minha cara, Dul ? - Arfei. - Vou ter que tomar conta de você a noite toda?

Ela gargalhou, colocando as duas mãos na cintura.

- Você não manda em mim, bebê.

Dul já ia passando por mim quando a peguei pela mão e a puxei de volta.

- Escuta aqui. - Aproximei meus lábios de seu ouvido para que ela me escutasse melhor e senti seu corpo enrijecer quando sussurrei. - Se eu ver qualquer um tocando em você, eu juro que quebro todos os ossos da cara do filho da pu/ta.

A olhei novamente para concluir:

- Tu tá bancando a marrenta mas sei que tá molhadinha por mim. Tá doida pra eu te jogar na cama e te comer sem ter hora pra parar.

Dul respirou pesado e cruzou os braços tentando esconder seu tremor pra manter a pose de durona. E esse jeito dela de ser sempre tão confiante era enlouquecedor. Que vontade de pegá-la em meus braços e sumir daqui, ir pra qualquer lugar onde estivéssemos sozinhos. Eu, ela e esse desejo incontrolável de estarmos juntos. Eu sei, sinto que minha presença mexe com ela. Sei que seu corpo reage quando tô perto demais. Ela não sabe disfarçar, Dul pode ser bem óbvia as vezes. Ela me quer tanto quanto eu a quero.

- Você ainda tem fôlego ? - Ela ergueu uma sobrancelha. - A garotinha não acabou com você?

Eu levei alguns segundos pra ligar os pontos e entender onde ela queria chegar. E então ri. Não poderia ser diferente, ela achava que eu tinha algo com Helena. Será que eu ainda não fui claro o suficiente?

- Eu ainda sou todo seu. E o meu fôlego tá guardado pra você.

Ela revirou os olhos.

- Mas agora quero só conversar. Podemos?

Ela assentiu meio hesitante e me seguiu até estarmos na varanda. Fechei a porta e o som alto se tornou apenas um ruído abafado.

O ar fresco no meu rosto era confortante e seus fios vermelhos voando com o vento a tornavam ainda mais linda enquanto ela apoiava os cotovelos sobre a sacada.

- Seja breve. - Ela pediu, de costas pra mim.

E eu que tinha feito tantos planos, tinha ensaiado tantas formas de falar, estava ali diante dela simplesmente calado.

Eu a olhava ali, mesmo de costas e só conseguia pensar no quanto eu sentia muito por ser tão errado. E que apesar de todos esses sentimentos borbulhando dentro de mim, eu queria ser capaz de sair da sua vida.

Mas eu sou tão egoísta que não posso simplesmente deixar que ela vá. Eu não saberia lidar com sua ausência.

Droga, quero que ela saiba que me importo, que não quero vê-la chorar.

Como posso amar alguém se não sei o que é amor?

Eu só quero que seja feliz, Dul. Caramba, eu quero tanto ser a sua felicidade.

E então, assim de repente, a virei pra mim, olhando fixamente no fundo dos seus olhos castanhos e respirei fundo. Naquele milésimo de segundo eu só tive a certeza de uma coisa. Eu tava completamente, terrivelmente e incrivelmente apaixonado.

- Eu quero você, Dul. Só você. Eu tô completamente louco, mas não consigo, não sou forte, não sou nem um pouco capaz de esquecer o seu corpo suando em cima do meu, o jeito que você me olhava quando eu fiz você ser minha. Eu quero você mais do que posso expressar em palavras. Só você, acima de todas as outras que eu já tive, acima de todas as outras que eu ainda posso ter. Dul, você é a única que eu quero ver deitada na minha cama. A única.