Fanfic: Todas contra Ucker (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Por Dulce.

Todas aquelas palavras de Ucker ecoavam na minha cabeça e me deixavam quase tonta. E cada vez que eu as repetia mentalmente era como se meus pés saíssem do chão e todo o ar escapasse dos meus pulmões.

Ele ainda estava ali, segurando minhas mãos, esperando por alguma resposta. Uma resposta que eu queria dar mas que se recusava a sair e sei bem o porquê.

Eu o queria também, apenas ele. Só que querer Ucker é bem mais complexo que qualquer outra coisa nesse mundo. Querer estar com ele é como saltar de paraquedas sem realmente saber se ele abrirá na hora certa. Meu Deus, como eu queria ter certeza de que teríamos um futuro.

Eu o olho e meu coração transborda de sentimentos que eu jamais pensei em ter. Isso tudo é uma loucura. Eu estou louca.

Ele é a maior burrada da minha vida. E a melhor.

- Fala alguma coisa. - Ucker pediu, baixinho. - Por favor.

- Eu odeio o que você me faz sentir.

Ucker mordeu o lábio, franzindo a testa.

- Eu amo o que você me faz sentir.

Fechei os olhos fortemente tentando agir de forma racional. Tentando pensar em um jeito de não estragar tudo me atirando em seus braços, que era o que eu mais desejava fazer naquele momento.

Por outro lado eu queria tanto sair dali e me esconder em algum lugar pra ficar só com meus confusos pensamentos.

Merda. Merda. Merda.

Eu não tinha forças nem pra abrir os olhos, como eu iria fugir? Como eu o deixaria pra trás com o meu corpo desesperado por sentir seu toque?

- Eu preciso ouvir você dizer que precisa de mim também. - Ele sussurrou.

Cale a boca, Ucker. Pelo amor de Deus, não fale nada. Não me tortura. Não sussurra assim.

- Não posso.

Eu enfim consegui me forçar a negar. Céus, aquilo foi doloroso. Não deve haver uma explicação sensata para o que estava acontecendo dentro de mim.

- Eu não posso. - Repeti, dessa vez tentando ser mais convincente e dei as costas pra ele novamente. Eu precisava retomar o controle do meu próprio corpo, por mais que ele reagisse com apenas um olhar de Ucker. Seja forte, Dulce. Por favor!

Ouvi seu suspiro pesado e o senti se aproximar um pouco mais e seu braço envolver minha cintura. Acho que vou desmaiar.

- Tá tornando as coisas difíceis. - Disse antes de depositar um rápido beijo em meu pescoço.

Eu não sabia mais como ainda respirava ou como ainda estava de pé.

As juntas dos meus dedos latejavam de tanto que eu os apertava, reprimindo o desejo louco de me perder em seus lábios e me deixar levar pelas sensações que Ucker me proporciona.

Sua mão livre deslizava com tranquilidade pela minha coxa e droga, eu estava ao ponto de mandá-lo subir mais alguns centímetros.

- Tô com saudade, pequena.

Ele seguia fazendo uma trilha de beijos leves e quentes por todo meu pescoço e me apertava cada vez mais forte contra ele, me fazendo sentir sua ereção crescente em minhas costas.

- Você... - Respirei fundo. - Você disse que queria conversar.

- Podemos conversar. - Ele riu baixo. - Fazendo sexo.

Ucker movimentou sua cintura lentamente me arrancando um gemido fraco pela garganta. Ele riu mais uma vez e nos uniu ainda mais.

Ele vai me deixar louca.

Eu o olho e o encaro profundamente deixando as pontas dos meus dedos tocarem seu peito nu.

- Eu quero você. - Confessei.

Seu sorriso se abriu e meu coração falhou.

Sua respiração ofegante estava próxima ao meu rosto e meus braços envolta dele, quando a vibração entre nós nos afastou e Ucker xingou entredentes.

Seus olhos saíram da tela do celular e se encontraram com os meus. Seja lá quem fosse o tinha deixado assustado.

- Oi, Helena. - Ele disse ao atender. - Não, tudo bem. Eu levo pra você amanhã. Um beijo.

Ucker desligou o celular ainda com os olhos fixos em mim.

- Dul... - Começou.

- Não acredito que eu ia transar com você.

Mais uma das minhas tentativas de fugir foi em vão. Ele foi mais rápido que eu e me alcançou antes que eu chegasse na porta.

- Você não ouviu nada do que eu te disse ?

- Você tava jogando sujo, como sempre. - Acusei, o empurrando pelo ombro quando ele tentou se aproximar.

- Você queria. - Ucker corrigiu, ofendido.

- A única coisa que eu quero é que me deixe passar pra que eu possa beber como nunca bebi na minha vida, dançar com o primeiro que aparecer na minha frente e esquecer essa noite.

Eu estava exausta de lutar contra meus instintos. Exausta de fingir não estar abalada. Mas por favor, eu tenho meu orgulho. E não me importo que eu pareça uma ciumenta. Até de longe essa garota estragou minha noite. Ela possivelmente tinha transado com o meu Ucker. Sim, meu. Por que mesmo pu/ta e querendo matar esse desgraçado na minha frente, ele é meu.

- Eu não tava brincando, acho melhor que ninguém chegue perto de você.

Sorri ironicamente.

A porta se abriu de repente e logo Jeremy apareceu com dois copos de cerveja nas mãos. Ele seria a salvação da minha dignidade.

- Jeremy. - Falei, com uma animação exagerada e passei por Ucker, indo até ele e pegando um dos copos.

- Tu deve tá mesmo querendo outro soco. - Ucker ameaçou.

- Vamos dançar? - O ignorei. - Adoro essa música.

Jeremy que me perdoe se ele levar uns socos hoje.

- Se tu encostar um dedo nela, hoje tu acaba a noite bebendo cerveja no inferno. - Ucker gritou enquanto eu arrastava Jeremy pela sala. Ele não tinha direito nenhum de dizer com quem eu posso ou não curtir uma festa.

Eu vou dançar até meus pés não aguentarem mais. E vou esfregar na cara dele que nada tira minha animação. Mesmo que seja uma mentira das grandes.

Caramba, eu vou beber e não vai ser pouco.

E vou rezar pra essa noite não passar de simples flashes pela manhã.

Quem sabe bebendo eu esqueceria aquela tal Helena tocando nele. Quem sabe bebendo eu consiga reprimir toda essa vontade absurda de tocar nele. Quem sabe...