Fanfics Brasil - 4 Carícias Cegas Presença na Escuridão

Fanfic: Presença na Escuridão | Tema: Terror, Fantasma, Romance, Amor, Anti-herói


Capítulo: 4 Carícias Cegas

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- Oh, meu Deus! – gritou Lana, levantando-se e correu para abraçar David.


- Greg... Greg... você gravou isso? – perguntou David, sem dar muita importância para Lana.


- Cara... não sei... – respondeu Greg. – Eu estava mais ocupado evacuando nas próprias calças... você escutou o que aquela coisa disse? Escutou? Eu não quero morrer, cara, sou muito novo pra morrer.


- Ninguém vai morrer, ok?  - falou David. – Ryan? Ryan?


Ryan ainda estava parado no mesmo lugar. Ele e Cindy estavam atônitos, sem se mover e sem dar um só palavra.


- Ryan...? Cindy? – perguntou David.


- Eu vou lá em cima! – falou Meg, um pouco confusa, sem saber direito o que pensar.


- Não, Meg, não! – falou David, assustado, largando Lana para correr até Meg e segurá-la pelo braço – Você está louca? Não viu o que aconteceu agora? Tem a porra de um fantasma homicida por aí, você não vai sair daqui...


- Eu preciso fazer um curativo, David... – falou Meg, segurando o ombro, dolorido – Eu estou perdendo muito sangue. Eu vou lá em cima fazer um curativo e depois eu desço.


David parou para pensar por um momento, depois largou o braço de Meg, imaginando que poderia estar machucando-a mais do que protegendo-a.


- Ok, tudo bem, mas grite se ver alguma coisa, tá? – falou David, se aproximando de Ryan e Cindy que ainda pareciam estar catatônicos.


Meg subiu as escadas de dois em dois degraus. Estava ficando tonta e se não estancasse logo a hemorragia, poderia perder os sentidos.


No andar acima, ela correu pelo corredor até achar o quarto que estava ocupando e entrou. Divisou o cobertor em cima da cama, mas ele estava exatamente como ela o deixara. Sem se ater muito ao quarto, correu para o banheiro e abriu a porta do espelho. Não havia nada ali que pudesse usar, nem mesmo um pinça.


- Droga. – disse ela, tirando a blusa com cuidado.


Segurando a ponta do vidro, Meg o puxou. Mordeu os lábios para aguentar a dor. Ela puxava, mas o vidro parecia interminável, até que finalmente saiu. O vidro era em forma retangular e tinha mais ou menos uns dez centímetros.


Jogou o vidro na pia do banheiro que ficou toda manchada de sangue.



Meg procurou por uma toalha ou alguma outra coisa para estancar o sangue que agora corria pelo corpo, mas não encontrou nada. Saiu do banheiro em direção à cama. Usaria o lençol como torniquete, mas antes que pudesse chegar até ele, sentiu que tudo ficou escuro de repente e ela tombou ao chão.


 



Meg acordou sem saber exatamente onde estava. Tentou se mover, mas sentiu fortes dores nos ombro. Ela levou a mão até a ferida, mas surpreendeu-se em ver que havia um curativo por sobre sua camiseta. Estava manchado no meio, mas pelo jeito, a hemorragia havia dado alguma trégua.


Ao invés de estar no chão, onde desmaiara, Meg estava na cama, coberta com o lençol e o cobertor. E estava vestida.


- Ei, até que enfim acordou... – falou David, que estava em pé no lado da cama, observando-a – Você estava tão pálida que eu achei que você tinha desmaiado!


- Como assim, David? Eu desmaiei... eu caí no chão. Foi você que me colocou aqui, não foi?


- Não... – falou David, meio confuso – Eu estava lá embaixo e você estava demorando muito. Quando entrei aqui você estava dormindo. Eu acho que é melhor se nós ficarmos todos juntos, sabe...


- Está bem... eu já vou descer, só me dá um minuto.


- Ok... mas não demore! Vou deixar a porta aberta, tá – disse David, saindo do quarto.


Meg olhou ao redor. Viu no chão, perto da cama, uma enorme poça de sangue. Provavelmente foi onde ela havia desmaiado.


- O-lha.. – disse ela, sentindo a voz trêmula – E-eu sei que você está aí... Foi você quem trouxe o cobertor, não foi? E você me ajudou lá no porão e acho que foi você quem fez esse curativo, então... acho que você não quer me machucar, não é? Só... só me dá um sinal, ok?


Nada... nenhum  som, nenhum pio, nem nada se moveu.


- Acho que eu estou imaginando coisas! – falou ela, sorrindo.


Meg levantou-se, mas quando ia sair, levou um susto: a porta estava fechada.


Levou a mão a boca, assustada demais para reagir. Sentia o corpo todo tremer e não sabia o que fazer.


Engolindo em seco, ela se dirigiu até a porta e a abriu, mas antes que pudesse sair, a porta se fechou com estrondo.


- Oh, Deus... – disse ela, sentindo o coração saltar pela boca. Então sentiu. Havia alguém mais ali, atrás dela, mas ela não ousava se virar. – Por favor, não me machuque...


Ela sentiu o toque. Um toque suave, como se a ponta dos dedos lhe passassem sobre seus braços. Depois sentiu a mão passar-lhe pela cintura, até alcançar sua barriga. Ele a pressionou levemente, puxando Meg para trás. Ela fechou os olhos e deixou-se ir. Não poderia lutar contra o que quer que estivesse ali. Então sentiu a respiração em seu pescoço e em seguida, aqueles lábios tocaram sua pele, suavemente, docemente, fazendo pequenas caricias atrás da orelha e em sua bochecha. Ela se virou, ainda de olhos fechados, guiada por mãos hábeis que giraram sua cintura. As carícias continuaram sem que Meg conseguisse fazer algo para pará-las. Levantou as mãos e espalmou algo no ar como se fosse o peito de alguém, alguém muito forte que a puxava para si.


- Por favor, não me machuque... – implorou ela, novamente, trêmula, sem coragem para abrir os olhos que permaneciam tão fechados como se nunca mais pudesse abrí-los.


Sentiu uma mão em seus cabelos, a lhe fazer uma carícia, puxando seu rosto para ele. Para ele. E ele tomou seus lábios, pressionando-os contra os seus. Era gelado. Um beijo gelado que lhe esfriava a alma por um lado e mesmo assim incendiava seu corpo por outro. E ela se deixou envolver por aqueles braços e aqueles lábios, sentindo aquele gosto em sua boca, mordiscando seu lábio inferior, envolvendo-a, como nunca ninguém a envolveu.


Ele a segurou nos braços. Ela sentiu quando seus pés deixaram de tocar o chão e era a sensação mais estranha do mundo. Ele era forte. Forte para segurá-la no colo como se ela não fosse mais do que um bebê. Em seguida, sentiu quando seu corpo pousou sobre os lençóis da cama. 


As carícias se intensificaram. E embora Meg soubesse para o que elas estavam se encaminhando, ela nada conseguia fazer para impedir a criatura de manipulá-la como ele fazia. Ele desabotoou sua camisa e ela sentiu que ele a removia com cuidado, principalmente por causa do ombro machucado. E então, parou.


Meg sentia que sua respiração estava irregular e tentava controlar-se mas não conseguia e nem queria. Ela tinha medo. Estava apavorada, mas desejava aquele contato, como nunca desejara nada. E não entendia por que ele havia parado. Tinha medo de abrir os olhos. Tinha medo do que podia ver. Não queria descobrir um demônio horripilante sobre si mesma. Era melhor que fosse o que fosse, não tivesse rosto. Era melhor assim.


- Não pare... por favor... – disse ela, surpresa com o que dizia. O que era ela? Uma garota tão carente de amor que até carícias de uma criatura sinistra era melhor do que nada?


De qualquer forma, a criatura não continuou. Em seguida, Meg sentiu que o peso do corpo dele sobre o seu instantaneamente se dissipou.


Só então, Meg teve coragem para abrir os olhos. Não havia ninguém no quarto.


Ela olhou para o ombro. A mancha no curativo estava maior. Teria ele parado porque percebeu que sua ferida poderia piorar?


Ruborizada e desconcertada pelo que havia acontecido, Meg abotoou novamente a camisa, levantou-se e abriu a porta. Dessa vez, nada aconteceu e ela saiu, descendo as escadas. 



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Autor(a): angelblack

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • lolalioncourt Postado em 29/03/2014 - 20:22:44

    Dizer q estou gostando é pouco, esta muito bem escrita de forma envolvente, a unica coisa chata são os poucos capitulos, se puder poste mais ...

  • man_pc Postado em 23/03/2014 - 19:29:38

    Por favor posta mais!


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