Fanfic: Parte dele em mim | Tema: Variados
Acordei e já eram 09h40min, olhei para o chão e ali estava Manu, ela tinha se ajeitado em um coxão e dormido por ali mesmo. Espreguicei.
– Bom dia! – disse Manu, animada.
– Bom dia, dormiu bem?
– Dormi sim e você lulu? Hoje vamos sair ok? Ok!
Manu tinha essa mania de que quando queria algo, ela mesma respondia, mas sair com ela vai me fazer bem, apenas afirmei que sim com a cabeça, dei um sorriso, levantei fui até o banheiro, fiz minhas higienes e voltei ao quarto. Manu havia trocado de roupa e foi logo ao banheiro, quando saí.
Tomos café que Geralda já tinha deixado pronto e logo saímos.
– O que vamos fazer? – disse animada.
– Hoje voltaremos a sermos crianças, que tal? – ela disse sorrindo
– Adorei!
Acompanhei Manu, chegamos a um parque, cheio de crianças, pessoas conversando, casais, amigos, pessoas de todo o tipo. Sorri para Manu, que saiu me puxando até uma gangorra, sim, uma gangorra.
– Senta. – Manu não pediu, ela mandou.
Me sentei – Pronto, mais alguma coisa? – Gargalhei pra ela.
Manu me empurrava sobre a gangorra por um tempo, depois sentou na gangorra do meu lado e começou a balançar. Rimos muito, não sei dizer a última vez nesse meio tempo que me senti tão leve, bem, feliz. Ficamos ali balançando e falando coisas completamente idiotas uma pra outra e rindo muito.
Saímos de lá e compramos algodão doce, depois sentamos sobre um banco perto do lago, estávamos parecendo duas criancinhas, mas, o que importa é que estávamos felizes.
Abracei Manu. – Obrigada, tá? Por tudo, você é a melhor amiga do mundo! – disse sorrindo.
– Eu só quero que fique bem, pra mim isso basta. – Manu disse quando retribuiu o abraço.
Passei o dia todo com Manu, fomos almoçar, depois ficamos andando pela cidade olhando as coisas, pessoas... O dia de hoje foi maravilhoso, Manu sabe como me deixar muito bem.
Segui caminho pra minha casa depois que Manu saiu com Bruno, Manu se sentia tão bem com Bruno, que eu prometi a mim mesma que se ele a fizer sofrer, eu acabo com ele. Porque não suportaria ver minha melhor amiga sofrer, não mesmo.
Cheguei em casa, tomei um banho demorado, coloquei pijamas, já era quase hora do jantar e logo depois do jantar ia pra cama. Desci até a cozinha, meus pais não estavam em casa, jantei sozinha como de costume e ao me despedir de Geralda, subi para meu quarto.
Deitei na cama e fiquei olhando para o teto, naquele momento me senti tão sozinha e desabei novamente. Caí no choro, olhei ao meu redor e não vi nada, não vi ninguém, vi tudo vazio, sem sentido algum. Eu me sinto tão bem durante o dia e quando chega a noite, parece que tudo vem a tona, parece que machuca mais e a cada dia que se passa essa ferida que Gabriel deixou se alastra mais. Ele prometeu cuidar de mim e olha só, me abandonou assim, sem mais ou menos. Ele me fez acreditar no amor, ele me fez amar alguém sem medo, prometeu me amar pra sempre, mas, eu me pergunto todos os dias, porque ele se foi? Porque meu Deus, por quê? Porque ainda dói tanto?
Eu tenho tantas perguntas que precisam ser respondidas, só que achar suas devidas respostas se tornou algo “impossível”. Peguei no sono.
Ao acordar e olhar ao meu redor estava tudo tão silencioso, talvez por ser manhã de domingo, a cidade sempre é parada durante o dia de domingo. E hoje seria apenas mais um domingo, sem graça, como todos os outros.
Levantei, tomei café, mamãe não estava em casa, de fato isso era normal. Olhei para fora e hoje estava realmente um dia maravilhoso, geralmente no domingo as pessoas costumavam ir a praia, resolvi ir também. Subi para meu quarto, coloquei um short, uma blusa, biquíni por baixo, chinelo e arrumei minha bolsa. Ir à praia, iria me distrair, ia me deixar bem, eu tenho certeza, queria chamar Manu, mas achei melhor não... Saí de casa e fui caminhando até á praia, estava movimentado como eu imaginei, desci as escadas e logo estava caminhando sobre a areia, me sentei e fiquei observando o mar por algum tempo, aquele barulho das ondas agitadas, tudo aquilo me fez bem, me levou pra algum lugar, pra algum lugar bem longe, me fez esquecer-se de tudo, principalmente da dor.
Olhei ao redor e vi Gabriel, sim, é Gabriel, sem dúvida alguma, parecia sonho, mas ele estava ali, ele estava caminhando sobre o mar e tudo o que eu queria naquele momento era poder abraça-lo e dizer o quão ele faz falta.
– GABRIEL! – gritei, com o coração saindo pela boca.
Gabriel olhou para trás e pelo seu rosto parecia que ele havia visto um fantasma, ele sorriu de lado e veio em minha direção.
– Ei Luísa. – disse ele.
– Porque você se foi daquela forma?
– Luísa, por favor...
– Por favor, Gabriel, eu preciso de uma explicação, você me abandonou como se eu fosse um nada, você apenas se foi, eu não signifiquei nada pra você?
– Você significou mais do que imagina, eu te amo mais do que você possa imaginar, só que não dá mais Luísa, acabou! – disse sério – eu não quero discutir com você no meio da praia.
– Não seja por isso, vamos pra outro lugar.
– Luísa, deixa isso pra lá, acabou, entende isso.
– Não Gabriel, caralho, eu quero uma explicação, você tem outra é isso? Vai, fala logo. – disse com medo da resposta.
– Você sabe que sempre foi e sempre será você.
Olhei fixamente para ele e ele estava diferente, emagreceu, estava muito mais branco do que já era, o olhar fundo, Gabriel estava diferente.
– Vamos pra outro lugar. – disse sério.
– Ok. – peguei minha bolsa, calcei meus chinelos e fui atrás de Gabriel.
Não faço a mínima ideia de onde estávamos indo, apenas o acompanhei. Aquele caminho parecia à casa da avó de Gabriel e sim era. Fomos o caminho todo o silêncio, como dois “desconhecidos”. Ao chegarmos na casa de Dona Jô, Gabriel abriu a porta.
– Vai Luísa, dê o barraco que for pelo menos aqui você não vai tá fazendo ceninha. – disse Gabriel.
Meus olhos naquele momento encheram de água. – Eu não fiz ceninha em momento algum Gabriel. – disse calmamente.
Gabriel me olhou, se aproximou e disse: – Não chora, por favor.
– Que diferença isso faz?
– Se você chorar Luísa é como se o mundo estivesse desabando em cima de mim e a dor é maior ainda, ver você chorando é a mesma dor de ser queimado vivo. – Gabriel disse.
– Então me diz Gabriel, porque, porque você se foi, porque acabou. – Abracei Gabriel e me desabei em lágrimas.
Ele apenas me abraçou e aquele abraço foi o melhor que já recebi em minha vida, era como se toda aquela dor que eu senti naqueles meses tivessem ido embora em questão de segundos.
– Eu te amo! – Gabriel sussurrou em meu ouvido.
Ele acariciou meu rosto, puxou meus lábios levemente, juntou nossos lábios e me beijou lentamente. O beijei em seu ritmo, Gabriel parou o beijo lentamente e continuou acariciando meu rosto.
– Sinto sua falta. – disse ele.
– Então porque se foi?
– Porque eu não posso mais ficar com você Luísa, porque não dá mais, só que quando te deixei, não imaginei que iria doer tanto como tá doendo. Eu não queria te machucar, eu me sinto um perfeito idiota quando lembro que estou te fazendo sofrer, eu só queria poder evitar tudo isso, mas tem que ser assim. Só me desculpa por tudo.
– Gabriel... – disse e Gabriel me interrompeu.
– Espera... Posso te pedir uma coisa?
– Pode, pede. – respondi olhando diretamente pra ele.
– Vamos esquecer tudo, só por hoje? Volta a ser minha só por hoje? – Gabriel dizia me acariciando.
– Eu nunca deixei de ser sua, eu te amo Gabriel.
Gabriel me puxou pela cintura e me abraçou, me apertando cada vez mais e quanto mais ele me apertava, mais as lágrimas desciam. Ele me soltou, limpou minhas lágrimas e sorriu.
– Vem comigo, meu amor. – disse
Autor(a): bbix
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