Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

Que. Saco. Agora Henry ia querer ficar no meu pé pelo resto da noite. Não bastava ser um irmão chato e implicante, tinha dado pra desenvolver ciúmes. E aquela balada que já tinha me desanimado por causa do pessoal vizinho, me animado por ter rolado um clima fortíssimo com Ucker, e desanimado novamente pela interrupção de Henry, ficaria pior ainda com aquela vigilância toda. Era uma montanha russa sem fim.

- Você que tá agindo como a criança nessa história toda... – A voz de Gabriele me trouxe novamente para o lugar em que estávamos encostados. Ali, perto das áreas reservadas, o som chegava mais abafado e haviam menos pessoas te esbarrando.

- Não quero a Dul com marginal nenhum! – Rebateu meu irmão, na discussão com a namorada. – Eu prometi pro meu pai que ia cuidar dela... E eu só estou fazendo isso, Gabi.

- Quer saber? Você é quem sabe... – A morena cruzou os braços, mimada como só. Que ótimo, agora eu tinha de assistir a cena patética que era Gabriele fazendo birra.

- Exatamente, eu é quem sei. – Henry também cruzou os braços, virando o rosto pro lado contrário de onde ela estava.

Nossa. DR de casal na parede da balada? Que sexta excitante.

- Vou no banheiro. – Murmurei, quebrando o sliêncio que se mantinha somente entre nós três.

- Vai fazer o que no banheiro? – Ele perguntou.

- Sério que você quer saber? – Eu perguntei, erguendo as sobrancelhas. – Bom, depois de abaixar a calcinha e sentar no vaso, eu deixo o resto com a bexiga que...

- Você me entendeu, Dul. – Henry interrompeu minha sessão de ironia.

- Eu só vou no banheiro, juro. – Coloquei as duas mãos na cintura e olhei pra cima. – Meu Deus, você se preocupa mais comigo agora do que quando eu tinha dez anos.

- Você não tinha essa bun/da com dez anos... – Disse meu irmão, mas eu já estava caminhando na direção do banheiro e não tive tempo de responder. Na verdade, aquilo nem merecia resposta.

Comecei a traçar um plano mentalmente do que eu tinha que fazer pra escapar da vista de Henry. Mas do que adiantava fugir? Ele ia me procurar. Eu o conhecia suficientemente pra saber que ele ia passar a noite atrás de mim e quando me encontrasse, ia fazer mais um de seus espetáculos.

Enquanto pensava, fui iluminada pela luz que saía do banheiro feminino, onde mulheres saíam e entravam conversando alto, bebendo e dançando. Antes que colocasse o pé pra dentro, senti meu braço sendo agarrado e puxado e do nada, minhas costas baterem contra uma parede. Estava tudo escuro novamente, agora eu estava no cantinho do lado do banheiro, um cantinho pequeno feito pra pegação. Arregalando os olhos de susto, meu coração foi impedido de sair quando uma mão tapou a minha boca, antes que eu gritasse.

- Calma, sou eu. – Uma voz risonha se divertindo as custas do meu desespero murmurou pra mim, tentando suavizar a situação. – Calma, princesa.

Só consegui aquietar meu coração quando vi na escuridão aqueles olhos castanhos tão hipnotizantes. Aos poucos, Ucker foi tirando a mão da minha boca, enquanto eu lhe encarava, atônita.

- Quer me matar do coração? – Perguntei, minha voz subindo duas oitavas.

- Calma. – Ucker deu seu sorriso de lado, aquele que já era meu preferido. – Eu só vim cobrar. – Quando ele disse isso, inclinou o rosto e deixou meu nariz tocar no dele. Mexeu um pouco o rosto, nossas peles se acariciaram, então fechei os olhos e suspirei. Ele agarrou sua mão na minha nuca, puxando meu cabelo e trazendo minha boca pra si. Só parou de sorrir quando me beijou.

Fui dominada tão facilmente, como nunca tinha sido antes. De repente, seu braço estava envolvendo minha cintura e me colando a seu corpo, enquanto sua mão na minha nuca controlava os movimentos do beijo, deixando mais evidente do que antes o desejo que sentia por mim. Prendi minhas mãos em suas costas másculas e definidas, apertando por cima da camisa toda a vez que um arrepio percorria minha espinha.

Ucker me apertou mais contra a parede, acabando com qualquer centímetro de distância que nos separasse. E o calor subiu imediatamente quando seus dedos quentes percorreram a lateral da minha coxa e foram subindo, traçando um caminho até minha cintura. Seus dedos estavam tão quentes quanto a minha pele. Combinavam no calor e na vontade de se tocarem cada vez mais.

Opaaa, estão gostando? Tô achando que não tá agradando... Beijos ;)