Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

A medida em que foram passando as horas e o sol foi se movimentando no céu, as areias da praia começaram a esvaziar e eu me sentia cada vez mais à vontade de ver Long Beach ficando mais exclusiva para nós dois.

Ucker voltou do quiosque correndo na minha direção e sentou-se ao meu lado, jogando o óculos pra cima da cabeça. Me entregou a garrafa d’água, cruzando as pernas.

- Obrigada. – Agradeci, secando a garrafinha com minha toalhinha rosa.

- Acredita que aquelas garotas que sei lá, devem ter uns quinze anos ou menos, estavam me dando mole? – Ele apontou para o quiosque, onde três meninas com biquínis coloridos lanchavam e gargalhavam animadamente.

- Nossa, que menino desejado. – Ergui as sobrancelhas na ironia e depois, tomei quase metade da garrafa para matar a sede, ouvindo sua risada debochada.

- Parece que não serei o único a protagonizar cenas de ciúmes hoje, né? – Ucker mordeu o lábio, contendo sua maliciosa risadinha.

- Por que eu sentiria ciúmes? Não me oferecem o mínimo risco. – Dei de ombros, convencida.

- Tem certeza? São gostosinhas. – Provocou Ucker, abrindo aquele belo sorriso cafajeste no rosto. Não deu outra, mais uma vez, fui impulsiva. A garrafa estava pela metade, porém não hesitei antes de jogar toda o líquido em seu rosto, molhando a cara de Ucker. Seu sorriso sumiu na mesma hora.

- Tá maluca? – Gritou, passando a mão para secar a água e cuspindo.

- É só água, amor. Pra ver se lava essa sua cara de pa/u. – Dei de ombros só pra irritar e pareceu funcionar. Ucker passou a mão molhada pelo cabelo e cerrou os olhos de forma ameaçadora pra mim, o que automaticamente me fez rir. Irritado com minhas risadas, ele se jogou em cima de mim e me prendeu pelos pulsos, mantendo o rosto a dois centímetros do meu e me encarando bem sério.

- Vai continuar rindo? – Ameaçou, umedecendo os lábios.

- Vou. Algo contra a minha risada? – Ergui as sobrancelhas da forma mais debochada possível.

- Tô pretendendo calar ela, gostosa. – Ucker piscou e sorriu torto, então comecei a gargalhar só para provocá-lo, seus lábios rápidos e quentes tomaram minha boca enquanto Ucker prensava seu corpo contra o meu.

Sua língua estava tão gostosa que todo o meu corpo esquentou, muito mais quente do que esteve o dia todo no sol. Suas mãos correram pelos meus braços, fazendo os mesmos envolverem seu pescoço, depois voltaram urgentes até minhas coxas, abrindo minhas pernas para poder se encaixar entre elas. Sua bermuda já marcava sua excitação, que roçou de forma firme e gostosa no tecido fino do meu biquíni. Abri a boca, gemendo, enquanto a boca de Ucker descia por meu pescoço, traçando uma linha até o decote.

Ucker colocou a mão entre nossos corpos, descendo por minha barriga até chegar em minha intimidade. Ele encaixou seus dedos por baixo do biquíni, inicialmente acariciando o monte de vênus, para depois descer no ponto mais sensível. Eu imediatamente senti um espasmo correr pelo meu corpo quando ele esfregou o dedo em meu clitóris, porém, junto com o prazer veio a realidade difícil de ser aceita: estávamos na praia, qualquer pessoa podia ver o que acontecia entre nós e eu morreria de vergonha se isso acontecesse.

- Amor, para. – Pedi, já sentindo as bochechas corarem. Ele suspirou e assentiu, sentando. Ucker apertou os olhos e começou a respirar fundo, então compreendi que diferente de mim, ele precisava de alguns segundos para voltar ao seu normal.

Depois de conversarmos mais um pouco, rir de umas palhaçadas de Ucker e tomar o solzinho gostoso de fim de tarde, pegamos nossas coisas e decidimos ir embora.

Fui sentindo o vento pelo cabelo, ouvindo minha rádio preferida e gritando animada por causa da velocidade. No caminho de ida, estava temendo todo aquela aceleração do Camaro, agora era excitante me sentir daquela forma.

Ucker estacionou na frente do meu portão enquanto cantávamos, quase gritando, “Hot N’ Cold”, que na minha singela opinião era a melhor música da Katy Perry. Eu ainda gargalhava quando ele desligou o rádio e o carro e depois, me deu um beijo lento. Suas mãos prenderam-se em meu cabelo, senti seus dentes mordiscarem de leve meus lábios. Mas, minha surpresa maior, foi ouvir a voz séria pronunciar meu nome. O susto foi tão grande que me afastei de Ucker com brutalidade, e olhei para trás na direção da porta de casa.

- Mãe? – Uni as sobrancelhas ao vê-la de braços cruzados.

- Entra. – Ordenou ela e ao me ver não mover um músculo, completou. – Agora!

Assenti, sem sequer pensar em discutir com Dona Blanca. Virei para Ucker e sussurrei um “tchau”, quase inaudível e ele me beijou de leve nos lábios, fazendo um carinho com o polegar em meu rosto. Peguei a bolsa na parte de trás do carro e abri a porta.

- Você também, Christopher. – Mamãe murmurou e Ucker, assim como eu, olhou para ela. – Entrem. Eu quero ter uma conversinha com os dois.

Depois disso, ela cruzou os braços e virou-se, entrando na casa e deixando a porta aberta atrás de si.