Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Assim que chego na varanda, vejo Ucker sentado na cadeira perto da mesa, com a vista privilegiada do campo aberto que havia na frente. Mas ele não apreciava vista nenhuma. Seus olhos estavam fechados, enquanto o mesmo parecia falar sozinho.

- Amor. – Sussurrei de forma delicada e ele me olhou. Estava com uma expressão indecifrável.

- Por que não me contou que ficaríamos aqui por cinco dias, Dul? – Ucker ergueu suas sobrancelhas de forma um tanto... intimidadora.

- Eu ia contar. Mas sabia que se falasse antes, você não ia querer vir. – Expliquei, torcendo os dedos. – Consegui dois dias de licença e quarta-feira é feriado. A faculdade vai emendar.

Ucker assentiu, calado. Desviou os olhos de mim e eu percebi que ele se sentia vítima de uma traição.

- Ah, não faz essa cara. Eu queria te contar, juro. – Corri e sentei em seu colo, abraçando o mesmo pelo pescoço. – Me desculpa ter mentido, ou melhor, omitido.

- Dul, não há segredos entre nós, lembra? Não quero que isso mude. Minha vontade é pegar um avião e voltar pra casa. – Ele diz e isso faz meus olhos arregalarem de leve. – Não vou fazer isso porque já coloquei na minha cabeça que todo mundo aqui vai me aceitar como seu namorado, principalmente seu avô.

- Ninguém precisa. – Sussurrei, mordendo o lábio inferior. – Eu já te aceitei e isso é o suficiente.

O olhar dele se ilumina e eu já pareço totalmente perdoada. Na verdade, a forma como ele me olha é quase como se quisesse transar ali mesmo.

- Vamos, vou te mostrar o seu quarto. – Pisquei de lado e o peguei pela mão. Abri a porta e passamos pela sala de fininho, sem que ninguém na cozinha percebesse nossa presença, muito menos o pessoal da sala, que estavam concentrados demais na televisão para nos enxergar. Abri a porta do quarto de hóspedes, onde havia apenas uma cama de casal no canto, de frente para uma TV antiga, o guarda-roupa na outra parede e uma cômoda velha.

A mala de Ucker estava no centro da cama e acho que somente ali ele começou a raciocinar e perceber.

- Vamos dormir em quartos separados, é isso? – Perguntou, virando-se pra mim. Sorri de leve e assenti a contragosto. – Que merda, hein. Teu avô tá marcando cerradinho.

- O velho é louco, Ucker, eu te avisei. – Caminhei até a cama e me joguei ali, sentindo o corpo descansar. – Não era pra você ter ido na onda da minha mãe, muito menos na de Henry.

- Eu quero namorar com você oficialmente, com todo mundo sabendo, não quero uma parada que não seja bem aceita. – Ele caminhou até mim e deitou-se sobre meu corpo, me olhando nos olhos.

- Quer mais oficial que isso? – Perguntei, deixando a mão direita deslizar por sua barriga, até encontrar a barra da calça jeans. Sem pensar duas vezes, acariciei seu membro por cima da calça e ele sorri maldosamente.

- Teu hobbie é me provocar, né? – Ucker cerrou os olhos e abaixou o rosto para me beijar. Calou minha risada com seus lábios e eu, obviamente, dei passagem para sua língua. Meu corpo precisava daquilo. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e senti o volume em sua calça crescer, roçando contra meu jeans.

- A gente não pode... – Comecei, ofegante.

- Eu sei. – Ele suspirou, mas seus dedos se apertaram em meu cabelo e sua boca desceu para meu pescoço.

- Então para. – Pedi, a voz manhosa.

- Não consigo. – Sinto uma mordida de leve na volta do meu seio e tudo dentro de mim estremece.

É prazeroso sentir sua boca em meu corpo. Com as mãos nas costas de Ucker, puxo a barra do moletom, tirando o mesmo. Ucker me ajuda e depois, morde meu lábio inferior de uma forma tão gostosa que eu percebo que não posso mais fugir. Não me importa onde estou, o que importa é o que eu quero, o que o meu corpo precisa.

- Vamos fazer amor.  – Eu peço, como se ordenasse. Ucker balançou a cabeça com vontade e suas mãos deslizam pela lateral do meu corpo. Ele aperta um de meus seios e depois, volta a me beijar.

E  pu/ta que pa/riu, minha vontade é xingar tudo que é nome quando escuto as batidas fortes na porta e a voz grave de vovô do outro lado:

- Maria, saia agora desse quarto! – Exige o velho e minha vontade é gritar: “não!”, como uma criança mimada que não quer jantar. Ou então, que tal “eu só quero transar com o meu namorado em paz, que saco vovô”. Mas eu não faço nada disso, apenas levanto, me ajeitando e fazendo o que ele diz. Olho para Ucker, que estava deitado com as mãos no rosto, bufando alto e abro a porta. Vovô Louis me da uma bronca e me leva, quase pela orelha até o quarto das minhas primas.

Me joguei na cama, apertando as pernas uma contra a outra para inibir o desejo que sentia, mas sabia que ele só aumentaria. Afundei o rosto no travesseiro e decidi tirar um cochilo pra me tranquilizar.

Quando acordo, percebo que ainda estou sozinha no quarto e que já anoiteceu. Levanto da cama, prendendo os cabelos embolados e a casa está silenciosa demais quando desço a escada. Passei pela sala, completamente vazia, até entrar na cozinha, o único cômodo onde a luz está acesa e me surpreendo com a cena que encontro: vovó Elena estava em frente ao fogão, fritando alguma coisa, com um imenso sorriso no rosto e meu namorado de frente pra pia, cortando legumes, com um avental enrolado na cintura. Eles conversavam animadamente, como se se conhecessem há anos.

Sorri ao perceber que Ucker já tinha ganho vovó em tão pouco tempo. Ele era demais.

Chicas do meu core, obrigada por continuarem comigo e por nunca me abandonarem <3 Obrigada mais ainda por comentarem sempre ;)

Beijos, comentem mais que vem mais ...