Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Esse velho estava ficando louco, cada vez pior. Sério, sério mesmo, vovô Louis tava precisando de um psiquiatra com certa urgência.

- Vovô, será que da pra parar com isso? - Murmurei. - Estou começando a me preocupar com a sua saúde mental. Eu e Ucker somos namorados...

- Não me interessa! - Ele me interrompeu, sério. - Não quero essas sem vergonhices no meu corredor.

- Tudo bem, nós vamos para o quarto. - Dou de ombros debochadamente, e seguro Ucker pela mão, puxando. Mas ele paralisa o corpo e sua mão foge da minha.

- Não, você vai pro quarto sozinha, porque eu sou muito novo pra morrer. - Respondeu Ucker e nem parecia o mesmo cara. Ele tava mesmo acreditando que vovô seria capaz de atirar?

- Esse rapaz é mais sensato que você, Maria. - Vovô Louis disse. - Ganhou pontos comigo, Christopher, continue assim.

Ucker ainda por cima sorriu e agradeceu.

- Ganhando pontos? - Cruzei os braços, fazendo cara de ofendida. - Isso aqui não é boliche, é o meu namoro! O nosso namoro, Ucker.

- Na minha casa não se faz saliência. - Respondeu vovô e eu tive que rir daquela palavra.

- Saliência? - Ergui as sobrancelhas. - Sério, vovô? Pois fique sabendo que eu e o Ucker já...

Antes que eu terminasse minha frase impulsiva, Ucker abafa minha voz, colando a palma de sua mão em minha boca.

- Olha bem o que você vai falar. - Sussurrou no meu ouvido e depois sorriu disfarçando. - Ela ia dizer que a gente já entendeu e que isso não vai mais se repetir, senhor Louis.

O velho pareceu não acreditar, mas engoliu. Teríamos sossego pelas próximas horas.

- Tá aprendendo rápido, Christopher. - Vovô abaixou Margaret e respirou fundo. - Cada um pro seu devido quarto e antes de fazerem qualquer coisa, lembrem-se que eu posso estar bem atrás. Boa noite.

Aquela ameaça me deu um medinho, confesso. Vô Louis saiu e nos deixou sozinhos no corredor novamente, Ucker tirou a mão da minha boca e respirou de alívio.

- Tu tá ficando, maluca? - Resmungou ele, assim que vovô saiu. - Ainda nem tenho 20 anos, quero ter filhos, morrer velho, tá?

- Nossa, o filho do líder de uma das gangues mais temidas de Los Angeles com medo de um velho com um espingarda que talvez, nem pegue mais... - Murmurei, revirando os olhos com deboche.

- Já te falei que tô bem afastado dos Hunters, bem mesmo.

- Beleza, mas o vovô não mataria nem uma mosca. - Rebati, rindo.

- Uma mosca, não. - Ele balançou a cabeça. - Mas o namorada da neta dela, nesse caso ele pensaria com carinho. Aliás, eu sou o cara que levou a neta dele pro mal caminho, o cara que comeu a neta dele até no banheiro da sua casa... Acho que ele mete uma bala na minha cabeça sem dó.

- Ou então, corta o fruto de todo o mal. - Sorri maliciosamente e apertei com força seu membro. Ucker soltou um gemido e fechou os olhos.

- Tu tá ficando uma pervertida de primeira, hein? - Ele deu seu primeiro sorriso relaxado.

- Tô aprendendo com o melhor. - Dou uma piscadela e logo depois, envolvo as mãos no pescoço de Ucker. Ele olha para os lados e depois, abaixa o rosto na minha direção. Sua boca hoje parece tão macia, tão gostosa, como se eu não conseguisse mais parar de beijá-lo. Isso é tão bom, cara.

- Tu gosta de um perigo, né? - Ele aperta minha bun/da com força e me pressiona contra a parede. Pra ser sincera, esse lance todo de ser pego, de ter que fazer escondidinho é bem excitande, deixa tudo mais divertido...

- Eu gosto de você, né. - Rebati, rindo e sentindo seus lábios descerem pro meu pescoço.

- Eu tô brincando com a morte. - Ucker negou com a cabeça e abafou sua risada na minha pele. A área ficou quente e depois, o calor se espalhou pelo meu corpo.

- Você só tem que brincar comigo, gostoso. - Puxei seu rosto e beijei sua boca com vontade, mordendo o seu lábio inferior. Ele riu e não desgrudou sua boca da minha, suas mãos escorregavam com agilidade pela lateral do meu corpo, esquentando minha pele.

- Sabe o que é? - Ucker envolveu seus dedos em minhas mãos e me olhou profundamente nos olhos. - Eu não tô pra brincadeira.

Isso me fez estremecer e enquanto ainda sentia a onda de desejo descer pelo corpo, ele prendeu minhas mãos no alto, acima da minha cabeça e começou a beijar meu pescoço, descendo pra volta dos seios.

- Corredor não. - Murmurei, arfando e fechando os olhos.

- Quarto sim. - Ele riu e envolveu um braço em minha cintura, me puxando pra dentro.