Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Assim que coloquei os pés no jardim, senti a mão de Ucker segurar meu pulso com força e me puxar contra seu peito. Ele me olhou nos olhos, bem sério e por mais que eu tentasse fugir, ele não deixava.

- Tá me machucando, me solta! – Exigi, tentando puxar o braço mais uma vez.

- Não! – Gritou ele de volta. – Eu tô cansado de você acreditar em qualquer coisa e não confiar em mim, simplesmente tirar suas próprias conclusões e jogar nosso amor pela janela! Mas que po/rra, a gente não passou por esse monte de coisa de sacanagem!

- E você acha que eu tô feliz? – Rebati, irritada. – Acha que é maneiro pra mim ficar vendo você com essas vagabundas?

- Você acredita em tudo, menos em mim!

- Como você quer que eu acredite em você? – Rosnei, engolindo o choro. Que ódio da minha fraqueza. – Eu queria ver se fosse o contrário, se fosse eu de calcinha e sutiã com dois homens seminus atrás de mim!

- Eu matava os dois. – Ameaçou Ucker, entredentes.

- Tudo pra você se resolve assim agora?

- Que saco, pu/ta que p/ariu, mano! – Ele gritou de raiva.

- Para de gritar, os vizinhos estão dormindo!

- FODAM-SE OS VIZINHOS! – Ucker ergueu a cabeça e gritou o mais alto que pôde. – EU QUERO VER QUEM VAI COLOCAR A CARA NA JANELA PRA RECLAMAR! EU VOU ACORDAR O COMPTON INTEIRO!

- Para, Ucker. – Pedi, olhando a nossa volta. Tentei puxar o braço pra fugir dali e claro, não deu certo.

- NÃO, DUL! PARA VOCÊ! – Ele me olhou nos olhos profundamente, com muita raiva. – PARA E ME ESCUTA! EU TÔ CANSADO DESSAS MERDAS ESTOURAREM TODA HORA, QUERENDO FERRAR COM O NOSSO NAMORO! EU TÔ COM A PO/RRA DO SACO CHEIO, ARRASTANDO NO CHÃO!

- Ucker, eu não quero mais falar com você, não agora, tu tá muito irritado e eu também não tô longe disso, vamos acabar falando besteira. – Abaixei os olhos. – Me solta.

- Não. – Disse, convicto. – Não antes de você me escutar. Depois, tudo bem, tu vai pro lugar que você quiser, vai pra casa do cara/lho se tiver afim, mas agora, me escuta.

- Eu não quero escutar, Ucker, me solta! – Rebati, puxando com força. – Volta pras duas, elas devem estar te esperando.

- Como é que é? – Ele então uniu as sobrancelhas, me olhando quase ofendido. Depois, riu nervoso e ironicamente, balançando a cabeça. – Caraca, Dul, eu sinto nojo de pensar em transar com outra mulher que não seja você. Só consigo querer você e depois, querer você mais um pouco.

Eu soltei uma risada, ainda sem acreditar.

- Tu ainda tá debochando? – Ucker franziu a testa e jogou a cabeça pra trás. – Po/rra, filha da pu/ta, eu não te traio nem na pu/nheta.

Ucker então soltou meus braços com violência, jogando-os para baixo e depois, respirou fundo ao me encarar por uma última vez e virar de costas, voltando pra dentro de sua casa. Aquilo inexplicavelmente me encheu de raiva. Virar as costas pra mim desse jeito? DE JEITO NENHUM.

Levantei o pé esquerdo, pegando o chinelo que calçava. Logo depois, coloquei toda a força no meu arremesso e o chinelo branco bateu nas costas de Ucker com um alto estalo.

Ele com calma, virou-se pra mim, me encarando com os olhos semi cerrados.

- Você não fez isso. – Disse ele, entredentes.

Com certeza estava tentando me colocar medo e olha só, conseguiu! Fui me afastando, dando passos pra trás até sair correndo.

Ok, eu estava sendo um tanto infantil, mas eu realmente queria fugir antes que ele me impedisse novamente. Tarde demais, Ucker estava correndo atrás de mim e me segurou pelo casaco, me puxando contra seu corpo. Senti minhas costas baterem em seu peito enquanto ele me segurava pelos braços.

- Me solta! – Protestei e ele riu no meu ouvido.

- Já chega de teatro, amor. – Sussurrou sua voz maldosa em meu ouvido. – Você pediu. Agora você vem comigo.

Ucker abaixou-se e me segurou pelas pernas, encaixando seu braço na curva de meus joelhos e me jogou sobre seu ombro como um saco de batatas.

- Me solta! – Protestei, socando a mão em suas costas, enquanto ele caminhava em direção a porta.

- Agora só te solto na minha cama.

- Meu chinelo. – Resmunguei, vendo-o ficar pra trás na calçada.

- Você vai voltar pra casa descalça. – Rebateu Ucker. – E se eu quiser, vai voltar pelada também. Isso SE você voltar, gata.