Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Eu só precisava disso. Dizer toda a verdade. Olhar nos olhos dela e dizer que ela era tudo pra mim, que eu não podia simplesmente ir embora e deixá-la pra trás. Dizer que prefiro morrer aqui, ao seu lado, do que fugir como um covarde.

- Ucker, não. – Jennifer parou a minha frente, impedindo que eu abrisse a porta. – Não faz isso. Só vai causar mais mágoa.

- Eu não vou mais, Jay. – Sorri de lado. – Cê não entende? Não quero viver sem ela. Eu... eu prefiro morrer, é isso.

- Vai fazer a Dul sofrer, docinho.

- Mais do que ela já está sofrendo? Mais do que eu estou sofrendo?

Jenny fechou os olhos e colocou as duas mãos sobre meus ombros.

- Se fizer isso, a história de vocês não terá um final feliz.

- Eu não quero um final feliz, fo/da-se esse papo da Disney! – Aumentei o tom. – Eu só quero ficar com ela! Por cinco minutos ou por cinquenta anos! Não importa.

- Pensa direito. – Suspirou. – Nosso voo sai em menos de uma hora. Vale a pena arriscar tudo?

- Se vale a pena arriscar tudo pra ficar ao lado da minha pequena? – Segurei o rosto de Jennifer entre as minhas mãos, olhando nos seus olhos. – Vale muito a pena. Vale minha vida.

Depois, me afastei dela, passando ao seu lado e abrindo a porta. Não achei meu skate jogado em lugar nenhum, então fui correndo mesmo. Aquela rua nunca pareceu tão longa. Quando virei a esquina, vi a casa de Dulce com apenas a luz da sala acesa.

- Eu tô chegando, minha princesa. – Sussurrei, sozinho. – Eu já tô chegando.

Pulei o portão de Dulce e entrei em seu jardim. Caminhei para bater na porta e chamar seu nome, mas parei com a mão no ar quando ouvi risadas altas e uma música. Talvez Henry estivesse tentando animar a irmã.

Dei a volta até chegar a janela e vi Dul sentada num sofá. Havia uma mão esticada para ela, mas eu não conseguia ver quem era.

A ruiva segurou na mão estendida e levantou, começando a dançar com alguém. E só aí que eu vi quem era esse alguém. Meu sangue ferveu na mesma hora, fechei as duas mãos em punhos e travei o maxilar. Brooke estava com ela.

Adam fez umas palhaças e ela riu das babaquices dele.

- Você é ridículo. – Ouvi Dul suspirar.

Ele respondeu alguma coisa, mas a música não me deixou escutar. Depois, segurou nas mãos da MINHA garota e olhou nos olhos dela, se aproximando demais.

EU VOU ARRANCAR AS BOLAS DESSE CARA POR TENTAR SE APROVEITAR DA MINHA RUIVA!

Quando decidi que era a hora de intervir e arrombar aquela porta, pegar Adam pelo pescoço e dar um fim a sua vida, algo aconteceu. Ele sussurrou alguma coisa para ela, mas não pude ver a reação de Dulce, a mesma estava de costas para mim.

A única coisa que pude ver com clareza, foi a mão de Adam segurar na nuca dela e os dois se beijaram com vontade.

Depois, fiquei cego de raiva e soquei a janela, quebrando o vidro com a força do meu punho. Porque nesse momento, além do vidro, meu coração também se partira em dezenas de cacos que nunca mais poderiam se juntar. Que nunca mais seriam a mesma coisa, além de um monte de pedaços quebrados.

- O que foi isso? – Ouvi a voz de Dulce dizer, enquanto me afastava da janela e corria em direção ao portão. – Quem tá aí?

Quando coloquei as mãos na grade do portão e me preparei para pular, ouvi a porta sendo aberta atrás de mim.

- Ucker?

Pulei o portão e não olhei pra trás.

- Ucker, o que cê tá fazendo? – Sua voz estava desesperada, enquanto ela corria atrás de mim.

Eu não conseguia olhar pra cara dela. Não sem chorar, sem me sentir o pior homem do mundo.

- ESPERA, UCKER! – Me gritou, abrindo o portão.

- O que você quer de mim, hein? – Virei abruptamente para ela, que tinha acabado de sair na rua. – Quer que eu veja você se esfregando com esse filho da pu/ta? Pois bem, eu vi! Parabéns!

- Eu não... – Dul gaguejou. – Eu sinto muito. Eu não queria que você...

- CALA ESSA BOCA, DUL! – Gritei mais alto. – O UCKER BONZINHO QUE VOCÊ CONHECIA ACABOU DE MORRER!

Virei de costas, mas ela correu até mim e tentou segurar meu braço.

- Não me encosta! – Puxei meu braço e continuei a caminhar.

- Sua mão tá sangrando, deixa eu cuidar de você.

- CUIDAR DE MIM? – Soltei uma irônica gargalhada. – Não é a minha mão que tá doendo não, Dul. – Ergui minha mão ensanguentada. – Isso aqui... É a menor das dores que eu tô sentindo nesse momento. Isso aqui não é nada perto do que eu ainda vou sentir.

Ela engoliu em seco enquanto deixava as lágrimas escorrerem.

- Eu mostrei pra você o que nunca mostrei pra ninguém. – Sussurrei, soltando um soluço. – Eu mostrei o que havia de melhor em mim e você destruiu isso.

- Ucker, por favor... – Dul engasgou com seu choro. – Não faz isso. Não pode acabar assim. Eu sinto muito. Eu sinto tanto, que mal posso dizer.

- Eu confiei em você e você me decepcionou, Dul. – Sequei uma lágrima. – Me perdoa não ter sido o cara perfeito. Fiz o melhor que pude, mas parece que não foi o suficiente.

Virei de costas e fui embora. E ela não me seguiu mais. Foi melhor assim, Dulce não teve que ver eu gritar como um louco e chorar ajoelhado no chão. Não teve que me ver socar as paredes de um beco até minhas mãos se esvairem em sangue e meus dedos quebrarem.

Não teve que ver o Ucker bom morrer. E principalmente, não teve que ver o Ucker mal nascer.

Oláaaaa, chicas do meu core *-*

Desculpem estar sumida, tô estudando muito pro Enem e pra Marinha :/

Beijos, comentem ;)

OBRIGADAAAA <3