Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

Lágrimas e mais lágrimas escorriam por meus olhos, enquanto eu tentava de alguma forma controlar aquilo. Deus, eu estava um caco. E tinha largado meu novo emprego. Odiava a tudo e a todos e só chorava, soluçava, tremia...

Já se passaram quatro dias desde que aquela maldita mensagem chegou. E eu a leio toda hora, como se as letras pudessem mudar de lugar. Como se a frase não fosse exatamente a mesma. Cruel, seca. Me pedindo pra desistir, pra deixar morrer. Me pedindo pra esquecer meu primeiro namorado, o primeiro e único homem com quem já me deitei. O primeiro e único que já amei.

Lá estava eu, ainda de pijama, as quatro da tarde, encolhida no canto do quarto, abraçado aos joelhos. Ignorando ao máximo Adam Brooke, que me encarava com os cotovelos apoiados nos joelhos, sentado na beira da minha cama.

- Você precisa falar comigo. – Insistiu ele.

Escondi o rosto nos braços, sentindo vergonha e raiva. Adam suspirou, frustrado.

- Dul, por favor.

Balancei a cabeça em negação, minhas lembranças ao longe, na época que passava todos os minutos livres ao lado de Ucker. Na época que era feliz. 

- Não tem como isso doer pra sempre. Uma hora vai ter que melhorar. – Adam levantou da cama e parou de pé ao meu lado. – Ele te levou até o topo da montanha e depois te jogou de lá.

- Me deixa em paz, ok? – Pedi, entredentes. Só queria ficar em silêncio, no meu cantinho.

- Eu tô tentando te ajudar. E se você não falar comigo, algo muito pior pode acontecer.

- Como o que? – Soltei um grito, erguendo os olhos vermelhos. – Pior que isso? Pior do que já está? Pior do que eu já estou? Acho que você ainda não entendeu a gravidade da situação, então eu explico, Adam. Eu perdi o grande amor da minha vida, eu fui abandonada por ele como um objeto velho que não serve mais. Fui largada! Eu juro por tudo que existe de sagrado que eu tava dando o meu máximo pra ficar bem, mas não tá dando! Não tá dando pra viver sem ele...

- Esse bosta não te merece. Não merece o teu sofrimento. – Adam abaixou ao meu lado, passando a mão em meu braço. – Quando você vai se olhar no espelho e perceber que ele não vale tudo isso? Que você é maravilhosa demais pra chorar por aquele filho da mãe?

- Vai embora, Adam. – Virei o rosto. – Vai viver sua vida, vai ser feliz. Me deixa em paz, você não tem nada com isso.

- Claro que tenho, sou seu melhor amigo.

- Não, não é! – Gritei, com raiva. – Isso que a gente teve, isso que você chama de amizade só estragou tudo. Sabe quem era meu melhor amigo? Ele era meu melhor amigo!

- Dul... – Sussurrou ele, tentando acariciar meu rosto.

- SAI! – Rebati, escorregando para longe.

- Não quero te perder.

- Você nunca me teve. – Disse, seca.

Finalmente, ele se calou e afastou a mão. Desistiu. Adam levantou do canto do quarto e caminhou até a porta sem dizer uma palavra. Manteve a mão hesitante sobre a maçaneta e me olhou, achando que eu voltaria atrás. Estava enganado.

Quando Adam saiu de meu quarto, não tive sequer cinco minutos de solidão. A porta se abriu e lá estava minha família. Papai, mamãe, Henry. Logo atrás, meus amigos. Luca e Maite. E quem diria, Annie também. Todos me olharam com pena e compaixão, como se eu fosse um filhote de cachorro abandonado numa caixa, num dia chuvoso. Era exatamente isso. Parecia que cada um deles queria me pegar no colo e me dar carinho.

- Querida? – Murmurou mamãe, deixando uma lágrima escorrer. – Ah, minha filha...

Ela abraçou papai de lado, que me olhou com dó. Eu devia estar horrível mesmo.

- Dul, meu amor, viemos falar com você. – Annie caminhou até mim, se abaixando ao meu lado. – Quer conversar com a gente?

- Não.

- Somos sua família. – Disse meu irmão. – Nos importamos e muito com você. Sabe o quanto te amamos.

- Então me deixem em paz. – Pedi.

- Vou ser direto com você, morango. – Luca então se abaixou de frente para mim, me olhando nos olhos. – Amo você e nunca tivemos segredos um com o outro. Você é a pessoa em que mais confio, então, por favor, deixe-me te ajudar. Vou dizer claramente, espero que você entenda. Mantenha-se calma. Isso aqui é uma intervenção psicólogica.

Pisquei os olhos diversas vezes, tentando raciocinar. Intervenção? Não sou um viciado em drogas. Não sou uma alcóolatra. Eu não preciso disso.

- O que o Luca quer dizer é que... – Annie completou, passando a mão em meu cabelo. – Viemos ajudar você, Dul. Se você não melhorar... teremos que internar você.

Eu seeeei, mereço um soco na cara por estar tanto tempo sem postar :( 

A maioria deve até ter esquecido a história, o que aconteceu e tudo mais kk`

Gente, isso tem uma explicação, novembro foi o mês mais difícil do ano, teve ENEM, teve prova da Marinha, teve prova na escola, teve TUDO e mais um pouco :/ 

Perdões.