Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Me obriguei a mexer o corpo assim que vi Ucker caminhar em passos duros até Matt. Entrei na frente dele rapidamente, erguendo as mãos e o impedindo de avançar.

- O que pensa que tá fazendo?

Era a primeira vez em meses que ele me olhava e foi daquele jeito, cheio de raiva. Seus olhos pegavam fogo.

- Sai da frente. – Rosnou, entredentes.

- Não, você enlouqueceu?

- Quem é esse filho da pu/ta? – Ucker apontou o dedo para quem estava atrás de mim, mas permaneceu me olhando com fúria.

- Não te interessa! – Rebati aumentando o tom da voz. – Sai daqui.

- Então você agora é assim?

- Assim como? Do que cê tá falando?

- Dulce, eu... – Ouvi a voz de Matthew atrás de mim, intimidado. Provavelmente com o fato de Ucker estar com uma arma na cintura e com uma mão sobre ela.

- Shii, fica quieto. – Murmurei sem olhar pra trás.

- É, cala essa por/ra dessa boca! – Gritou Ucker, agora encarando o loiro.

- Para!

- Isso é seu, mauricinho? – Ucker puxou a sacola com o videogame de minhas mãos e então riu, arremessando com toda a força no chão.

- NÃO! – Gritei, mas já era tarde demais. Provavelmente estava em pedaços.

Enquanto eu olhava para a atitude insana de Ucker, ele virou-se de costas e começou a se afastar, com os ombros tensos e sem olhar pra trás. Eu não deixaria isso assim.

- Espera aqui, Matt. – Direcionei a mão para o loiro que assentiu assustado.

Corri para alcançar Ucker e quando cheguei perto dele, o puxei pelo ombro. Senti uma corrente tocar minha mão ao perceber que fazia tanto tempo que não encostava em sua pele. Ainda era como eu me lembrava, exatamente.

- Você vai pagar o prejuízo!

- Vou? – Ele ergueu as sobrancelhas de forma debochada.

- Que é, você voltou pra cá fora de si?

- Ainda não viu nada... – Ucker deu um sorriso.

Era ameaçador e perigoso.

- Agradece a Deus por ele não ter pago com a vida.

- Você não tem o direito de sentir ciúmes, de fazer cena! Não tem mais nada com o que eu faço, Christopher. – Tive que lutar contra o bolo na garganta.

- E você também não, então eu posso muito bem dar um fim no seu amiguinho.

Ucker tirou a arma da cintura.

- Abaixa isso! – Segurei sua mão.

- Não encosta em mim, po/rra!

- Então abaixa essa arma... AGORA!

- Não sou mais seu cachorrinho, Dulce. Você não me manda. – Ele puxou a mão e deu dois passos para trás.

Logo depois, virou-se para seguir seu caminho, guardando a arma na cintura. Minhas pernas estavam pesadas como se tivessem me enterrado em areia movediça. Era horrível.

- Olha o que você se tornou...

- Esse é o verdadeiro Ucker. – Respondeu sem olhar para trás.

- Eu não gosto dele. – Senti meus olhos arderem, querendo me convencer disso.

- Bom, ele também não gosta de você. – Ele olhou rapidamente por cima do ombro, com aquele mesmo olhar de nojo e fúria e depois saiu correndo.

Fiquei parada até ver sua imagem sumir na esquina. Foi quando a primeira lágrima caiu e eu percebi que Ucker tinha acabado de arrancar os pontos dolorosos que estavam na minha ferida interna. Agora, estava aberta de novo. E sangrava como nunca.

Ok, não vou me desculpar porque, cacete, eu sempre me desculpo. Meninas, de verdade, eu não queria demorar tanto e esses capítulos foram feitos tudo de uma vez só porque eu não tinha nada pronto, então não sei se ficou bom, mas ficou bem parecido com o que eu tinha em mente. 

Enfim, eu tava viajando, então não deu pra postar, mas agora, janeiro tá aí, e mesmo com os 40 graus que estão fazendo no RJ, eu vou colocar minha bun/dinha linda na cadeira e escrever... 

Beijinhos ;)