Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance
Ucker narrando.
- Bang bang.
Eu nunca teria coragem de fazer uma coisa dessas com ela, nunca.
- Pelo amor de Deus, se toca, garota. – Dei uma risada, colocando a arma de volta na cintura. – Achou que eu ia estourar sua cabeça assim? A arma tá travada, sempre esteve.
Dul então abriu os olhos bem devagar, percebendo que o barulho que escutou era apenas o gatilho travado
- Mas se o tal Matt é tão melhor que eu, volta correndo pra ele e me deixa em paz.
Me afastei, sentindo o vinco na testa de irritação. Eu queria ter uma máquina do tempo pra não ter cometido metade dos meus erros. Queria ter um antídoto para aquela doença que era minha burrice em cometer o mesmo erro uma caralhada de vezes. Por/ra, era fo/da. Meu maior inimigo era eu mesmo.
- Você pensou em atirar em mim?
- O que tu acha? – Me virei para ela com mágoa no olhar. – Acha que eu teria um pingo de coragem de acabar com a tua vida te olhando dentro dos olhos?
Dul se calou e abaixou o olhar.
- Não sei o que esperar de você mais. – Assumiu num sussurro.
- Não espere nada bom. – Respondi. – Mas também não espere algo como isso. Vou pro inferno, mas não por assassinar a mulher que eu amo.
- Quer saber de uma coisa? – Dul murmurou, com raiva e mágoa no olhar. – É exaustivo pra por/ra amar você. Eu não acho que você saiba amar alguma coisa.
Logo depois, abriu a porta atrás de si e saiu, batendo com força depois. Fiquei olhando o lugar onde ela estava a segundos atrás, ainda em choque. Mal conseguia piscar.
- Já sei. – Olhei pra cima com ódio. – Você me odeia né, Deus? Tá rindo aí de cima, né? Devo ser uma grande piada pra você. Me criou pra se divertir um pouco, não foi?
Chutei a mesa da sala, quebrando o vidro em vários pedaços. Rangi os dentes antes de jogar todos os porta-retratos no chão e segundos depois, joguei o abajur decorado que pertenceu a minha mãe no chão com toda a força.
- Quer saber de uma coisa? – Dei uma risada sem humor olhando novamente para o teto. – Vou te dar mais um motivo pra me mandar pro inferno.
Passei por cima das coisas quebradas no centro da sala, completamente cego de raiva. Levei a mão até a maçaneta, mas pelo lado de fora, alguém foi mais rápido que eu, escancarando a porta.
- Christopher?
- Sai da minha frente. – Rosnei entredentes.
- Filho? – Meu pai estava logo atrás de Fernando. – O que aconteceu aí?
- Nada. – Respondi, tentando passar, mas fui impedido por eles. – Da pra vocês dois saírem do meu caminho?
- Aonde você pensa que vai? – Insistiu meu velho, franzindo as sobrancelhas exatamente como eu.
- Não interessa. – Respondi, trincando o maxilar. – Agora sai do meu caminho.
- Abaixa a bola, seu moleque! – Fernando rosnou, me encarando bem de perto. Mantive o queixo erguido exatamente como ele, olhando profundamente seus olhos.
- Parem vocês dois! – Meu pai entrou no nosso meio e me olhou. – Christopher, entra, você não vai sair de casa nesse estado. Vamos sentar, conversar e você vai me explicar direitinho o que aconteceu.
- A filha desse filho da pu/ta aí veio aqui em casa! – Respondi rindo ironicamente e apontando o dedo para Fernando, bem atrás do meu pai. – Fazer sabe o quê? Esfregar na minha cara que tá dando pra um playboyzinho covarde. Então, me responde Fernando, é de família não valer nada?
Assim que olhei da forma mais debochada possível, vi quando Fernando avançou, se jogando contra mim e acertando em cheio um soco na minha boca. Logo depois, meu pai envolveu os braços firmes e fortes no tronco de seu melhor amigo, impedindo que ele viesse pra cima de mim mais uma vez.
Senti o gosto de sangue na boca e toquei com a ponta dos dedos no lábio cortado, mas não pude evitar abrir um largo sorriso.
- Pode soltar esse babaca, pai. Deixa ele vim!
- Esse teu filho precisa de uma surra bem dada,Victor. – Fernando cerrou os olhos na minha direção.
- E é você quem vai tentar a sorte?
O cara rosnou como um cachorro com raiva. Era o tipo que não aguenta deboche, ainda mais vindo de mim. E eu, bom, eu sou o tipo mais debochado que conheço.
- Alexandra ia adorar estar aqui pra ver o escro/to que você se tornou!
Imediatamente, meu sorriso sumiu. Fechei os olhos e suspirei, imaginando como seriam as coisas se minha mãe estivesse viva. Ela, com seus longos cabelos loiros, seu sorriso iluminado, seus olhos generosos. Ela, que não me viu crescer, não me deu conselhos sobre meninas, não fez meu prato preferido no dia do meu aniversário. Ela, que com toda a certeza do mundo, ia adorar ter Dulce como nora.
Será que ela estaria triste ou decepcionada em me ver dessa forma? Ou será que se o câncer não tivesse levado minha coroa quando eu ainda era um bebê, eu não seria esse cara que eu sou?
Dei dois passos pra trás e voltei pra dentro de casa, deixando os dois completamente perplexos ainda do lado de fora. Olhei para o chão, onde as coisas quebradas me faziam lembrar como eu estava nesse momento. E embaixo daquele vidro todo, havia um porta-retrato rachado com uma foto antiga, onde eu ainda de fraldas estava no colo da versão de minha mãe sem cabelos, magra e doente. E ainda assim, ela tinha o sorriso mais lindo do universo.
Autor(a): princesinha
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Dulce narrando. Passei o gloss e apertei os lábios um no outro na frente do espelho. Me olhei de cima a baixo, satisfeita com o resultado. A saia estampada não era tão curta, mesmo sendo de cintura alta, e o cropped de crochê branco era presente de minha avó, ela mesma tinha feito a mão. - Vovô quer falar com você! &ndas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1592
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dynhah_2018 Postado em 14/07/2021 - 15:11:48
As vezes venho aqui só pra ver se vc vai continuar! Essa história merecia um final!
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jesofiaaa Postado em 29/11/2020 - 13:32:42
Ninguém consegue entrar em contacto com essa menina? Gostaria tanto de um desfecho parece mentira, mas ainda entro aqui toda a semana para ver se tem novidade
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goncalves Postado em 17/05/2020 - 22:00:18
Até hoje espero o desfecho dessa história 😭😭
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thay. Postado em 22/09/2019 - 02:26:08
Bom, é a primeira vez que comentou aqui, mas eu acompanho a história bem do início. Nem sei se a autora ainda tem acesso a fanfic, mas pra mim é a melhor que eu já li, e eu gosto muito de ler. Mesmo depois de tanto tempo, eu sempre venho ver se ela foi atualizada. Sei que foi parada por uma perda e sinto muito, mas espero que um dia você possa voltar a postar. Amo essa fanfic!
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amanda.dourado Postado em 08/09/2019 - 17:37:13
Será que algum dia vc irá voltar pra terminar essa história kkkk
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livinalili_ Postado em 01/12/2018 - 11:13:59
sei como é sofrer uma perda, ainda tenho esperanças que volte a postar
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malu_vieira Postado em 04/09/2018 - 12:45:59
saudades, espero cheinha de esperança até hoje
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magrelaohana Postado em 31/05/2018 - 19:01:59
Sdds
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reinavondy Postado em 09/07/2017 - 09:20:33
Sinto muito pela sua perda.. deve ser muito difícil para você .. eu leio essa fanfic desde os primeiros dias em que foi criada..mas nunca tinha chegado a comentar antes.. pois ainda não tinha feito uma conta aqui.. e ainda vou está por aqui se algum dia você resolver continuar.. adoro a forma como você escreve.. os detalhes.. é incrível.. sinto falta de ficar pulando pela casa com cada atualização sua rs.. beijoss
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duke61 Postado em 02/07/2017 - 22:19:03
Olá, vir sua postagem na fanfic O Príncipe Vagbundo, sinto muito pela sua perda, sei como é perder alguém ou algo que se ama, as vezes surge um vazio dentro da gente que dói, não sou muito de fazer comentários ou manda mensagem, mas espero que vc volte a posta, você escreve bem, seu enredo e narrativa são instigantes, não há erros graves de ortografia, então te digo que não desista de algo que você gosta, pois isso só nos fazem mais mal, falo por experiência própria, e uma das coisas que me ajudou foi os livros, e se você se dedicou a escreve-la é porquê te fazia bem, espero que fique tudo bem com você, e que Deus te conforte, estarei aqui torcendo e esperando você voltar, sua fic é maravilhosa demais pra ser simplesmente esquecida. Peço que pelo menos pense nisso.