Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance
Ucker narrando.
Sabe aquela historinha do rei que em tudo que botava a mão virava ouro ? Então, comigo é mais ou menos assim. Só que ao contrário. Tudo que eu ponho a mão eu estrago.
- Ucker! – Ouvi o grito estridente de Babi ecoando pela sala.
Fechei os olhos e trinquei o maxilar, torcendo pra ela supor que eu estava dormindo no sofá e me deixar por ali mesmo.
- Ucker, eu sei que você tá acordado.
Continuei ignorando, então ela desceu a escada com passos duros.
- Da pra você ter educação e me responder? – Exigiu, se aproximando.
- Minha falta de interesse não tem nada a ver com educação.
Bárbara soltou um tapa estalado no meu ombro.
- Pu/ta que pa/riu, garota! Qual é o teu problema?
- Qual é o meu? Você que é o idiota aqui! – Gritou, parando na minha frente com os braços cruzados.
- Olha a hora, tá maluca? Para de gritar que você não tá falando com os seus amiguinhos. – Ameacei.
- Que merda de líder você é?
- Do que você tá falando? – Perguntei.
- Você sai pra farra no dia em que os seus amigos, no dia em que a sua gangue vai fazer um arrastão em Watts?
- Que? – Franzi a testa e me levantei do sofá. – Que história é essa? Ninguém me falou por/ra nenhuma sobre isso, quem autorizou?
- Eu autorizei. – Ouvi a voz grossa de Victor assim que ele entrou na sala e colocou a arma sobre a mesa.
- Eu deixei? – Encarei meu pai.
- Eu ainda sou o líder...
- Não, você jogou a bomba na minha mão!
- Eu e Fernando decidimos que era a hora.
- Você e aquele filho da pu/ta não tem que decidir nada sem mim! Ouviu? Nada! Sou eu quem decido agora e as coisas tem que passar por mim antes de você sair dando ordem!
- Da pra você abaixar esse tom de voz comigo, seu moleque? – Victor se aproximou, gritando. – Eu ainda sou seu pai e eu acho bom você me respeitar porque tô perdendo a por/ra da paciência com essa sua fase de rebelde sem causa!
Continuei encarando sua expressão furiosa, mas não disse nada. Apesar de tudo, ele ainda era meu pai. Foi ele quem me criou e eu devo respeito a ele. Victor não era o melhor pai do mundo, não chegava nem perto disso, mas beleza.
- Você acha certo autorizar os Hunters a saírem sem mim? – Murmurei, cruzando os braços.
- Era pra acontecer essa noite, mas você não estava aqui, Christopher.
- Por que não me avisou antes?
- Porque você fica correndo atrás dessa garota que não te da atenção nenhuma, seu babaca. – Babi se meteu, irritada.
- Fica quieta, Bárbara! - Gritamos eu e meu pai juntos.
- Vocês já perceberam que as coisas começaram a dar errado depois do Ucker se envolver com essa vagabunda?
- Quem é vaga/bunda? – Gritei, segurando Babi pelo braço. – Você tá maluca? A única vaga/bunda aqui é você, lava essa boca pra tocar no nome da Dul!
- Christopher, larga a sua prima. – Meu pai me puxou enquanto ela me encarava com o nariz empinado. Ai, que vontade de quebrar esse nariz.
- Eu sou vagabunda mas você adorava. – Babi sorriu e aquilo me deu nojo.
- Isso foi antes. Antes de eu perceber que você era essa garota ridícula...
- Nós éramos melhores amigos, éramos parceiros, seu filho da puta! – Dava pra ouvir a mágoa na voz dela a quilômetros de distância.
- Mas você se tornou essa pessoa que eu não conheço mais. – Me aproximei, olhando nos olhos dela.
- Será que da pra vocês discutirem isso em outra hora? – Meu pai protestou. – Eu não quero saber do relacionamento dos dois, merda.
Imediatamente, ficamos em silêncio, nos encarando com raiva. Beleza, eu amava essa filha da mãe, mas detestava ela com todas as minhas forças agora.
- Vou atrás dos Hunters porque ficar aqui discutindo com vocês não vai me adiantar em nada. – Bufei, pegando o boné em cima do sofá.
- É o melhor que você faz mesmo. – Novamente minha prima se meteu.
- Christopher, são quase quatro da manhã.
- E daí, pai?
- Você faz ideia de onde mora? – Ele puxou o ar para os pulmões, como se perdesse a paciência comigo.
- Você faz ideia de quem o seu filho é?
Nenhum dos dois discutiu, então peguei minha arma e saí de casa, sentindo as gotas de chuva baterem contra meu corpo. Eu precisava dormir, não sabia o que era descanso há um bom tempo.
Fumei um cigarro inteiro antes de virar na rua de Dulce, olhando de longe a casa dela. Tava tudo apagado, o que me fez sentir um aperto no peito e uma vontade incontrolável de entrar por aquela janela.
Mas antes mesmo de dar sequer o primeiro passo, senti meu corpo sendo puxado quando alguém me enforcou por trás, me dando uma gravata com força. Tentei me soltar, me debatendo e segurando o braço da pessoa, afastando ao máximo do meu pescoço, só que meu ar começou a faltar. Cara, eu não ia desmaiar e me entregar de bandeja pra quem quer que fosse tentando me apagar, não mesmo. Estremeci quando senti a ponta gelada do cano de uma arma tocar minha cabeça no lado direito. Não era a primeira vez que aquilo acontecia, mas ter uma arma apontada pra sua cabeça é uma das piores sensações que já experimentei. Porra, eu não ia morrer fácil assim depois de tudo, não pra alguém que eu nem faço ideia de quem seja, alguém que foi covarde o bastante pra não me encarar de frente e me pegar num momento de distração. Se é pra morrer, vamos fazer a parada direito.
Mas hoje não. O dia da minha morte pode até tá próximo, mas não é hoje.
Soltei uma das mãos do braço que me enforcava e segurei com força o cano frio da arma, apontando para baixo. Tentando lutar, o desconhecido soltou meu pescoço e segurou a arma com as duas mãos, então foi minha deixa perfeita pra sair. Sem soltar a arma, virei de frente para o cara, mas não era agora que veria seu rosto, o desgraçado estava de máscara. Era homem, isso eu sabia... E ia morrer agora.
Entortei suas mãos, tentando virar o cano da arma para o rosto oculto, mas a força contrária dele me impedia. Ele tentava o mesmo que eu, fazendo a arma apontar para o alto e não estar na mira de nenhum dos dois. Trinquei o maxilar e fiz tanta força que cada vez mais a arma foi abaixando, até o ponto de estar apontando bem pra testa do cara. Nesse momento, quando ele percebeu que ia morrer, tirou as duas mãos da arma e as estendeu, como se estivesse se rendendo.
Infelizmente, comigo não havia chance de rendição.
Apertei o gatilho, mas em vez do barulho estrondoso com o que estava acostumado, o que ouvi foi apenas um estalo vindo do revólver. Eu não sabia quem era esse cara, mas ele era um filho da pu/ta sortudo. A arma falhou.
Foi o chance dele puxar a mesma da minha mão, segurando-a pelo cano e me dando uma coronhada com força na testa. Fiquei tonto, sentindo o sangue escorrer pela lateral do rosto. O cara saiu correndo quando alguém gritou meu nome e eu imaginei que Bárbara tivesse me seguido. Mas antes que ela pudesse chegar perto de mim e me dar algum apoio, olhei pra cima e o céu rodou, me fazendo perder o equilíbrio e cair pra trás. As estrelas estavam dançando naquela noite? Meus olhos começaram a fechar e meu corpo atingiu um estado de dormência, de sono, de desmaio. Senti mãozinhas delicadas apertando meu peito e na minha visão turva quase fechada, vi um rosto. Mas peraí, Babi não tem o cabelo vermelho... E Babi não é linda desse jeito. Sorri e fechei os olhos.
Autor(a): princesinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1592
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dynhah_2018 Postado em 14/07/2021 - 15:11:48
As vezes venho aqui só pra ver se vc vai continuar! Essa história merecia um final!
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jesofiaaa Postado em 29/11/2020 - 13:32:42
Ninguém consegue entrar em contacto com essa menina? Gostaria tanto de um desfecho parece mentira, mas ainda entro aqui toda a semana para ver se tem novidade
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goncalves Postado em 17/05/2020 - 22:00:18
Até hoje espero o desfecho dessa história 😭😭
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thay. Postado em 22/09/2019 - 02:26:08
Bom, é a primeira vez que comentou aqui, mas eu acompanho a história bem do início. Nem sei se a autora ainda tem acesso a fanfic, mas pra mim é a melhor que eu já li, e eu gosto muito de ler. Mesmo depois de tanto tempo, eu sempre venho ver se ela foi atualizada. Sei que foi parada por uma perda e sinto muito, mas espero que um dia você possa voltar a postar. Amo essa fanfic!
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amanda.dourado Postado em 08/09/2019 - 17:37:13
Será que algum dia vc irá voltar pra terminar essa história kkkk
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livinalili_ Postado em 01/12/2018 - 11:13:59
sei como é sofrer uma perda, ainda tenho esperanças que volte a postar
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malu_vieira Postado em 04/09/2018 - 12:45:59
saudades, espero cheinha de esperança até hoje
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magrelaohana Postado em 31/05/2018 - 19:01:59
Sdds
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reinavondy Postado em 09/07/2017 - 09:20:33
Sinto muito pela sua perda.. deve ser muito difícil para você .. eu leio essa fanfic desde os primeiros dias em que foi criada..mas nunca tinha chegado a comentar antes.. pois ainda não tinha feito uma conta aqui.. e ainda vou está por aqui se algum dia você resolver continuar.. adoro a forma como você escreve.. os detalhes.. é incrível.. sinto falta de ficar pulando pela casa com cada atualização sua rs.. beijoss
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duke61 Postado em 02/07/2017 - 22:19:03
Olá, vir sua postagem na fanfic O Príncipe Vagbundo, sinto muito pela sua perda, sei como é perder alguém ou algo que se ama, as vezes surge um vazio dentro da gente que dói, não sou muito de fazer comentários ou manda mensagem, mas espero que vc volte a posta, você escreve bem, seu enredo e narrativa são instigantes, não há erros graves de ortografia, então te digo que não desista de algo que você gosta, pois isso só nos fazem mais mal, falo por experiência própria, e uma das coisas que me ajudou foi os livros, e se você se dedicou a escreve-la é porquê te fazia bem, espero que fique tudo bem com você, e que Deus te conforte, estarei aqui torcendo e esperando você voltar, sua fic é maravilhosa demais pra ser simplesmente esquecida. Peço que pelo menos pense nisso.