Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

Meu Deus, ele chegou. De longe eu já vi quando Ucker chegou, e senti meu coração palpitar. Ele sorria para todo mundo que vinha falar com ele, inclusive Annie. Senti inveja.

- Ele disse que sente sua falta nas aulas. – Ouvi Luca dizer assim que voltei para a realidade.

- Ele quem? – Murmurei, nem um pouco interessada. Não tirei os olhos de Ucker sequer por um segundo.

- O professor de Bioquímica. – Meu amigo revirou os olhos. – Aquele pedaço de mal caminho.

Maite gargalhou ao meu lado.

- Luca, ela não tá prestando atenção em você, se liga. – Mai estava certa.

- E você também não, está secando o tal Christian, o menino vai ter desidratação.

Soltei uma risada e Mai revirou os olhos.

- Foi só sexo, a gente ficou por umas semanas, mas de acordo com ele, "é praticante de amor livre". Uma ova, é um safado, isso sim! – A morena resmungou, bebendo seu drink.

- Qual é a de vocês mulheres com esse tipo de cara? – Perguntou Luca.

- Caras que tem estilo e pegada? – Ela alfinetou. – Desculpa, são os melhores. Não tenho culpa se sinto atração por cafajeste.

Assenti mentalmente, sem dizer nada. Poncho carregava Ucker pelo braço e eu tava torcendo para que não fosse pra apresentar à alguma mulher. Por favor, na minha frente não, não estraga a minha festa.

- E você, Dul?

- Eu o que? – Olhei para Luca por um segundo.

- Concorda com Mai?

- Aham. – Assenti.

- Então se eu virasse um cafajeste, iam me querer? – Ele brincou, rindo.

- Não se vira cafajeste, meio que se é e pronto. – Ela deu de ombros.

Concordei mais uma vez com a cabeça. Lembrei dos velhos tempos em que Luca era atrativo aos meus olhos e quase ri alto.

Ah não, merda! Alfonso não podia ter feito isso comigo. Colocar Ucker no meio das minhas antigas colegas de sala? Sério isso?

- Alguém tá com ciúmes. – Mai sussurrou no meu ouvido, cantarolando. Ela olhava na mesma direção que eu e assistia a cena: Ucker no meio daquela rodinha de mulheres.

- Claro que não. – Bufei. – Só tava olhando.

- Você tava perseguindo ele visualmente.

Soltei um risinho fraco, ficando calada e consentindo. Voltei a olhar no exato instante em que Ucker virou o rosto e me olhou. Ele ficou paralisado por alguns segundos e depois, mandou um beijo pra mim, me fazendo sorrir sem me controlar.

- Vamos sair daqui. – Mai puxou Luca pela mão, levando ele pra qualquer lugar que não era do meu interesse nesse momento. Não com Ucker vindo na minha direção.

Ele estava lindo, céus! Isso era tão injusto. Não dava pra resistir e não sentir as pernas bambearem com ele mordendo o lábio inferior enquanto se aproximava.

Sem dizer uma palavra sequer, Ucker envolveu seus braços na minha cintura, me abraçando com força até me erguer do chão. Ele encheu meu rosto de beijos, me fazendo rir incontrolavelmente.

- Feliz aniversário, princesa! – Ucker acariciou meu cabelo e me colocou novamente no chão.

Eu mal conseguia me conter de tanta alegria.

- Vem cá. – Ele me pegou pela mão e me puxou para o corredor, num cantinho perto do quarto de Henry, provavelmente o único lugar vazio da casa.

Ucker me pressionou na parede e eu achei estranho aquilo precisar ser tão escondido, mas não reclamei.

- Comprei um presente pra você, mas não pude trazer hoje. – Ele passou a língua nos lábios, deixando sua boca mais sexy do que já era.

- O que é?

- Claro que não vou te contar.

- Meu Deus, pra que tantas surpresas? – Revirei os olhos, rindo.

- Cala essa boca e seja paciente.

Bufei e assenti.

- Ok, você que sabe.

Ele olhou em volta e depois me encarou.

- 19 aninhos, quem diria que eu veria essa menininha crescer?

- Corta essa.

- Sério. Eu ficava te olhando quando ainda era moleque, você que nunca percebeu. – Ucker mordeu o lábio, me olhando nos olhos. – Eu lembro quando você pintou o cabelo e eu acho vermelho a cor mais foda do mundo até hoje.

Soltei uma risada, quase sem acreditar nas palavras dele.

- Acredita nesse papo de destino? De que algumas coisas já estão escritas?

- Acredito. – Murmurei. – E você?

- Acreditava. Até perder você. – Ele deu de ombros.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, sem ter realmente o que dizer.

- Mas cara, a verdade é que eu nunca estive tão bem com isso. Eu quero de verdade ser seu amigo. – Ucker murmurou, me fazendo fechar a cara imediatamente. - Acho que nunca tivemos tempo para sermos só amigos. Temos que experimentar.

Sério isso? Ele quer ser só meu amigo? Depois de tudo?

- Aliás, acho que pulei essa parte, mas você tá maravilhosa. – Ele sorriu.

Dei um sorrisinho fraco como resposta.

- Você também está. Quando entrou pensei que tinham contratado um stripper pra festa. – Impliquei, fazendo ele rir.

- Se quiser que eu faça uma dancinha pra você, por mim beleza.

- Não! – Rebati, rindo. – Cala essa boca e some da minha frente.

- Ah, que isso, garota chata, para de ser tão chata. – Ucker implicou.

- Some. – Reforcei, não contendo o riso.

- Nossa, como você é chata... – Ele encostou a testa na minha. – E linda, insuportavelmente linda.

Ucker deu um beijo carinhoso na minha testa e depois saiu.

- Ah, antes que eu esqueça, obrigada pela festa! – Gritei.

Ele apenas sorriu, acenando com a cabeça e sumiu entre o pessoal da sala.