Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

- E vocês voltaram?

É claro que essa seria a primeira pergunta que Annie me faria. E eu não sabia responder.

- Acho que sim.

Estávamos sentadas no sofá e graças a Deus, tínhamos acabado de arrumar a bagunça que restou da festa. Annie estava com olheiras profundas, o cabelo bagunçado e cheirando a bebida.

- Como assim, você acha? Vocês transaram, certo?

- Sim.

- Então vocês voltaram. – Ela deu de ombros. – Ai, que lindo! Que lindo, que lindo!

Tive que rir da animação exagerada de minha melhor amiga. Não havia ninguém, ninguém, ninguém como Annie.

- Tá bom, podemos dormir agora? – Bocejei. – Meus olhos estão fechando sozinhos e eu preciso mesmo descansar.

- Claro, o Ucker te deu uma canseira. – Ela riu, levantando do sofá e correndo para a cozinha. – Me espera fazer um sanduíche primeiro!

Assenti a contragosto, deitando a cabeça no encosto do sofá. Quando estava entrando num cochilo gostoso, sentindo aquela moleza tomar conta do corpo, ouvi batidas fortes na porta.

- Já vai! – Arrastei os pés, coçando os olhos pra ver se despertava.

Abri a porta de casa lentamente e quando vi primeiro aqueles chinelos brancos, já sabia quem era. Levantei o olhar só pra ter certeza que era Ucker diante de mim e puta merda, meu ar faltou imediatamente. Ele estava só de bermuda jeans, com aquele peitoral cada vez mais definido de fora e o olhar mais safado que eu já vi na vida. Senti de imediato uma corrente elétrica descer por toda a minha espinha.

Ucker estava exatamente como um personagem de filme pornô: pequenas gotas de suór em seu corpo e um picolé vermelho nas mãos, onde ele passava a língua e os lábios, que já estavam inchados e avermelhados. Já tava calor antes dele chegar, mas agora, meu Deus...

- Oi, namorada. – Brincou, puxando meu corpo pela cintura.

Eu, toda mole e hipnotizada como estava, fui sem muito esforço. O corpo dele estava quente, muito quente, e de repente, todo o sono que eu sentia simplesmente sumiu.

Ucker colou os lábios doces nos meus, me beijando com vontade. Senti sua língua geladinha brincando comigo e antes que houvesse uma combustão espontânea bem ali, ele se afastou, me dando um longo beijo estalado para encerrar.

- Oi. – Ele sorriu maldoso. – Posso entrar?

Pode sim, entre onde quiser. Especialmente no meio das minhas pernas.

- Claro.

Ele passou ao meu lado, em seguida encostei a porta e virei em sua direção.

- Quer?

Pena que era o picolé que ele estava oferecendo.

Dei um pequeno sorriso como agradecimento e estendi o corpo, mordendo a pontinha do picolé que ele estendeu na minha direção. Era delicioso. O picolé perfeito para Ucker.

- Assim você me deixa louco. – Sussurrou, mantendo o olhar na minha boca.

Passei a língua nos lábios, dando uma risada depois. Ucker levou o picolé até a boca com os olhos ainda presos em mim.

- Gostoso. – Murmurei.

- Eu achava que sabia o que era gostoso... Até te provar. – Ele se aproximou. – Agora eu sei.

Foi tudo muito rápido e de repente, eu estava no colo de Ucker, as costas pressionadas contra a parede, a boca quente naquele contato íntimo com a boca dele. Eu queria mais, parecia que nunca enjoaria, nunca ficaria cansada.

Ouvi um pigarro alto seguido de uma risadinha, então percebi a situação em um milésimo de segundo. Rapidamente desci do colo dele, apoiando as mãos em seu peito e olhando pro lado.

- Opa. – Annie sorriu, maldosa. – O casalzinho voltou com tudo.

Senti as bochechas corarem de vergonha.

- E aí, safada! – Ucker exclamou, indo na direção de Annie. – Fala tu, nossa festa foi demais, né não?

Eles bateram as mãos e Annie riu.

- Nossa festa? Qual é, você só carregou peso.

- Só carreguei peso? – Ucker cerrou as sobrancelhas. – Querida, eu passei a festa inteira transando com a aniversariante pra ela acordar com esse sorriso aqui! - Ucker apontou pra mim. – Foi o melhor presente, meus quadris estão doloridos.

A loira deu uma gargalhada alta, acompanhada de Ucker, que me encarou implicante. Soltei um tapa em seu braço, querendo esconder a cara num buraco.

- Aliás, você tem que buscar seu presente lá em casa, esqueceu?

- Mais sexo? – Annie se meteu. – Ucker, você não cansa? A pele vai cair.

Meu Deus, eu preciso calar a boca dessa garota agora!

- Não, loirinha. Quer dizer, sexo também, mas agora tô falando de outra coisa. – Ele mordeu o picolé e me encarou. – Tá com uma cara de cansada, amor. Desculpa, da próxima eu pego mais leve.

- Ah, tchau. – Revirei os olhos.

Caminhei até o corredor ouvindo as risadas dos dois. Logo depois, Ucker correu até mim e me abraçou por trás, entrando no quarto junto comigo. Olhei Annie fazer sinal de positivo com o dedão, segurando o picolé com a outra, antes de fechar a porta.

- Sabe o que cairia bem agora? – Ucker disse, já em cima da cama. – Mãos na minhas costas fazendo uma massagem.

- De jeito nenhum. – Procurei meu pijama entre as roupas emboladas. – Eu tô cansada demais pra fazer suas vontades hoje.

- Tem certeza? – Ele deitou de bruços, apoiando o rosto no travesseiro.

Não teve como não olhar a bun/da de Ucker, foi inevitável. Mordi o lábio inferior e quase obriguei meu cérebro a se concentrar em trocar de roupa. Tirei a blusa, depois o short e virei de costas para abrir o sutiã.

- Opa. – Ouvi ele sussurrar, safado.

Coloquei a camisola, um vestidinho soltinho verde e depois virei de frente, caminhando em sua direção. Me aninhei nos braços de Ucker e cobri nossos corpos com o lençol, sentindo meu namorado fazer carinho nos meus cabelos.

- Bons sonhos, princesa.

E pela primeira vez em muito tempo, eu não teria pesadelos. Hoje não. Hoje eu só vou sonhar.

OIIIINN, TCHAUUU :)

Capítulos de paz, viram como sou boazinha?

Enfim, vim postar rapidinho e nem deu pra responder os comentários, desculpem... Não pensem que sou uma autora malvada, só não deu mesmo, mas eu li todos. Obrigada !