Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Quando você casa com uma mulher, você casa também com a família dela. É mais ou menos isso, até onde eu sei, uma forma mais educada de dizer "você vai ter que aturar essa galera aí, fera". Sem ofensas, eu curto muito a família de Dulce e como eles conseguem morar juntos sem atirar um no outro. Até mesmo o carrancudo do Louis, que no início me fazia ficar na merda, hoje me aceitava de boa. O problema daquela família, na minha singela e humilde opinião, é apenas um: Fernando.

Esse filho da mãe pensa que manda em alguma coisa. Tive que ouvir gracinhas como "Natal em família não incluem pessoas que não são da família". A gente discutiu de novo e eu disse que não ia mais, que não ia onde não era bem-vindo, mas no dia seguinte recebi a ligação da avó de Dulce, fazendo questão de deixar bem claro que eu era SEU convidado.

Então as semanas passaram. Eu arrumei minha mala e a Dulce arrumou as dela e do Hamtaro, o hamster que eu dei de presente de aniversário pra ela.

- Esse bicho vai explodir. – Murmurei, comendo Doritos deitado na cama de Dul.

- E você também. – Respondeu, me dando a língua como uma criança.

Ela estava sentada na beira da cama com aquele roedor na mão, fazendo carinho nele e enchendo o bicho de semente de girassol.

- Qual é, Dul! – Resmunguei com a boca cheia. – Larga esse rato e vem aqui ficar comigo.

- Não é um rato, é um hamster!

- Qual a diferença? – Rolei os olhos.

- Não chama o Hamtaro de rato, amor. – Dul fez um biquinho.

- Mas ele é, amor.

- Não, ele é uma coisinha peludinha lindinha da mamãe. – Dulce afinou a voz, esfregando o bichinho em sua própria bochecha.

Pra que tanto diminutivo?

- Esse nome também... – Sussurrei.

- Qual o problema com Hamtaro? – Ela franziu o cenho.

- Problema nenhum, só é feio.

- É um desenho! – Dul me deu um tapa na perna, irritada.

Dei risada dela, que fez um biquinho enorme, me fazendo rir mais ainda.

- Que namorada mais meiga que eu tenho! – Fiz voz fofinha também, jogando o Doritos de lado.

Ela deu uma risadinha e colocou Hamtaro na gaiola, depois correu e sentou no meu colo, encaixando as pernas a minha volta.

- Você é um babaca, mas um babaca lindo. – Sorriu com vontade.

Esse sorriso...

- Eu já disse que cê ainda vai ganhar o mundo desse jeito...

- Você ganhou? – Ela mordeu o lábio. – Então...

- Eu tenho você, não quero o mundo.

Dul piscou os olhos lentamente antes de me beijar com desejo. Envolvi seus cabelos com força entre os meus dedos, mordendo seu lábio e rosnando baixinho. Coloquei as mãos em suas coxas, apertando, e depois escorreguei por baixo de seu vestido, sentindo a pele macia de sua bun/da e as finas alças de sua calcinha.

- Eu quero agora. – Disse ela, entre arquejos.

Puxei sua calcinha e ela gemeu baixinho, mas se afastou de mim bruscamente.

Abri os olhos, percebendo que Henry tinha acabado de escancarar a porta.

- Henry! – Dulce estava roxa de vergonha. – Não bate na porta, não?

- O que vocês... – Gaguejou, nos encarando. – Deixa, eu não quero saber.

- É melhor mesmo. – Sussurrei.

Ninguém no mundo consegue superar Henry no quesito "empatar o lado dos outros".

- Enfim, o papai pediu pra vocês descerem com as malas porque o táxi já deve tá chegando.

Dul concordou com a garganta e Henry saiu, encostando a porta, tão rápido como quando entrou.

- Parece que vai ter que ser no banheiro do avião... – Brinquei, mordendo sua orelha.

Desci carregando as malas de Dulce já que a minha nem tinha subido. A ruiva desceu com a gaiola de viagem de Hamtaro, conversando com uma voz de bebê com aquela bola de pelos.

- Ah, como eu amo o natal! – Suspirou a mãe de Dulce, não contendo sua felicidade. Acho que deixar Blanca feliz daquela forma era a única coisa que preste feita por Fernando ao voltar dos mortos.

- Vamos logo! – Falando no diabo. Ele rolou os olhos, passando pela porta também lotado de malas.

- Dulce Maria. – Resmunguei.

Ela parou e olhou para mim.

- Eu não sou seu escravo, madame. – Fiz cara feia e Dul riu.

- Claro que é! – Ela se aproximou e falou no meu ouvido. – Principalmente sexual.

Parei de caminhar enquanto Dulce seguia, rindo baixinho.

Sobre essa garota me enlouquecer um dia... Tá perto.