Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance
Adivinha? A viagem foi uma merda, claro. Fui obrigado a sentar com Henry, tendo que aturar aqueles papos de maluco dele.
- Se você continuar falando sobre isso... – Resmunguei, levando a mão até a testa. - Eu vou ter que abrir a saída de emergência e te jogar já fora. E vou processar a sua mãe por te dar a luz.
Ele achou graça, normal.
- Como pode isso? – Bufei. – Quer dizer, um filho tão ruim e depois, uma filha tão maravilhosa. Acho que era pra ter um certo tipo de equilíbrio, não sei...
- Vai se ferrar, Uckermann.
Henry riu, me empurrando com o ombro. Eu sei que esse cara me ama.
Senti o avião dar uma balançada e perdi o sorriso na hora. Droga, como eu odeio isso.
- Troca de lugar comigo, Henry. – Dulce pediu do outro lado.
- Papai me mandou ficar aqui.
- Não adianta, Dul. – Murmurei, fazendo bico. – Eu já tentei comprar ele.
- O papai tá dormindo, ele não vai ver, maninho. – Ela juntou as mãos na frente do rosto. – Por favor, por favor, eu nunca te peço nada.
Ele hesitou por alguns instantes, mas depois levantou-se bufando e trocou de lugar com ela.
- Você é do mal, garota. – Sussurrei assim que ela sentou ao meu lado com um sorriso sapeca.
- Eu tava esperando meu pai pegar no sono.
- Seu pai é um babaca, tu tá ligada, né?
Dul assentiu com a cabeça, com humor.
- Tá sofrendo muito com o Henry?
- Cara, ele fala demais, mano. – Revirei os olhos. – Eu não sei como você aguenta esse cara.
Dul assentiu rindo e me puxou pela gola da camisa, me dando um beijo caloroso.
Senti de imediato meu corpo reagir. Fazia dias que a gente não transava, além daquela viagem que deixou todo mundo maluco, Fernando estava marcando durinho. Ele usava na maioria das vezes Henry como laranja, mas eu sabia que aquele plano só podia vim dele.
Pra ser sincero, era um péssimo plano. Impedir que eu transasse com a filha dele me fazia querer transar com ela em qualquer lugar, inclusive dentro de um avião que não para de balançar. Me deixar de abstinência com certeza não era uma boa ideia.
- Ô, vontadezinha filha da pu/ta de te dar uns pegas, amassos, chupões e a por/ra toda. – Me afastei. – Seu avô vai fazer a gente dormir separado de novo, não vai?
- Vai.
- Mas você sabe que isso não me impediu da outra vez... – Sussurrei em seu ouvido, alisando sua coxa nua.
Ela estremeceu e pigarreou depois.
- Queria que só tivéssemos nós dois nesse avião. – A ruiva mordeu o lábio inferior.
- Eu ia fazer você ir as alturas nas alturas. – Brinquei e Dul riu baixinho.
- Ai, como eu te amo... – Suspirou, deitando no meu ombro.
Dormimos pelo resto da viagem, até que o avião pousasse no Aeroporto Regional de Victoria, no Texas. Pegamos um táxi que nos levaria até a fazenda de Louis e tivemos que ouvir Fernando reclamar de como detestava aquele lugar e blá, blá, blá...
- Por que não vai embora? – Acabei soltando, bufando.
Ele olhou para trás, sentado no banco do carona.
- Por que não cala essa boca?
- Não comecem. - Dul pediu, séria.
- Será que não da pra se divertir sem ficarem trocando farpas o tempo inteiro? – Henry bufou ao meu lado. – Pô, gente, é Natal.
- Tecnicamente, ainda é véspera. – Respondi entredentes.
- Ucker... – Dul me encarou com aquele olhar de quem resolveria comigo mais tarde.
Fechei a cara e Fernando virou-se novamente para frente.
Eu até que tento, mas esse cara me da nos nervos. Eu não sei como alguém aguenta a ideia de ter nascido do saco desse cara. Não que eu ache que seja opcional a escolha de quem vamos ser filhos, mas nascer desse babaca é um puta azar.
Demorou mais do que eu me lembrava, mas quando vi a fazenda da família de Dulce, sabia que havíamos chegado. Estava exatamente igual, exceto pela neve que cobria de leve a grama e os enfeites de natal por toda a entrada.
- Eu acho que a vovó exagerou dessa vez... – Murmurou Henry.
Eu, que conhecia Elena pelos poucos dias em que estive aqui e pelas nossas conversas amigáveis na cozinha, sabia que aquele tipo de exagero era bem do feitio dela.
Mal desci do táxi e senti o cheiro de biscoitos provocar meu estômago vazio, que roncou como forma de protesto. Fomos anunciados por Lisa, exatamente como na outra vez e logo depois, lá estava todo mundo, saindo pela porta da fazenda como formigas de um formigueiro. Eles usavam toucas vermelhas e verdes, assim como suéteres que pareciam feitos a mão por Elena.
Senti o efeito de sair da Costa Oeste, aqui morava o verdadeiro frio estadunidense.
Mas os abraços calorosos, um a um, foram me esquentando mais do que eu queria. De repente, Heloise estava no meu colo com uma barbie e os gêmeos, William e Ryan, me enchiam de diversas perguntas.
- Senti saudades, tio! – Disse Jonathan.
- Você demorou pra voltar, pensei que tinha esquecido da gente! – Heloise fez um biquinho.
- Claro que não. – Garanti aos pequenos.
Elena conversava com Blanca enquanto todos entravam na casa para fugir do frio.
- Christopher. – Ouvi a voz rouca dizer.
Percebi que tinha falado com todo mundo, menos com o dono da casa.
- Oi, Senhor Louis. - Cumprimentei, estendendo a mão livre.
- Bom ver você. – Ele apertou minha mão de volta.
Claro que aquela era a forma do velho dizer que sentiu minha falta, que adorava me ver ali. Eu já era da família!
- Bom ver o senhor também. – Murmurei, sentindo Heloise esfregar a boneca no meu rosto e falar sozinha.
- Pena estar nevando, faz tempo que não tenho um bom companheiro de caça. – Louis deu um meio sorriso por baixo do bigode. – Vamos, entre, comprei um vinho ótimo.
Assenti sorrindo largo por dentro e olhei pra porta, vendo Dulce com os braços dados a Daiane, com James no colo e um sorriso bobo. Mas Fernando não parecia nada contente ao ver como aquela família me amava.
Autor(a): princesinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1592
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dynhah_2018 Postado em 14/07/2021 - 15:11:48
As vezes venho aqui só pra ver se vc vai continuar! Essa história merecia um final!
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jesofiaaa Postado em 29/11/2020 - 13:32:42
Ninguém consegue entrar em contacto com essa menina? Gostaria tanto de um desfecho parece mentira, mas ainda entro aqui toda a semana para ver se tem novidade
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goncalves Postado em 17/05/2020 - 22:00:18
Até hoje espero o desfecho dessa história 😭😭
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thay. Postado em 22/09/2019 - 02:26:08
Bom, é a primeira vez que comentou aqui, mas eu acompanho a história bem do início. Nem sei se a autora ainda tem acesso a fanfic, mas pra mim é a melhor que eu já li, e eu gosto muito de ler. Mesmo depois de tanto tempo, eu sempre venho ver se ela foi atualizada. Sei que foi parada por uma perda e sinto muito, mas espero que um dia você possa voltar a postar. Amo essa fanfic!
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amanda.dourado Postado em 08/09/2019 - 17:37:13
Será que algum dia vc irá voltar pra terminar essa história kkkk
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livinalili_ Postado em 01/12/2018 - 11:13:59
sei como é sofrer uma perda, ainda tenho esperanças que volte a postar
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malu_vieira Postado em 04/09/2018 - 12:45:59
saudades, espero cheinha de esperança até hoje
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magrelaohana Postado em 31/05/2018 - 19:01:59
Sdds
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reinavondy Postado em 09/07/2017 - 09:20:33
Sinto muito pela sua perda.. deve ser muito difícil para você .. eu leio essa fanfic desde os primeiros dias em que foi criada..mas nunca tinha chegado a comentar antes.. pois ainda não tinha feito uma conta aqui.. e ainda vou está por aqui se algum dia você resolver continuar.. adoro a forma como você escreve.. os detalhes.. é incrível.. sinto falta de ficar pulando pela casa com cada atualização sua rs.. beijoss
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duke61 Postado em 02/07/2017 - 22:19:03
Olá, vir sua postagem na fanfic O Príncipe Vagbundo, sinto muito pela sua perda, sei como é perder alguém ou algo que se ama, as vezes surge um vazio dentro da gente que dói, não sou muito de fazer comentários ou manda mensagem, mas espero que vc volte a posta, você escreve bem, seu enredo e narrativa são instigantes, não há erros graves de ortografia, então te digo que não desista de algo que você gosta, pois isso só nos fazem mais mal, falo por experiência própria, e uma das coisas que me ajudou foi os livros, e se você se dedicou a escreve-la é porquê te fazia bem, espero que fique tudo bem com você, e que Deus te conforte, estarei aqui torcendo e esperando você voltar, sua fic é maravilhosa demais pra ser simplesmente esquecida. Peço que pelo menos pense nisso.