Fanfics Brasil - Capítulo 169 O príncipe vagabundo (Vondy)

Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance


Capítulo: Capítulo 169

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Dulce narrando.


Acordei no dia seguinte com murros na porta, logo depois meu quarto foi invadido por Heloise e Jonathan, que arrastavam Ucker pelas mãos.


- Eu disse pra vocês que a senhorita preguiça ainda estava dormindo. – Ele me olhou com um meio sorriso.


- Bom dia pra vocês. – Cocei os olhos, achando graça.


- A vovó disse que se você não começar a se arrumar, não vai comer nem a sobremesa. – Helô fez um biquinho fofo e depois saiu correndo do quarto com Johnny.


- Vamos, tio Ucker! – Chamou o menino.


- Eu já vou!


As crianças então desceram a escada correndo e soltando risadas.


- Bom dia. – Disse Ucker, sentando na beira da cama. – Dormiu bem?


- Senti sua falta durante a noite... – Fiz um biquinho e ele beijou minha testa.


- Também senti a sua. – Suspirou ele. – Seu irmão fala dormindo, é uma merda. Ele estava quase me dando uma aula sobre crescimento populacional ou algo assim.


- Ele sai da sala de aula, mas a sala de aula não sai dele. – Soltei uma risada.


- Eu ia te visitar no meio da noite, mas fiquei com pena. Você parecia cansada.


- Eu realmente estava, mas... – Mordi o lábio. – Podia ter feito um esforcinho e ficado acordada com você.


- Ah, merda. – Ucker revirou os olhos. – Eu sabia que devia ter vindo.


- Devia mesmo. – Desenrolei os cobertores das pernas e levantei da cama. – Mas agora, eu vou me arrumar.
Virei de costas para Ucker, caminhando em direção ao banheiro e antes de entrar, percebi seus olhares me secando.


- Que foi? – Perguntei, ainda de costas.


- Pô, mó delícia você, hein. – Ele uniu as sobrancelhas e suspirou, me olhando com uma carinha de sofrimento.


Não evitei o sorriso.


- Uau, estou lisonjeada. – Mandei um beijo no ar e entrei no banheiro.


Tomei um banho rápido e enquanto enxugava os cabelos, ouvi mamãe dizendo do quarto que tinha deixado meu suéter natalino em cima da cama. Eu mal podia esperar pra ver qual seria o modelo desse ano.


Era uma tradição de família, todo natal vovó costurava um monte de suéteres estampados e fazia a família inteira usar, dos mais velhos aos mais novos. Ela herdou isso da minha bisavó e já fez questão de ensinar costura a filha mais velha para que mamãe continue a tradição. Algo me diz que sou a próxima na linha hereditária.


Enfim, eu sempre gostei da criatividade de vovó Elena e de sua capacidade de criar modelos distintos para cada membro da família, em cada ano. Ela nunca repetia sequer uma estampa. Eu tinha a pilha guardada no meu armário, desde o minúsculo verde que usei quando tinha um aninho ao azul escuro do ano anterior.


- Ok, vermelho. Já gostei. – Murmurei sozinha, olhando o tecido grosso dobrado sobre a cama.


Enrolei a toalha na cabeça e coloquei minhas peças íntimas. Achei meu jeans menos surrado e vesti, quase tendo que deitar na cama para que subisse. Algo me diz que estou engordando.


- Sou ou não sou o cara mais ridiculamente gostoso que seus olhos já viram? – Disse Ucker, invadindo meu quarto com um sorriso brincalhão.


Ele estava fofo. Com jeans escuros, coturno e um suéter natalino branco, com flocos de neve azul.


- Então ela fez um pra você também?


- Sim, sou da família. – Ele abriu os braços, convencido.


- Que meigo. Eu amei. – Dei meu melhor sorriso, Ucker assentiu com a cabeça.


- Eu também. Pela primeira vez tenho um natal de verdade, com biscoitos, decoração, árvore e nossa... Eu amei essa ideia dos suéteres! – Ele esticou o seu, observando com um sorriso bobo.


- Acho que ela passa o ano inteiro confeccionando.


- Sua avó é maravilhosa. – Murmurou Ucker. – Aliás, toda a sua família é.


Senti meu coração esquentar.


- Uau, seus peitos estão enormes! – Comentou ele, não disfarçando o olhar.


- Ucker! – Cruzei os braços na frente do sutiã.


- Sério, você tá gostosa pra cacete.


- Para. – Sussurei um pouco tímida. – Na verdade, acho que engordei. O que você acha?


- Acho que sua bun/da tá enorme! Mas talvez, ela sempre foi assim e eu que não me acostumo e acabo sempre me surpreendendo com o tamanho. – Comentou com um sorriso maldoso.


- Cala essa boca! – Respondi rindo.


Calcei minhas botinhas preferidas, de uma camurça clara, bem quentinha. Coloquei uma camisa de Ucker que estava entre minhas coisas e depois, vesti o suéter vermelho pela primeira vez. Era uma gracinha, um pouco chamativo, mas muito meigo. Havia um papai noel bordado bem no centro, com uma barba branca enorme e "Ho! Ho! Ho!" escrito bem acima de sua touca verde.


- Que gracinha.


Completei secando o cabelo e o deixando solto por baixo do gorro com estampa étnica, que parecia ter vindo direto do Peru.


Coloquei um pouco de ração para Hamtaro e troquei sua água, logo depois desci a escada na companhia de Ucker, ouvindo as vozes altas que vinham da sala de jantar. A família inteira estava lá e a mesa posta sobre uma toalha natalina. Todos pareciam muito animados, o que já era de se esperar.


- Feliz natal, família!


Todos responderam com sorrisos e cumprimentos, alguns de pé, outros já sentandos na mesa.


- Ok, agora que Maria e Christopher finalmente chegaram está completo. – Vovô Louis resmungou. – Podemos comer?


- Eu quero comer a neta dele, será que rola? – Sussurrou Ucker no meu ouvido, me fazendo rir baixinho e corar.


- Não sem fazer nossa oração primeiro! – Vovó deu um tapa estalado na mão de vovô, que já pegava a coxa do pernil.


Eu e Ucker tomamos nossos lugares enquanto todo mundo ficava de pé e dava as mãos. Do outro lado de Ucker estava Heloise, de pé sobre a cadeira com a mãozinha pequena dada a Ucker.


- Senhor Deus, queremos agradecer por mais um natal que passamos unidos, pela saúde que nos concedeu e pela comida que preenche nossa mesa. Agradecemos por ter cuidado de todos nós durante esse ano que se encerra e pedimos sua bênção para o ano novo que se aproxima. – Vovó disse, com os olhos fechados. – Que o Senhor possa olhar também pelas famílias, unidas ou não, que possa confortar o coração de quem não tem a mesma sorte que temos e olhar por todos nós nesse dia em que comemoramos o seu nascimento.


- Amém. – Dissemos em coro.


Todos abriram os olhos e se olharam, então antes de vovó liberar para o ataque a comida, ela fez a pergunta que fazia todo ano:


- Alguém quer dizer alguma coisa?


Ano passado mamãe agradeceu por eu estar na faculdade, assim como fez quando Henry passou. Foi num almoço natalino que tia Marianne contou estar grávida de Heloise. Era por isso que vovó perguntava, era uma família bem grande, alguém devia ter uma notícia ou um agradecimento.


- Eu quero falar. – Disse a voz rouca do meu namorado bem ao meu lado.


Me virei lentamente para encarar sua expressão e não fui a única.


- Eu sei que é meu primeiro ano aqui, mas... Eu já me sinto da família.


- Você é, querido. – Vovó sorriu.


- Obrigado. – Ucker assentiu e continuou. – Então, eu não sei se é a melhor hora, mas... Vamos descobrir.


Senti a mão de Ucker ficar suada na minha.


- Eu amo a Dulce, vocês já devem saber disso. Não há nada no mundo que eu não faria por ela. – Ucker olhou no rosto de cada um deles. – Então, eu pedi Dulce em casamento.


Oh. Meu. Deus.


- E... Ela aceitou. – Continuou meu namorado.


Todo mundo estava em completo choque.


- Então, eu decidi que como família vocês deviam ser os primeiros a saberem e... Eu quero pedir a bênção de vocês. Mas vejam só, a bênção, não a autorização. – Ucker olhou para meu pai nesse momento. – Porque apesar de respeitar a opinião de cada um de vocês...


Ele então virou o rosto e me olhou nos olhos.


- Eu vou casar com ela de qualquer jeito.


 


 


 


 


Hello, gente *-* Demorei um bocado porque estava com um pequeno bloqueio, mas enfim, espero que gostem! Queria ter respondido os comentários, mas ainda tô um pouco perdida, então... Entretanto, eu li todinhos e amei saber que estão gostando <3


Obrigada imensamente!



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Autor(a): princesinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1592



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  • dynhah_2018 Postado em 14/07/2021 - 15:11:48

    As vezes venho aqui só pra ver se vc vai continuar! Essa história merecia um final!

  • jesofiaaa Postado em 29/11/2020 - 13:32:42

    Ninguém consegue entrar em contacto com essa menina? Gostaria tanto de um desfecho parece mentira, mas ainda entro aqui toda a semana para ver se tem novidade

  • goncalves Postado em 17/05/2020 - 22:00:18

    Até hoje espero o desfecho dessa história &#128557;&#128557;

  • thay. Postado em 22/09/2019 - 02:26:08

    Bom, é a primeira vez que comentou aqui, mas eu acompanho a história bem do início. Nem sei se a autora ainda tem acesso a fanfic, mas pra mim é a melhor que eu já li, e eu gosto muito de ler. Mesmo depois de tanto tempo, eu sempre venho ver se ela foi atualizada. Sei que foi parada por uma perda e sinto muito, mas espero que um dia você possa voltar a postar. Amo essa fanfic!

  • amanda.dourado Postado em 08/09/2019 - 17:37:13

    Será que algum dia vc irá voltar pra terminar essa história kkkk

  • livinalili_ Postado em 01/12/2018 - 11:13:59

    sei como é sofrer uma perda, ainda tenho esperanças que volte a postar

  • malu_vieira Postado em 04/09/2018 - 12:45:59

    saudades, espero cheinha de esperança até hoje

  • magrelaohana Postado em 31/05/2018 - 19:01:59

    Sdds

  • reinavondy Postado em 09/07/2017 - 09:20:33

    Sinto muito pela sua perda.. deve ser muito difícil para você .. eu leio essa fanfic desde os primeiros dias em que foi criada..mas nunca tinha chegado a comentar antes.. pois ainda não tinha feito uma conta aqui.. e ainda vou está por aqui se algum dia você resolver continuar.. adoro a forma como você escreve.. os detalhes.. é incrível.. sinto falta de ficar pulando pela casa com cada atualização sua rs.. beijoss

  • duke61 Postado em 02/07/2017 - 22:19:03

    Olá, vir sua postagem na fanfic O Príncipe Vagbundo, sinto muito pela sua perda, sei como é perder alguém ou algo que se ama, as vezes surge um vazio dentro da gente que dói, não sou muito de fazer comentários ou manda mensagem, mas espero que vc volte a posta, você escreve bem, seu enredo e narrativa são instigantes, não há erros graves de ortografia, então te digo que não desista de algo que você gosta, pois isso só nos fazem mais mal, falo por experiência própria, e uma das coisas que me ajudou foi os livros, e se você se dedicou a escreve-la é porquê te fazia bem, espero que fique tudo bem com você, e que Deus te conforte, estarei aqui torcendo e esperando você voltar, sua fic é maravilhosa demais pra ser simplesmente esquecida. Peço que pelo menos pense nisso.


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