Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Tremi na base pra responder aquela pergunta. Mais ainda para poder continuar a fitá-lo. Ucker permaneceu a me encarar, aguardando, mas eu não conseguia fazer minha voz sair.

- Dul, eu tô falando com você. – Ele estalou os dedos na frente do meu rosto. – Tá bolada comigo?

- Ucker, vai embora. – Respondi, suspirando e fechando os olhos.

- Como assim, vai me mandar ralar? – Ucker deu sua habitual risada. – Não é tão fácil se livrar de mim, princesa.

- É sério. Eu... – Engoli em seco, pronta pra inventar alguma coisa. Mas quando olhei pra cima, encontrando aquele olhar, não tive coragem.

Fiquei completamente paralisada e arfei assim que senti aquele calor de seus olhos castanhos me invadirem. Exatamente, senti isso. Mais do imaginei, aquele calor me invadiu sem pedir permissão. Ucker mexia comigo, verdadeiramente, de uma forma que nunca fora sentida antes naquele corpo tão vulnerável.

- Vai querer que eu adivinhe? – Ele fez um biquinho e abriu o portão.

- Você nunca acertaria. – Desafiei, já abrindo um sorrisinho de leve. Pois é, aquele foi o símbolo de desistência a qualquer cena patética que eu pudesse protagonizar. Não tinha como não sorrir pra ele.

- Hum... – Ucker se aproximou, colocando um dedo no queixo e olhando pra cima. – Não tenho certeza, mas se eu pudesse chutar, diria que você mordeu a língua pra não dar na pinta que tá morrendo de ciúmes.

Abri a boca, sorrindo de leve e Ucker mostrou seus dentes num sorriso de arrancar o ar.

- Assume, vai. - Zombou ele, dando um leve beliscão em meu quadril. Eu gargalhei, mas não entrei na onda dele.

- Não mesmo. – Esse era o tipo de coisa que eu morreria negando.

Ele assentiu, com aquela cara de quem não estava acreditando em uma palavra sequer. Seus passos o jogaram mais pra frente, e lentamente, acompanhando cada gesto com o olhar, Ucker envolve seus braços em minha cintura, deixando suas palmas retas parada na linha de trás da minha cintura.

- O que você tá fazendo? – Perguntei e sorri, incontrolavelmente.

- Dominando você, gata. – Ele piscou de lado. – Não vai ser tarefa difícil, vai?

- Claro que vai. – Pisquei de volta, no mesmo tom que ele.

Ucker inclinou o rosto, ficando com sua boca a pouquíssimos centímetros da minha. Suas mãos escorregaram pra minha bun/da e pela primeira vez, não quis tirar mãos masculinas dali. Algo estranho tomava conta de mim.

Totalmente preparada para o beijo, senti meu celular sendo tirado do bolso direito e Ucker sorriu, desviando seus lábios do caminho dos meus e segurou o aparelho com as duas mãos atrás de minha cabeça. Ele riu da minha surpresa.

- Você gosta do meu beijo, né. É muita gamada no meu beijo. – Murmurou, sua voz ao lado de meu ouvido.

- Você nem beija tão bem, para. – Desdenhei, mas sabia que não era verdade.

- Se eu beijasse então, po/rra... Você ia pedir pra ser minha primeira namorada. – Ucker riu e eu sabia que ele estava tentando desbloquear a tela do meu celular.

- Nunca namorou antes? – Uni minhas sobrancelhas.

- Não. – Disse, direto. – Quer me dizer qual é a merda dessa senha? – Mudou de assunto um pouco irritado e eu ri. – Acho bom me falar, estou a três tentativas de bloquear de vez.

- Se fosse pra qualquer um saber, não haveria senha. – Rebati, tentando virar o pescoço para ver o que ele estava fazendo, mas Ucker colocou a bochecha na minha, impedindo.

- Não, nem pense nisso, mocinha. – Ele disse e eu ri, a cena estava bem engraçada. Com os braços cansados, ele apoiou os cotovelos nos meus ombros e bufou. – Lá se vai mais uma chance... Talvez seja Ucker.

- Nunca seria Ucker. Ainda não cheguei a esse tipo de obsessão. – Revirei os olhos e ele riu. – A senha é Luca. – Respondi e pude ouvir claramente a surpresa de Ucker junto ao barulho de desbloqueio do celular e ri bem alto.

- Que foi? – Perguntou, apoiando o queixo no meu ombro, ainda de frente pra mim daquela forma estranha.

- Quem é o ciumento agora? – Continuei a rir, estalando a boca. Como eu queria ver seu rosto naquele momento.

- Eu só não sabia que você namorava. – Rebateu, bloqueando o celular novamente e o colocando no meu bolso.

- Luca é meu melhor amigo. Nunca namoraria com ele, acredite. – Expliquei, e era parcialmente verdade. Era meu melhor amigo, mas eu queria namorar com ele sim. Bom, agora já não sabia mais. Com Ucker ali eu não sabia de mais nada.

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