Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

- Foi o melhor natal de todos. – Afirmei, carregando engradados de cerveja como uma pilha em meus braços.

Annie passou correndo na frente e abriu a porta de sua casa para mim.

- Ok, então vocês transaram?

Coloquei as garrafas no canto, perto das outras que tinha trazido sozinho. Eu vou matar Chris e Poncho por serem uns filhos da pu/ta atrasados.

- Não. – Respondi, rápido.

- Não? – A loira me encarou, sem acreditar. – Vocês estão noivos agora, não teve comemoração?

Neguei com a cabeça, frustrado de ter que dizer aquilo para Anahí. Quase uma semana depois do almoço natalino em que eu pedi a bênção da família de Dul, a gente ainda não tinha transado.

Na noite do dia 25, Dul dormiu com as primas vendo sites com vestidos de noiva e decorações de casamento. Passamos o dia 26 inteiro com a família dela, e a noite, quando eu pensei que teria meu desejo saciado e sentiria finalmente aquela bundinha gostosa rebolar no meu colo, Henry decidiu dormir com a irmã e empatar o meu lado, coisa que já era seu hobbie. Nem mesmo quando retornamos para Compton na manhã seguinte pude ter o alvo dos meus sonhos eróticos sob minhas mãos famintas. Diversos outros fatores impediram que acontecesse, como o cansaço de Dul devido ao trabalho ou o fato dela estar vomitando na noite em que entrei pela janela no seu quarto. E agora, dia 31 de dezembro, plena véspera de ano novo, minhas bolas doíam.

- Parece que Uckermann não é mais o mesmo irresistível de antes.

A provocação em tom de brincadeira de Annie me fez voltar para a realidade, olhando a loira organizar diversas garrafas pelo balcão de sua cozinha. Seria uma festa bem, bem grande.

- Que ideia foi essa de festa de ano novo? – Mudei o assunto, abrindo a geladeira.

- Agora que estou solteira de novo, preciso retornar a minha vida social para arrumar umas transas. – Ela deu de ombros.

- Terminou mesmo com o doutor?

- Sim. E ele não era doutor, ainda não!

Foi a minha vez de dar de ombros, pegando uma garrafinha de água na geladeira.

- E como você tá? – Perguntei, rodando a tampinha.

- Melhor impossível. – Annie sorriu de canto. – Oliver e eu chegamos a um ponto onde éramos mais amigos do que namorados. Apesar do pa/u dele ser grande e o sexo ser...

- Ou, ou! – Interrompi, estendendo a mão. – Já entendi, cê tá bem. Sem detalhes.

Anahí gargalhou, se encostando no balcão da cozinha e cruzando os braços.

- Anda logo, desembucha. – Exigiu, fazendo um gesto rápido com a mão. – Ao contrário de você, eu quero bastante detalhes.

- Sobre sexo? – Uni as sobrancelhas.

- Não, isso a Dul já me conta!

Engasgado com a água, encarei Annie pelos olhos arregalados e ela mordeu o lábio, como se soubesse informação demais.

- Quero saber sobre o tal pedido.

- No almoço de natal? Mas eu já te contei no mercado...

- Esse não. – Annie rolou os olhos. – O entre vocês dois.

- Como você...

Me calei, percebendo que era bobeira perguntar como a melhor amiga de minha namorada sabia disso.

- Se Dul te contou isso, por que não falou logo tudo? – Mudei a pergunta e Anahí suspirou alto, mostrando tédio.

- Ela me contou, mas eu quero ter certeza que não omitiu nada.

- Qual é, Annie! Para de ser fofoqueira.

- Sou a madrinha, tenho direitos. – Insistiu a loirinha, cruzando os braços e bufando. – Eu só quero saber se ela não escondeu alguma coisa, a Dul adora fazer isso. Como, por exemplo, eu tenho certeza que você se ajoelhou, mas ela nega que isso tenha acontecido.

Pensei durante alguns segundos, antes de balançar a cabeça.

- Eu não me ajoelhei.

Annie perdeu o sorriso e me encarou com uma expressão ofendida.

- Você não... Você.. – Ela mal conseguia formular uma pergunta. – Você não se ajoelhou, Christopher?

Era estranho alguém me chamar pelo primeiro nome sem ser mais velho que eu.

- Não. – Cerrei os olhos, tentando entender o enorme problema que Annie parecia enxergar.

- Que por/ra de pedido de casamento foi esse?

- Existe uma regra? Desculpa, eu não sabia. Deve ser porque... – Aumentei o tom. – Eu nunca pedi alguém em casamento antes!

- Cara/lho, você nunca viu nenhum desses filmes de mulherzinha?

- Já, mas é cafona pra cacete. – Revirei os olhos e depois sorri. – Eu quis fazer diferente.

- Só se muda uma coisa para melhorar ela. – Annie tocou meu peito descoberto com o indicador, como se revelasse o óbvio. – Você nem se ajoelhou, parça. Se eu fosse a Dul não aceitava.

Eu vi que havia um sorrisinho no canto de seus lábios pintados de vermelho.

Mesmo assim, aquilo me incomodou. Meu pedido de casamento não tinha sido bom?

- Cheguei! – Ouvi a voz da minha namorada anunciar da sala.

Dulce entrou na cozinha, encarando nós dois com um sorriso contente. Seus cabelos vermelhos estavam suados e presos num rabo de cavalo alto, mas ainda assim, alguns fios teimosos fugiam do penteado e colavam no rosto molhado de suór. Sua blusa branca apertadinho deixavam seus seios quase pulando pra fora, e o minúsculo short jeans não me ajudava a controlar a excitação que estava crescendo com aquela visão do paraíso na minha frente. Ver Dulce suada assim me lembrava de noites quentes de sexo. Por/ra, que tortura!

- Então, vão entregar as bebidas aqui. – Ouvi Dul dizer assim que consegui parar de olhar para seus peitos fartos e me concentrar no que elas estavam conversando.

- Melhor assim. – Annie suspirou. – Chris e o inútil do Poncho não voltaram ainda, então só falta você me ajudar a terminar de decorar a casa.

- Ok. – Dul assentiu. – Vou tomar um banho no seu quarto, amiga. Volto logo.

Ela me mandou um beijo no ar, logo depois sumiu no corredor, deixando para trás seu cheiro maravilhoso.

Não bastaram dois segundos para eu correr atrás de Dul como um cachorrinho.

- Vou sair dessa seca agora. – Apontei para Anahí, que gargalhou descrente.

Abri a porta do quarto e encontrei minha namorada já sem blusa e com os cabelos soltos.

- Oi, amor. – Dul me olhou por cima do ombro e logo depois tirou o short. – Animado para a festa?

Animado eu estava, mas não para isso. Ao ver a calcinha de Dul, que mesmo não sendo minúscula como as outras me provocou, senti uma pontada bem na virilha.

- Adoro falar sozinha. – Dul jogou as roupas no canto do quarto e caminhou até o banheiro, acompanhei com o olhar e engoli em seco até que aquele corpo sumisse de minha visão.

Pisquei os olhos diversas vezes antes de seguir a ruiva, que agora, dentro do pequeno cômodo, estava só com a parte de baixo da lingerie.

- O que foi? – Dul me olhou de lado enquanto mexia nos cabelos, se olhando refletida no espelho.

Era excitante ver a naturalidade de Dulce ao estar seminua na minha frente.

- Eu quero te fo/der.

Dul parou no mesmo instante, me olhando com uma expressão de completo choque. Suas bochechas imediatamente atingiram um tom rosado e ela reagiu da forma que eu sabia que reagiria.

- É melhor você ajudar Annie. – Mudou de assunto, envergonhada. – Anda, me deixe tomar meu banho.

Dul me empurrou com suas mãozinhas fracas em minhas costas e assim que eu passei pela linha que separava o banheiro e o quarto, ouvi a porta bater atrás de mim.

Pelo jeito não era hoje que eu sairia da seca.