Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Faziam quinze minutos que eu estava na festa e meu batom já se encontrava completamente borrado. Agora, me encarando no espelho do banheiro do quarto de Annie, a única coisa que eu podia ver eram resquícios da cor que antes enfeitava meus lábios espalhados por minhas bochechas, queixo, boca. Meu Deus, eu tinha sido atacada, completamente atacada pelo meu namorado!

- Anda, gostosa! – Ouvi Ucker bater na porta com força.

Girei a maçaneta a tempo de ver sua impaciência e depois, ele sorriu abertamente e me puxou pela cintura.

- Já tava com saudades. – Com um sussurro perto da minha boca, senti o cheiro de álcool que vinha de seu hálito.

Três minutos, três minutos longe dele pegando a chave do quarto com Annie e Ucker tinha bebido quase cinco copos. Parecia precisar recompor suas energias com vodka, depois de ter me levado pro cantinho e me beijado, ou melhor, me agarrado por vários minutos.

- Amor, você não tá bem. – Cerrei os olhos, tentando afastar sua boca de mim.

- Eu tô ótimo! – Disse, com os lábios quentes contra a pele do meu pescoço.

- Ucker, por que você tá bebendo tanto?

- Eu só tô animado, não corta a minha vibe, gata! – Ele me empurrou contra a parede, apertando seu corpo contra o meu logo depois.

- Espera. – Tentei lhe afastar pelos ombros, mas sua boca já se enterrava em meus seios, cobertos pelo tecido fino do vestido. Infelizmente, aquela roupa não permitia o uso de um sutiã pelas costas nuas, o que fez meus mamilos excitados marcarem onde Ucker beijava.

É claro que ele entendeu aquilo como "continue, eu só tô fazendo doce", o que em partes, era verdade. Mas eu não gostava de vê-lo bêbado. E não tinha pego a chave para me trancar com ele no quarto da minha prima e transar até o ano que vem. Eu só queria fazer xixi e arrumar minha maquiagem.

- Dul, vem sentar no meu pa/u.

- Ucker! – Empurrei seu peito, mas podia sentir suas mãos subirem meu vestido e agarrarem minha bun/da com força. – Ai!

Aquilo ficaria vermelho, com certeza.

- Vem, amor. – Disse, com a voz rouca.

- Não, você tá bêbado!

- Eu não tô bêbado.

- É claro que está. – Rebati, fugindo de seus toques.

Assim que saí, contornando a cama de Annie enquanto arrumava o vestido, Ucker revirou os olhos e bufou.

- É sério isso? Por que você não quer transar comigo? – Ele me seguiu.

- Porque você está bêbado!

- Eu não tô bêbado, cara/lho! – Ele gritou, batendo com a mão no armário ao seu lado.

Inevitavelmente, dei um pulo sem sair do lugar.

- Eu sou obrigada? – Perguntei, ofendida por ele ter gritado comigo.

Ucker abaixou o olhar, suspirando.

- Dul, quanto tempo faz que você não é minha?

- Eu sou sua o tempo todo. – Respondi baixinho.

- Parece que não. – Ele negou com a cabeça.

- Sexo é assim tão importante?

- Não. – Suspirou Ucker. – Mas fazer amor com você é.

Engoli o que eu tinha pra dizer, olhando nos olhos de Ucker. Não dava pra ficar fugindo dele daquela forma, muito menos de mim. Eu precisava dizer.

Precisava contar para ele que meus quadris largos e seios inchados eram sinais. Que vomitar meu jantar algumas noites e enjoar com cheiros que estavam próximos, ou até mesmo distantes de mim, não eram "algo estragado que eu tinha comido". Eu tinha que ter coragem de dizer que estava desconfiada. Principalmente porque era para minha menstruação já estar acabando, e ela ainda nem veio. Quatro dias de atraso. O que mais eu estou esperando para falar com ele? Quer dizer, existem outros motivos para que haja atraso menstrual, e isso até já aconteceu antes. Talvez não seja gravidez. Talvez eu esteja preocupada totalmente à toa. Talvez eu tenha que deixar essa festa passar. Isso! Não é o momento para falar com Ucker. Hoje não.

- Será que podemos curtir a festa juntos e depois pensar nisso? – Arrisquei.

- Essa é a melhor forma de curtir a festa com você, amor. – Ucker revirou os olhos. – Mas tudo bem, você sabe que eu nunca forcei nada contigo e nunca forçaria. Então, apesar de estar morrendo de tesão em você, querendo rasgar esse seu vestido e te chupar inteirinha...

Ele escorregou o olhar pelo meu corpo, fazendo com que eu estremecesse de dentro pra fora.

- Vamos "curtir a festa"! – Disse, em tom de deboche, o que me fez soltar uma risada.