Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

- Tá, tá, chega. Parem de ser tão melosos.

Ouvi Poncho resmungar próximo a nós, então encerrei o beijo com Dul dando um selinho rápido e abrindo meu maior sorriso, olhando em seus olhos. Ela me encarou ofegante, parecendo desconcertada por um momento e apertou mais seus dedos no minha nuca.

- Vocês vão mesmo ficar se pegando na nossa frente? – Bufou Annie, abraçada a meu amigo.

Dulce a ignorou por completo, mordendo o lábio inferior antes de me beijar novamente. Sua língua pedia claramente por mais contato, então apertei minhas mãos em sua cintura e girei seu corpo por um momento, até que estivesse encostado na parede mais próxima.

Ok, eu não esperava por isso. Depois de tudo que ela disse no quarto de Annie, achei que fosse me empurrar mais uma vez, mas a atitude de Dul foi provocante e ousada: ela ergueu sua perna e envolveu em minha cintura, de uma forma que me fez ter mais contato com sua calcinha e permitiu que minha mão livre acariciasse sua coxa.

Parecia que era a primeira vez que a gente estava dando um amasso. Como naquela noite na boate, ou na melhor manhã da minha vida na cozinha lá de casa.

- Eu desisto de vocês! – Ouvi Anahí gritar perto da gente, antes de puxar Poncho pela mão e finalmente nos deixar a sós.

Me afastei só por um momento para olhar a loira indo embora irritada e quando voltei o rosto para minha namorada, ela estava com aquele olhar que eu conhecia. Então era a minha chance.

- Vamos pro quarto da Annie? – Sugeri.

Ela hesitou por um momento com um sorrisinho sapeca.

- Não. – Prolongou a palavra, como se pensasse até mesmo enquanto dizia.

- Ah. – Fiz um biquinho. – Por quê?

- Porque já vai dar meia noite...

- Então? – Abri um sorriso empolgado. – Eu nunca virei o ano transando.

- Eu quero ver a comemoração. – Suspirou Dul, olhando a nossa volta.

- Sério isso?

- Aham.

Pensei por um momento, franzindo a testa e concordando, chateado.

- Ok. – Me limitei a dizer.

Aliás, o que mais eu podia fazer além de concordar? Jogar Dul no meu ombro e subir escada a cima ou arrastá-la pelos cabelos como um homem das cavernas? Não. Ainda não estava nesse nível de desespero. Ainda.

- Não faz essa carinha.

- É que tá doendo. – Resmunguei. – No peito, no coração, no saco.

Dul levou a mão até a boca e reprimiu uma risada o máximo que pôde, mas acabou não aguentando muito. Ok, já é difícil lidar com isso, como se já não fosse humilhação demais eu parecer um garoto de 15 anos que descobriu o sexo há uma semana. Ainda tenho que ficar aqui esperando minha própria namorada cessar sua crise de risos bem na minha cara.

- Eu te odeio. – Sussurro, cerrando os olhos.

- Você me ama que eu sei. – Dul aperta minha bochecha e eu afasto sua mão com raiva.

Mas eu não estou com raiva. Só estou fingindo, claro. Como ficar com raiva de uma criaturinha tão linda?

- É por isso que eu te odeio. – Reviro os olhos. – Porque te amo.

- Você sabe que tá meio louco, não sabe?

- Eu sabia que ia enlouquecer um dia, só não imaginei que fosse tão cedo.

- Era o seu destino, lógico. – Dul da de ombros, fingindo me esnobar. – Perto de mim.

- Tão perto de você... – Sussurro, inclinando o corpo e a pressionando na parede.

Ela sorri e envolve as mãos no meu pescoço, arranhando com a unha.

- Pensei que fosse imune, Christopher Uckermann.

Algo na forma como ela sussurrou meu nome, lenta e provocante, fez com que de repente eu parecesse usar uma cueca apertada demais.

- Ninguém é imune a você, Dulce Maria. – Respondi, com a testa encostada na dela. – Nem mesmo o mais forte dos homens.

Ela me beija, ainda sorrindo. Sinto meu corpo vibrar e percebo que, cara/lho, eu não aguento mais. Não aguento mais nem um segundo sem me enterrar nessa mulher, da forma mais profunda possível.

Enfio os dedos entre seus cabelos e puxo, inclinando sua cabeça para trás. Ela cede com facilidade, sem exigir nenhum esforço de minha parte, então beijo seu pescoço, sentindo o gosto de perfume misturado com suor. E quero mais. Quero muito mais. Quero mais do que posso fazer no cantinho da sala, com diversos olhares acessíveis a nós.

- Por favor, não diz não de novo. – Pressiono meu corpo contra o seu para que ela sinta o tamanho da minha ereção e quando ela arqueja, percebo que deu certo. – Vamos subir, Dul?

A ruiva olha para os lados e me guia escada a cima pela mão, apressada. E eu já vou, feito um bobo com um sorriso no rosto. Olhando para sua bun/da rebolando a cada passo em cada degrau.

Pu/ta que pa/riu, esse foi o melhor ano da minha vida.