Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Jennifer narrando.

O dia mal tinha amanhecido quando me levantei da cama. Primeiro dia do ano, uau. Grande merda.

Peguei o celular ainda dentro da bolsa e vi as mensagens de alguns amigos desejando feliz ano novo, mas só respondi a de Henry e corri para o banho. Lógico que não tinha mensagem dele, Uckermann tava feliz demais para lembrar de mim. E estava certo, aliás, fui em quem pediu isso. Agora é dever meu aguentar.

No espelho a imagem refletida me dizia exatamente como eu me sentia, por dentro e por fora: acabada. Peguei uma bola de algodão, umedecendo com demaquilante para tirar o delineador e o rímel da noite anterior.

Imediatamente, tive uma lembrança vívida de um momento meu e de Ucker, antes mesmo dele se envolver com Dulce, na época em que quase namoramos. Fomos para uma festa juntos e dormimos bêbados na cama dele. Na manhã seguinte, meus olhos estavam manchados de maquiagem e Ucker ficou me chamando de panda enquanto tirava para mim, com todo o carinho do mundo.

- Jennifer! – Um grito do outro cômodo me fez dar um pulo no mesmo lugar e retornar para a realidade.

- Tô aqui! – Gritei a contragosto e segundos depois, Adam escancarou a porta do quarto com uma cara furiosa.

- Onde você estava?

- Eu não te devo satisfações. – Resmunguei, passando o algodão no outro olho.

- Jennifer, onde você estava, merda? – Ele aumentou o tom da voz, parando na porta do banheiro.

- Será que da pra você parar de berrar na minha cabeça? – Revirei os olhos e joguei o algodão no lixo.

- Estava com o Uckermann?

Quem dera. Virei impaciente para ele, querendo xingar meu irmão mais velho por ser tão filho da pu/ta, mas a voz não saiu quando vi uma gaze enfaixada no seu braço direito, com uma pequena marca de sangue redonda.

- O que aconteceu? – Perguntei, franzindo a testa.

Dei um passo até ele e quando fui encostar em seu braço, preocupada com o que podia ter ocorrido, Adam puxou o braço, impedindo que eu sequer lhe tocasse. Depois me empurrou de volta para a parede e me olhou com sua habitual expressão de nojo.

- Responde a minha pergunta.

- Eu não estava com o Ucker, estava na casa da vovó. Eu te disse que ia passar o ano novo lá. – Olhei em seus olhos azuis e congelei. – Por que? O que aconteceu?

Ele virou de costas, murmurando coisas que eu imaginei que não eram para mim.

- Eu preciso saber se aquele filho da pu/ta morreu. - Disse, sozinho.

Puxei seu ombro e lhe encarei com pavor.

- O que aconteceu? – Insisti. – Do que você tá falando?

- Não te interessa, sua vagabunda! – Adam gritou, me empurrando com mais força dessa vez. 

Bati com a parte de trás da cabeça na parede e sussurrei um "ai" baixinho, fechando os olhos.

- O que você fez com o Ucker? – Fui para cima dele de novo.

- Eu não fiz nada com o seu queridinho, ainda não. – Adam bufou. – Fiz com o pai dele.

Cobri a boca com as mãos e senti os olhos arderem.

- Você... Você matou o Victor? – Arregalei os olhos quase sem acreditar. – Adam, o que você fez?

- Eu atirei naquele desgraçado. No assassino dos nossos pais. – Ele me encarou com os olhos repletos de ódio.

- Você enlouqueceu, seu monstro! – Gritei, empurrando ele pelo peito. – SEU ASSASSINO! SEU DESGRAÇADO, ASSASSINO, COVARDE!

Deixei as lágrimas caírem grossas dos olhos, enchendo meu irmão com meus punhos fechados onde quer que eu acertasse. Adam não aguentou calado e eu já esperava sua reação, mas foi muito pior quando a dor do seu soco atingiu meu rosto, me jogando contra a parede.

Eu nunca tinha sentido tanta dor na minha vida.

- VOCÊ É MESMO UMA VAGABUNDAZINHA DE MERDA, NÃO É? – Berrou Adam a poucos centímetros de mim.

Me encolhi inteira, obviamente com medo, chorando baixinho com a mão onde a sua tinha me atingido.

- Nossos pais estariam decepcionados de você ser a cachorrinha daquele desgraçado do Ucker, sabia? – Adam cruzou os braços e começou a sussurrar. – Você sabe, lá no fundo, que eu vou matar esse filho da pu/ta, não sabe? Você sabe né, Jenny? Sabe que eu vou acabar com a vida do seu amorzinho.

- Não se ele acabar com a sua antes. – Sussurrei, então Adam deu uma gargalhada alta e me segurou pelos cabelos. – Ai, ai, ai...

- Olha bem nos meus olhos, maninha. – Disse com um sorriso ameaçador. – Presta atenção no que eu vou te dizer. Grava essas palavras, no fundo do seu coraçãozinho.

Senti seus dedos firmes puxando meu couro cabeludo, que ardia em total protesto.

- Eu vou acabar com Christopher Uckermann. Eu vou tomar tudo que é dele. A posição de líder, a família, os amigos, a Dulce... Ele vai perder tudo, até a própria alma, se ele tiver uma!

Estremeci com todo aquele ódio vindo de meu irmão e a dor física não era a pior que eu sentia.

- Nem você, nem mesmo o Diabo poderão me impedir! Eu vou dedicar a minha vida a isso, Jennifer. E vou explodir a cabeça dele e a de quem tentar me impedir. Até a sua, se for preciso.

- Você vai arder no fogo do inferno, seu monstro. – Sussurrei, cuspindo na cara dele.

Adam sorriu de forma debochada e me puxou pelos cabelos até me jogar contra o chão, chutando minha barriga e me fazendo chorar de dor.

- E o Uckermann vai estar lá comigo. – Disse antes de sair.

Tossi várias vezes antes de levantar, encurvada com a mão sobre o estômago, até encontrar meu celular.

Disquei o número que já sabia de cor e ele atendeu antes do segundo toque.

- Jay-Jay? – Disse baixinho, com a voz cansada.

Meu coração esquentou e eu esqueci completamente os machucados feitos por Adam.

- Oi, Ucker. – Sussurrei. – O que houve com o seu pai?

- Ele tomou um tiro, ainda tá na UTI. A bala perfurou o pulmão, então tiveram que drenar o sangue que entrou e... – Ele se interrompeu bruscamente. – Espera, como você sabe?

Engoli em seco.

- Eu preciso te contar uma coisa. – Apertei o celular nos dedos. – Confia em mim, mas eu sei quem atirou no seu pai. Eu sei quem é que está armando contra você, Christopher.

Ele manteve completo silêncio do outro lado.

- E eu preciso que você mate esse cara. Antes que ele mate você.

OIII, LINDONAS!!

Enfim, espero que estejam gostando até aqui, as emoções não podem parar!

Se quiserem fazer perguntas ou algo assim a chance é agora porque responderei aos próximos comentários! Obrigada mais uma vez por todo o carinho que tenho recebido, todos os comentários que me incentivam a escrever mais e mais <3

Beijinhos ;)