Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

- Não, droga! – Falei, aumentando o tom da voz. – Eu não estou com fome!

Adam me ignorou, levando a mão até o saco de Doritos no painel do carro e depois, enfiando uma porção dentro da boca.

- Eu só quero ir pra casa, por favor. – Quase choraminguei.

- Relaxa, ainda tá cedo. – Disse, mastigando com a boca cheia.

- Não, Adam, é sério. – Suspirei, coçando a testa. – Eu preciso ir pra casa.

- Só vamos dar uma voltinha, como amigos.

Fechei os olhos, respirando fundo.

- Não somos mais amigos.

Adam revirou os olhos, descrente.

- Somos sim.

- Não somos, por/ra! – Aumentei o tom da voz mais ainda, quase gritando.

Brooke então suspirou, me encarando de lado.

- Beijar aquela boca imunda do Uckermann tá te fazendo uma garota boca suja, hein!

- Adam, para esse maldito carro, ou eu ligo pra polícia!

- Dul, relaxa um pouco.

- Eu não quero relaxar, que droga! Eu só quero esquecer que um dia já te conheci na minha vida e amaldiçoar esse dia pra eternidade! – Gritei. – Você não tem o direito de me obrigar a ficar nesse carro com você, nem tem o direito de encostar essa boca em mim, na última vez você destruiu a minha vida e não vai fazer isso de novo! Eu não vou deixar, não mesmo.

Ele então freiou bruscamente, apertando as mãos com força no volante até os nós de seus dedos ficarem brancos. Encarei com os olhos arregalados Adam puxando a arma da cintura e apontando para minha direção.

- Por que você não facilita as coisas, hein?

- Agora vai me ameaçar? – Questionei, mas meus lábios tremiam.

- SÓ CALA ESSA BOCA! – Gritou, cerrando os dentes.

- Não! E sabe por quê? – Dei uma risada trêmula. – Porque você é cuzão demais pra atirar em mim! Porque você sabe que se me matar, o Ucker vai te caçar até no fim do inferno pra acabar com a sua vida da pior maneira possível! Você pode dizer o que for, mas sabe que eu tô certa.

Ele continuou com a arma apontada para mim, mas reagiu de forma temerosa.

- Vai em frente.

Eu sabia que ele não iria.

- Me prove o contrário.

Adam permaneceu hesitante por diversos segundos, pensando. Depois, foi lentamente abaixando a arma e jogou-a no painel do carro, suspirando.

- Você tem sorte de ter nascido com essa bundinha de ouro e feito o Uckermann se apaixonar. – Ele me olhou com nojo e ligou o carro. – Caso o contrário, já estaria morta.

Dei um sorrisinho de lado, só pra provocar mesmo.

- Eu não tenho medo de você. – Disse, lentamente. – Você que devia ter medo de mim. Agora, abre essa maldita porta e me deixa sair.

Eu tinha certeza que o ódio de Adam era tão grande que sua garganta deveria estar em chamas. Percebi pelo modo grosseiro que ele destravou as portas do carro, inflando as narinas e respirando fundo.

- Tchauzinho. – Murmurei de forma irônica, abrindo a porta e batendo com força depois.

Adam arrancou com o carro, fazendo as poucas pessoas presentes naquela rua desconhecida olharem com curiosidade.

Depois dos meus minutos mágicos de coragem, precisava descobrir onde estava. E foi por muita sorte que essa era a calça aonde eu tinha esquecido vinte dólares semana passada.