Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Eu estava quase desmaiando. Diante de mim, com aqueles cabelos lindos e vermelhos, estava a mulher da minha vida. Meus olhos estavam embaçados, cheios de lágrimas, mas eu podia perfeitamente ver a felicidade nos dela.

Finalmente olhei para sua barriga lisa, em completo choque, quase não crendo de verdade no que ela estava falando. Se eu não confiasse tanto em Dulce, acharia que a qualquer momento entraria um apresentador de televisão, falando de uma câmera escondida e de como as pessoas estão rindo da minha cara de chocado. Mas não podia ser uma pegadinha. Não quando quem está na minha frente é Dulce Maria, o amor da minha vida. Não mesmo.

- Grávida? – Sussurrei, tão baixo que só eu ouvi.

Mais alguns segundos de choque e emoção, como se meu coração a qualquer momento fosse explodir dentro de mim.

- Cê tá grávida? – Quase que minha voz não saiu e foi difícil formar uma frase com coerência.

Dul assentiu, secando suas lágrimas e abrindo um sorriso imenso.

- A gente vai ter um bebê?

- Vamos, amor. – Ela mordeu o lábio e riu, respondendo a minha pergunta que já tinha resposta.

Eu já não sabia mais o que fazer. Meus músculos estavam completamente travados. Merda, eu queria me mexer, reagir, não ficar ali completamente parado igual um idiota, mas não conseguia. Eu simplesmente não saía do lugar.

- Você tá bem? – Questionou Dul, passando a mão no meu braço.

Bem? Como eu posso estar bem depois de descobrir que vou ser pai? Ainda assim, balancei a cabeça em confirmação.

- Por que você tá chorando? – Questionou Dulce e só aí eu percebi que realmente estava.

- Eu vou ser pai. –Murmurei com a voz tremida.

- E eu mãe. – Ela riu pelo nariz.

E aí meu peito se aqueceu de alegria, parecendo que ia explodir de felicidade. Eu quis gritar e comemorar como se nenhuma coisa ruim no mundo importasse agora, porque por/ra, eu ia ser pai. Era egoísta pra cara/lho pensar só na felicidade de quem tava nesse quarto, mas tinha um bebezinho na barriga da pessoa que eu mais amo no mundo. E de repente, eu amava infinitamente duas pessoas. Meu coração não se dividiu, ele expandiu mais ainda de um minuto para outro e eu já estava completamente e irremediavelmente apaixonado por aquele pessoinha.

- Eu te amo! – Falei, aumentando o tom e abraçando Dul com força. – Meu Deus, como eu te amo!

Enchi sua cabeça de beijos, acertando onde fosse. Beijei, beijei tanto que quase sufoquei de tanto amor. Ela suspirava e ria dentro do meu abraço, emocionada assim como eu.

- A gente vai ter um filho, por/ra! – Quase gritei de tanta felicidade. – Eu sempre quis isso! Ter um filho ou filha com você é felicidade demais pra mim! Por/ra, mano, cê tá grávida! Eu não mereço isso tudo, eu não mereço nem metade. Ah, eu quero gritar! Quero que todo mundo saiba que nós vamos ter um bebê!

Dulce riu alegre, mas cobriu minha boca com as duas mãos.

- Shiu, garoto. As pessoas não podem saber, ainda não.

- Não me interessa. – Puxei suas mãos da minha boca. – Eu não vou aguentar de tanta alegria, eu vou morrer, Dul, eu vou morrer de tanta felicidade!

- Ei, a grávida sensível e dramática aqui sou eu. – Brincou, mas eu a puxei pela cintura, fazendo Dulce sentar no meu colo e comecei a lhe beijar com muito desejo e felicidade.

A ficha ainda não tinha caído, mas meu coração estava tão acelerado que chegava ao ponto de me deixar completamente tonto. Eu nunca estive tão feliz na minha vida inteira.

- Cadê? – Mantive Dulce no meu colo, mas puxei seu vestido para cima até ver sua calcinha de bichinhos colorida e sua barriga exposta. – Eu preciso ver essa barriguinha.

- Ainda não senti mudanças de tamanho, apesar de eu ter engordado e...

- Não é isso. – Interrompi, descendo da cama e colocando os joelhos no chão. – Eu preciso conversar com a minha princesinha.

- O que? – Dulce riu, enquanto eu alisava sua barriga admirado, ajoelhado diante dela. – Você já decidiu o sexo do bebê?

- Aham. – Respondi, encostando o ouvido.

- E se for um menino?

- Quer apostar como não é? – Lhe encarei, olhando para cima.

- Você nem sabia que eu estava grávida a dez minutos atrás, como pode ter a petulância de dizer se é menino ou menina? – Brincou minha ruiva.

- Instinto paternal. Ou cê acha que só mãe tem dessas coisas? – Dei um sorriso e encostei a ponta do nariz na sua barriga, fechando os olhos. – É uma menininha. Linda como você. E vai ser amada, exatamente como você. Talvez um pouco mais. Mas não fica com ciúmes, meu coração é grande e cabe vocês duas facinho.

Ouvi Dulce fungar o nariz, secando uma lágrima no canto do olho.

- Você não pode ter tanta certeza sobre ser uma menina. – Murmurou, sorrindo.

- Certeza não. – Beijei sua barriga. – A única certeza que eu tenho é que eu daria minha vida pela de vocês. Ouviu, nenenzinho? Você e sua mamãe são uma dádiva, um presente, que na real eu nem mereço, porque sou todo errado, irresponsável e malucão desse jeito. Eu mal sei cuidar de mim, mas de vocês eu vou cuidar. Vou amar essas duas pessoinhas com toda a minha alma, porque vocês me fizeram ter uma. Vou de pior a melhor cara do mundo só por vocês...

Encostei o rosto na sua barriga, sentindo um amor completamente inexplicável.

- O papai tá cuidando da mamãe, do jeito destrambelhado dele, mas tá cuidando. – Sussurrei. – E o papai vai cuidar de você também, neném. Vou proteger você de tudo, vou ser seu super herói. Porque tenho certeza que você vai ter os olhos encantadores, iguais o da sua mãe. – Olhei por um momento para cima, vendo Dul se derretendo em lágrimas. – E assim como eu sempre fui apaixonado pelos olhos dela, desde moleque, eu já tô apaixonado pelos seus antes mesmo de vê-los. Vocês são meu coração batendo fora do peito.

EU VOLTEI!