Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Era difícil pra cara/lho controlar meu ciúmes quando, mesmo de mãos dadas comigo, minha noiva é alvo de olhares masculinos por todos os lados. Os caras até disfarçam, viram o pescoço quando já passaram por nós, mas sempre olham. E quando eu quase quebro os dentes, travando o maxilar pra segurar a raiva, sinto a mão de Dulce mais forte na minha, seus dedos se entrelaçarem com amor, seu sorriso e seu olhar de quem me ama exclusivamente.

- Que saudades dessas pulseirinhas rosas! – Annie trouxe o pulso até o peito, passando a ponta do dedo pela pulseira de entrada.

- Então, vamos? – Chris esfregou as mãos, olhando para um grupo de garotas entrando na boate.

- Eu tô esperando uma pessoa. – Henry sorriu, olhando a rua.

- Hum, namoradinha? – Questionou Dul, ajeitando o casaco do irmão. – Quem é, posso saber?

- Você já vai descobrir, maninha. – Respondeu.

- É a Gabrielle? – Insistiu Dulce.

- Que? Por que você acha que eu vou voltar com essa garota? – Ele bufou.

- Sei lá. – Minha ruiva deu de ombros. – Intuição de mãe.

- Dul, você é mãe desse bebê que tá aqui. – Henry passou a mão na barriga dela. – Mas isso não torna você minha mãe.

- Por que você tem que ser tão babaca? – Ela cerrou os olhos, bem-humorada.

- É, porque tá sendo babaca com a minha noiva? – Me intrometi, segurando o riso.

Henry revirou os olhos, rindo, enquanto eu já puxava Dul pelo pulso e beijava seus lábios carinhosamente.

- Parem de melação! – Annie resmungou, puxando nossos braços.

- É, cara/lho, vocês são muito fofinhos, mas parem de esfregar essa felicidade toda na cara dos outros! – Poncho apoiou a loira.

- Tá com ciúmes? – Dei um sorrisinho.

Poncho me deu um soquinho no ombro, enquanto Annie puxava Dul pelos braços até estarem isoladas de nós. As duas iniciaram alguma conversa aleatória, enquanto eu e Poncho trocávamos porradinhas de melhores amigos.

- Reclama de alguma coisa agora, seu fresco! – Passei o braço pelo seu pescoço e Poncho se encurvou na tentativa falha de escapar.

- Quando vocês vão amadurecer? – Ouvi uma voz familiar questionar e quando olhei para cima, me surpreendi com o sorriso maravilhoso de Jennifer.

- Jay- Jay! – Exclamei, soltando Poncho para caminhar até ela e lhe dar um abraço apertado.

- Opa. – A loira riu, me abraçando de volta. – Oi, também senti saudades.

- Então você é a garota misteriosa que o Henry convidou? – Perguntou Christian, rindo.

- Sou. – Respondeu Jenny, assim que soltou-se de mim.

Ela abraçou Poncho e Chris e me fez ter um pouco de ciúmes quando foi a vez de Henry e eles pareceram melhores amigos de infância. Porra, ela era minha melhor amiga, não dele.

- Então, tô a altura dessas baladinhas de Long Beach? – Questinou ela, dando uma voltinha.

Nós quatro observamos a saia rodada preta de Jenny se abrir, combinando perfeitamente com uma blusinha de seda azul e saltos.

- Tá maravilhosa. – Murmurou Poncho e eu sorri, assentindo com a cabeça.

- Gostosa pra cara/lho. – Acrescentou Chris. – Como sempre.

Jennifer riu, jogando o cabelo loiro para trás, que agora parecia mais comprido.

- Obrigada. Vamos entrar? – Propôs.

- Bora. – Respondi, virando para a entrada. – Ué, cadê a Dul e a Annie?

- Elas já entraram, pra procurar a Maite. – Murmurou Christian, erguendo as sobrancelhas como se me dissesse alguma coisa.

Claro que eu entendi o recado. Assim que Jennifer chegou elas sumiram, não era difícil ligar os pontos.

- Ei! – Jenny me puxou pelo braço, deixando os caras passarem na frente e ficamos para trás. – Você sabe que a sua noiva não gosta de mim, por motivos bem racionais, então evita esse tipo de tratamento né, cabeção?

- Jennifer, a Dul não pode ficar implicando com você pra sempre, porque somos melhores amigos.

- Éramos! – A loira revirou os olhos. – Agora você tem um relacionamento pra cuidar, tem outras prioridades na sua vida e está finalmente amadurecendo! Eu compreendo, mas você não pode agir assim pro resto da vida, me agarrando e dando esse sorriso fantástico, porque isso magoa a Dulce e me magoa também.

Jennifer saiu andando na frente, mas eu puxei seu braço, virando-a de frente para mim.

- Eu sinceramente não sei o que todo mundo quer de mim. – Murmurei. – Se eu te ignorasse depois de tudo que a gente teve e do carinho imenso que eu tenho por você, eu seria um babaca. Aí se eu falo com a pessoa que eu considero minha melhor amiga... Por/ra, eu também tô sendo babaca! Qual a solução?

- Ucker, você não sabe nada sobre a minha vida atualmente. Por exemplo, não deve saber que eu gosto muito do Henry, gosto pra cara/lho daquele cara, mas que ele acha que eu sou apaixonada pelo cunhadinho dele. – Jennifer suspirou. – O pior é que ele não está totalmente errado. Mas você ama a Dulce de verdade, então tem que cuidar dela, tem que ser um cara melhor pra ela, Ucker. Quer dizer, cês vão casar, então tu tem a obrigação de ser melhor. Cuida dela, porque ela merece. Agora vamos lá pra dentro, porque hoje é aniversário do cara que eu gosto e eu quero muito curtir com ele.

Jennifer virou-se, mas eu a puxei pelo braço de novo, dessa vez para lhe dar um abraço.

- Você é uma pessoa maravilhosa, docinho. Uma das mais maravilhosas que eu conheço. – Sussurrei no seu ouvido, abraçando apertado. – E é por isso que eu quero pra cara/lho que tu seja madrinha da minha filha.

- Filha? – Jennifer perguntou, chocada. – Filha? Que papo é esse de filha?

- Eu vou ser pai, por/ra. A Dulce tá grávida. – Murmurei, abrindo um sorriso.

Jennifer arregalou os olhos e depois pulou no meu colo, enchendo meu rosto de beijos, comemorando por quase um minuto.

- Parabéns, docinho. Vê se agora toma juízo e sai dessa gangue logo, né?

- Fechou. Deixa comigo. – Respondi, enquanto caminhávamos juntos para entrar na boate, finalmente. – Mas e aí, esse lance com o Henry lesado... É sério?

- É, Ucker. – Respondeu Jenny, rindo da minha piadinha. – Eu gosto à vera dele.

- Ok. Mas eu acho que seu gosto mudou radicalmente. – Impliquei.

- Pois é! Cansei de vagabundos! – Ela gritou, já pela música alta e nós rimos juntos.