Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Eu sabia que estava ficando velho quando não conseguia me divertir dentro de uma balada daquelas, sabendo que há um ano atrás estaria dançando bêbado e pegando todo mundo. Eu queria minha casa. As coisas são mais fáceis de se resolverem quando eu e Dulce estamos deitadinhos na minha cama. Aqui, eu tenho que ficar gritando e a briga parece muito pior.

- Então, o que cê acha de eu pegar a Maite de novo? – Perguntou Chris, me cutucando com o cotovelo, enquanto secava a menina com os olhos.

- Oi? – Eu só tinha olhos para Dul, dançando com as amigas.

- Pegar a Maite. – Respondeu ele, passando o braço pelo meu ombro. – Tu tá ligado que eu já peguei a morena, tivemos umas transas maneiras e...

- Eu sei, eu sei. – Cortei. – A mesma coisa de sempre, você dispensou a garota pra manter a reputação de coração de pedra.

- Isso. – Afirmou ele, rindo.

- E agora você quer...?

- Pegar de novo. – Chris riu, coçando a testa.

- Não. – Respondi, firme. – Deixa a garota em paz, seu filho da pu/ta.

- Você não deixou a Dulce, né?

- Mas eu não queria só enfiar o meu pa/u nela. – Empurrei Chris pelo ombro, que revirou os olhos e riu.

- Tanto faz, Uckermann. Chato da por/ra. – Ele me deu o dedo do meio enquanto saía, caminhando na direção de Maite. – Não tenho síndrome de certinho apaixonado igual você!

- Mas eu tenho coração! – Gritei, enquanto ele virava de costas e erguia o dedo pro alto.

Virei para frente ainda rindo, sentando no banquinho do bar. Pedi uma vodka pura pra saborear porque tava sem paciência pra escolher algo mais elaborado.

- Me vê um Cosmopolitan, por favor. – Pediu uma mulher ao meu lado.

Droga, devia ter pedido um Cosmopolitan, saudades desse drink!

- Admiro tanto quem consegue beber vodka pura, sabia? – Disse a voz feminina, segurando no meu braço com muita intimidade.

Olhei para o lado, vendo uma mulher morena com olhos verdes sorrindo. Dei um sorriso simpático, mas sem-graça, e voltei a olhar para o balcão. Quando nossas bebidas chegaram, agradeci ao barman e senti o cheiro de alcóol fazer meu nariz arder de leve.

- Na sua terra natal, Rússia, a vodka é considerada um dos maiores prazeres da vida. – Ela fez uma voz mais sexy. – Eu discordo. Acredito que existem coisas melhores.

Abaixei o olhar, dando mais um sorriso sem jeito. Eu só não queria que Dulce visse uma cena dessas e aquilo me deixasse mais encrencado ainda.

- Você é daqui? – Puxou mais assunto e eu neguei com a cabeça.

- Sou do Compton. – Torci para que isso a deixasse com medo e ela fugisse rapidamente dali.

- E o que faz tão longe, garoto do Compton?

- Vim pela minha noiva. – Respondi, bebendo no copo. – É aniversário do irmão dela.

- Ah! – A garota foi pega de surpresa, abrindo a boca. – Ah, noiva. Desculpa, eu não quis ser invasiva.

- Tudo bem. – Neguei com a cabeça, dando um sorriso.

Ela levantou rapidamente, saindo dali com as bochechas coradas. Fiquei com pena, porque se isso fosse há tempos atrás, eu mesmo teria me aproximado dela. Mas agora eu só tenho olhos para quem dança no meio da balada sem me dar a mínima atenção.

Continuei pedindo mais vodkas quando via o fundo do copo, até que já tivesse perdido as contas do quanto tinha bebido. Esperava que fosse menos do que costumava ser antigamente, ou eu dormiria fora da cama de Dulce hoje.

- Cê tá legal? – Jenny apareceu do meu lado com um sorriso de orelha à orelha.

- Tô. – Murmurei arrastado. Tava tudo meio rodando, mas eu tava bem.

- Você tá aí sozinho um tempão! – Gritou, mexendo seu corpo do meu lado sem parar, como se controlasse uma vontade absurda de dançar.

- E o que que tem? – Dei de ombros, como se aquilo não me deixasse bolado.

- Ah, tua namorada tá curtindo bastante lá! – Jennifer sorriu, mas eu só assenti com a cabeça. – Adivinha quem eu acabei de pegar ferozmente no escuro?

- O aniversariante da noite. – Respondi.

- O aniversariante da noite! – Jennifer gritou, rindo. – Quem diria, não? Sou quase sua cunhada agora!

- Eca. – Impliquei e Jennifer revirou os olhos, sumindo entre a multidão tão rápido quanto tinha chegado.

Ri pelo nariz, feliz por todo mundo estar feliz naquela noite. Virei no banco para enxergar minha namorada e noiva sorrindo, dançando ao lado de Anahí, aproveitando aquela noite como nunca. Seu rebolado era extremamente excitante.

E eu decidi atacar.