Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Fiz uma coisa que nunca pensei que faria em toda a minha vida. Beleza, eu até achava legal essa parada de estudar, mas não era muito a minha praia. Eu queria fazer faculdade, mas pra ganhar dinheiro né, mano. Será que eu sou o único que só visa se formar pra isso?

Enfim, eu nunca imaginei que estaria sentado num sofá com uma garota, ajudando ela a fazer trabalho de biologia. Sei lá, me imaginava num sofá transando, não estudando. Mas eu tinha que encarar os fatos, era assim que estava naquele momento.

- Acabamos. – Murmurou ela, suspirando com alívio ao fechar o livro.

- Finalmente, velho. – Comentei, rindo e me estiquei, estalando as costas. Ergui as mãos pra cima e bocejei, quando acabei percebi que ela estava me olhando com aquela cara de desejo. – Vai ficar me secando de novo? A tarde toda nisso, hein. É só falar se me quiser.

- Você nem é convencido. – Dul deu a língua, eu ri de sua atitude fofinha.

- Especialidade minha, princesa. – Peguei o celular no bolso da calça jeans, vendo quatro mensagens de Babi. Nem me dei ao trabalho de ler nenhuma delas.

- Também é uma de suas especialidades pegar toda essa quantidade de mulher? – Ela perguntou e depois pareceu se arrepender, mordendo o lábio.

- Aonde tá essa quantidade toda? Me mostra, me apresenta que eu quero pegar, porque não sei do que tu tá falando. – Brinquei, olhando para os lados ironicamente.

- Por favor né, Ucker. Sonso, também? – Dulce cruzou os braços e sorriu, cerrando as pestanas.

- É uma quantidade boa, não tão grande. – Tentei, mas ela não seria convencida com aquele papo. – Tá bom, vamos jogar limpo, eu tenho uma história ruim.

- Ruim? – Ela gargalhou tão engraçadinha. – Você não perdoa nem suas familiares.

- Tá falando da Bárbara? – Perguntei, também rindo. – Não, ela...

- Você não fica com ela? – Ela perguntou, bem direta.

- Olha... – Abaixei a cabeça. – É uma história bem... complicada. É, essa é a palavra, bem complicada. – Cocei a nuca, nervoso.

- Então descomplica ela pra mim. – Pediu Dul, assenti.

- Olha, fomos criados juntos, a mãe dela e meu pai são irmãos e os únicos filhos dos meus avós, então... A gente era bem íntimo. – Expliquei, passando a mão pelo cabelo. – Meio que ela foi expulsa de casa e... foi morar lá, já faz uns quatro anos. Então, foi inevitável que rolasse algo entre a gente...

- Pode parar por aí. – Pediu, erguendo a mão. – Sem detalhes tão íntimos. – Eu ri e ela revirou os olhos. – Mas ela... tem uma possessão sobre você, certo?

- Isso é paranóia dela, mano. Ela era de boa antes, mas agora... tá um saco. – Bufei, cruzando os braços.

- Ela sente ciúmes de mim? – Perguntou, se aproximando mais.

- Não. – Me aproximei também, colocando o cabelo de Dul atrás da orelha. – EU sinto ciúmes de você. – Sussurrei, prendendo nossos olhares e depois a beijei, começando de uma forma mais lenta, diferente de antes. Foi crescendo, foi crescendo e fazendo nossas mãos passearem pelos corpos. Porém, tudo que é bom dura pouco. Principalmente alegria de pobre, né.

- Meu irmão vai...

- É. – Assenti, interrompendo. – Já passou da minha hora também.

- Te levo até a porta, pra você voltar.

- Eu vou adorar voltar aqui. – Joguei um tom malicioso na frase enquanto me levantava e a puxei pela mão depois. Ela levantou-se, parando na minha frente, e não resistimos, nos rendemos a mais um beijo caloroso de ambas as partes.