Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Espirrei perfume, me encarando no espelho. Como eu tava gato, pu/ta merda. De camisa polo preta, uma bermuda saruel jeans, vans azul  e um boné de aba reta cinza. Que isso, não ia ter pra ninguém, moleque, eu ia esculachar.

- Cara/lho, velho, parece uma mocinha pra se arrumar! – Poncho chegou gritando no meu quarto e eu ri, ele deu um assovio e bateu palmas ao me encarar.

- Por isso que eu pego mais mulher que tu. – Tirei onda, ajeitando o boné pra trás.

- Hoje a minha noite vai ser com a loira lá. – Apontou ele, referindo-se a Annie, que já tinha se enturmado com os meninos de uma forma bem rápida. Era possível ouvir as risadas dela lá de cima, com certeza o babaca de Chris estava arrancado essas risadas todas da loira.

Descemos a escada entre empurrões e gargalhadas e chegamos na sala, dando de cara com Annie e Chris.

- Aleluia, irmãos! – Ela ergueu as mãos pro céu. – Primeira vez na vida que eu espero alguém se arrumar.

- Para de graça, me arrumei em dez minutos. – Sorri. – Vou só na cozinha beber uma água, valeu? – Eles assentiram e eu fui pra cozinha, sem saber que Babi estava ali.

Avaliei minha prima vestindo um pequeno baby doll azul bebê, seu cabelo preso num coque frouxo, parada de costas pra mim, enquanto ela mexia a colher dentro de um copo de leite. Me aproximei lentamente com um sorrisinho de lado, dando um tapa na sua bun/da e ela virou-se, no susto.

- Filho da... – Resmungou, entredentes, enquanto eu gargalhava muito.

- Não resisti, foi mal. – Murmurei, tentando parar de rir.

- Te odeio. – Ela fez cara de nojo e passou ao meu lado, bebendo um gole do copo.

- Vai se fu/der. – Rebati, rindo.

- Educação mandou lembrança. – Babi virou um pouco o rosto pra mim, bem séria.

- E eu mandei você se fu/der.  – Continuei, pegando um copo em cima da pia para beber água.

- Meio difícil quando você não quer... Parece um cachorro atrás dela, sério, tá escro/to já. – Bárbara sentou-se na mesa da cozinha, mexendo o copo e soprando o líquido.

- Eu só queria saber com que parte da história você tem a ver... – Ergui as sobrancelhas, dando uns goles no copo e colocando dentro da pia.

- Seu pai já disse que...

- Vai contar isso também? – Virei-me pra ela, rindo. – Vai lá, bate tudo pra ele. Só some do meu caminho, velho.

Revirei os olhos entediado e voltei pra sala, sentindo o olhar furioso da Babi em mim. Graças a ela passei a semana toda ouvindo meu pai dizer a mesma coisa, sem me contar um detalhe daquele segredo todo. Ele achou que eu tinha engolido aquele papo de “se afasta da Dulce porque ela é uma menina direita”. Até parece, nem chegou perto de passar na minha garganta aquele caô.

Fomos o caminho todo no metrô contando histórias engraças e zoando bastante. Annie era a única menina, mas isso não a impediu de ser a mais falante do grupo. Ficamos na fila  e eu já comprei a pulseira de Dul, enquanto prendíamos as nossas nos pulsos, ela ligou.

- Oi, vou descer no ponto agora, vem me buscar? – Pediu, assim que eu atendi o celular.

- Claro, seu pedido é uma ordem, madame. – Brinquei e ela gargalhou, desligando logo depois.

Convenci o pessoal a ir entrando e comprando umas bebidas enquanto eu ia buscar Dul e eles me encararam com aqueles olhares sacanas e desconfiados, antes de eu ir. Cheguei e parei no ponto de ônibus, com certeza o “amiguinho” dela devia morar por aqui e isso facilitou sua chegada. Eu só esperava que ela não descesse do maldito ônibus de mãos dadas com ele, porque eu ia inventar uma dor de barriga pra voltar pra casa ou socar a cara do metido.

O ônibus parou bem na minha frente, enquanto eu estava sentado no banquinho do ponto chutando uma tampinha de garrafa. Olhei pra cima, vendo uma fila de gente arrumada descer, esperando Dul aparecer ali. Ela foi a última a descer, puxando as mangas compridas da blusa branca de renda soltinha. Além disso, vestia um short jeans claro de cintura alta, um coturno marrom de salto e uma bolsa da mesma cor de lado. O que mais chamava atenção em sua produção era o cabelo vermelho e o batom, da mesma cor.

- Pu/ta que pa/riu, cê tá linda, garota. – Murmurei, levantando e indo até ela, que riu pra mim, me encantando fácil. 

Genteee, tô boba com a quantidade de comentários que estão chegando! Muito obrigada meninas, muito obrigada mesmo :) 

E vou adiantando que irmãos eles não são kkk` (Quem leu A dama e o vagabundo sabe né kk)...

COMENTEM que vem mais, essa festa e a noite depois dela vão render, hein... Beijos <3