Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

- Cara/lho Annie, porque você deixou ela beber tanto? – Acusei, sentindo Dul escorada em mim.

Nem eram três da manhã e a ruiva estava prestes a entrar em coma alcóolico. Quando elas voltaram do bar, Dul estava trocando as pernas e Annie gargalhando até do bater de asas de um pássaro. Eu sinceramente, não sabia o que tinha acontecido, mas as duas tinham ficado completamente bêbadas em menos de meia hora, o que nos obrigou a ir embora do clube bem antes do que esperado.

- Cala essa boca, beber é saúde! – Anahí gritou para o céu, erguendo uma das mãos e cambaleando sobre o salto.

Poncho que estava se divertindo com aquela história, enquanto ele dava apoio para Annie não parava de rir dos escândalos da loira. Ela já era escandalosa normalmente, bêbada então...

- Eu devia ter ficado com o Chris... – Sussurrou Anahí, olhando para trás. – Vamos voltar... eu tô... – Suspirou. – Tô zen, mano. Bora.

- Sem chance. – Rebati, revirando os olhos e rindo. Mulheres, sempre tão engraçadas com um pouco de álcool na corrente sanguínea.

Foi vergonhoso voltar pra casa na companhia de Annie, a nossa sorte era que o metrô estava vazio naquela hora da madrugada. Ao contrário da melhor amiga, Dulce era uma bêbada muda. Ela manteve os olhos fechados o caminho todo, em total silêncio, então eu concluí que estava passando mal. Quando eu perguntava como ela estava, Dul dizia um “bem” rapidamente, como se sentisse medo de vomitar em mim.

- Enfim, Compton! – Anahí desceu pulando e gritando e Poncho teve que segurá-la para que a loira não fosse ao chão.

- Se controla, gata. – Murmurou. – Não tô afim de ver você se machucar.

- Cuidaria de mim se eu me machucasse? – Perguntou ela, fazendo um biquinho.

- Com toda a certeza, gostosa. – Poncho piscou de lado.

- Não acredito que cê tá flertando com uma bêbada. – Neguei com a cabeça, gargalhando.

- Ucker... – A vozinha de Dul me chamou pela primeira vez no percurso todo.

- Oi. – Olhei para o lado, ela estava verde, mano.

- Me leva pra sua casa... – Pediu, com a voz fraca demais. Engoli em seco. – Não posso ir pra casa assim, Henry vai me matar.

E eu também não podia dormir do lado dela sem perder o controle.

- Vai pra casa da Annie. – Sugeri, mas ela negou com a cabeça.

- Não, a tia Mari conta tudo pra minha mãe. – Pediu, novamente. – Por favor, vamos pra sua casa.

Suspirei, sabendo que com toda a certeza do mundo minha noite seria muito longa com ela na mesma casa que eu. Imagina aquele corpo deitadinho na minha cama? Nós dois sozinhos na minha casa? A mãe e o irmão dela pensando que a ruiva estava na casa do “amiguinho”? Tudo conspirando a nosso favor.

Tudo, menos o consumo excessivo de álcool de Dul, o cheiro de vodka em sua roupa e o risco dela me vomitar todo. E também, eu não ia me aproveitar de uma bêbada, não precisava disso, nunca precisei... Só que vamos combinar, seria difícil manter o controle com aquela bun/da perfeita do meu lado. Se eu deixasse meu lado mal surgir com Dulce, não ia ter pra ninguém.

- Isso vai dar merda. – Murmurou Poncho, rindo ao me ver pegar Dul no colo.

Sorri de lado e me despedi, levando-a pra minha casa. Onde só estaríamos eu e ela pelo resto da noite. E entre quatro paredes, a história é outra, velho.

Obrigada pelos comentários, meus amores ;)

Comentem sempre mais, beijão <3