Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Eu nem conhecia o tal de Luca e já detestava ele com todas as minhas forças. Pra mim, era um riquinho antipático que não devia gostar de mulher, porque tava estampado que Dulce era afim dele e o babaca ficava dando uma de melhor amigo.

- Tá tão aéreo aí. – Murmurou Dul, passando a alça da bolsa no ombro. Ela tinha vestido um minúsculo short jeans rasgado e uma regata de renda preta, prendeu os cabelos num coque frouxo e deixou seu rosto natural, sem nenhuma maquiagem.

- Tava voando um pouco... – Abri a porta do quarto e ela passou na frente, fechei a porta atrás de mim e descemos a escada calados.

Sinceramente, eu tava com ciúmes. E tava me sentindo mal por isso. Nunca tinha sentindo ciúmes de ninguém, de mulher nenhuma, eu até achava engraçado esse joguinho que elas tentam fazer quando querem provocar. Mas eu nunca tinha caído em um. Até hoje.

- Ei, desmancha esse biquinho. – Dul apertou meu queixo assim que paramos diante da porta de casa.

Inclinei o rosto e lhe dei um selinho, ela sorriu de lado.

- Tem certeza que não quer que eu te leve em casa? – Insisti pela terceira vez.

- Não quero ver o Henry dando uma crise de ciúmes e te obrigando a casar comigo. – Dul revirou os olhos.

- Opa, é agora que eu vou. – Brinquei, arrancando uma risada espontânea dela.

- Eu te ligo. – Dulce ficou na ponta de seus pezinhos e me deu um beijo demorado, antes de ir embora. Fiquei olhando na porta até sua imagem sumir na esquina e depois entrei, suspirando.

Subi a escada de casa novamente, porém ao invés de ir para o quarto pegar meu skate para encontrar com os garotos, como tinha prometido passar a tarde de sábado, desviei para o quarto de Babi, que era no fim do corredor. A porta estava entreaberta, entrei e vi minha prima deitada em sua cama com os pés cruzados, bufando enquanto mudava os canais, entediada.

- Quem é a bicudinha mais linda dessa casa? – Brinquei, rindo e ela revirou os olhos.

- Só estamos nós dois aqui. – Rebateu, assim que eu sentei ao seu lado na cama.

- Concorrer comigo é bem difícil. – Cruzei os pés, soltando a mão em sua coxa.

- A cocota já foi? – Perguntou Bárbara e eu comecei a gargalhar.

- Sério, cocota, Babi? – Ergui as sobrancelhas, gargalhando. – Cê já foi mais criativa.

Ela deu uma risadinha, revirando os olhos debochadamente e eu assenti.

- A Dulce já foi, o irmão dela tava preocupado. – Expliquei rapidamente, ela assentiu de leve e voltou a olhar pra TV. – E você, passou a noite aonde?

- Dormi na casa da Vivi. – Ela deu de ombros, largando o controle de lado.

Vivi era melhor amiga da minha prima, era uma loirinha alta e bem gostosinha, que por sinal, eu já tinha pego duas vezes. Na primeira vez, foi no modo tradicional, mas na segunda, meu caro, foi um sexo a três, eu, ela e Babi.

- Ela te mandou um beijo, disse que sente sua falta. – Bárbara riu abertamente maldosa, eu ri e suspirei. – E eu contei pra ela que agora você só tem olhos pra sua ruiva.

- Também não é assim. – Rebati, passando um dos braços em seu ombro. – Tu é minha priminha, tem um lugar especial aqui. – Pisquei, sorrindo e tocando no coração, ela fez um biquinho teatral.

- Tá me largando aos poucos... Tá deixando ela se sentir especial na sua vida. – Babi abaixou o olhar e eu ri de seus clássicos dramas.

- Claro que não, ela não significa o mesmo que você. – Levantei seu rosto, fazendo Babi olhar em meus olhos. – Você é especial e sempre será, independente do aconteça na minha vida.

- E ela? – Persistiu Babi, engoli em seco procurando as palavras corretas.

- A Dul é uma atração, Babi. Uma atração muito forte, de ambos os lados. – Eu disse, cauteloso. – Mas que logo acaba, ela enjoa de mim e volta a ser nariz empinado.

- Não entendo porque você aceita isso. – A Babi uniu as sobrancelhas, séria.

- Qualquer chance que ela me der é muito mais do que eu mereço. – Sorri, mas não gostava nada em assumir aquilo. – Sou um vagabundo. Não posso mudar isso, é minha natureza. Dul nunca entenderia meu estilo de vida, nem meu passado. – Eu murmurei e Babi ouvia tudo atentamente. – Mas você eu sei que sempre vai estar aqui como sempre esteve. Não vai enjoar de mim e fazer cara de nojo depois.

Ela sorriu, me dando um beijinho de leve e depois se aconchegou no meu peito, suspirando. Por fim, colocou no canal Combate, onde passava uma luta repetida do UFC. E era exatamente isso que eu gostava dela. Bárbara era minha versão feminina e tudo que eu tinha em mim, via nela também.

Assim vocês me explodem de alegria de tantos comentários...Obrigada de coração