Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Dulce narrando.

Fui me sentindo bem melhor a medida que a semana foi passando. Em meio a algumas provas, trabalhos enormes e o trampo no shopping, que cada dia me deixava mais exausta, mantive minha cabeça ocupada o suficiente para não pensar em Ucker. Eu tinha vivido todo esse tempo sem ele em minha vida, seria bem fácil retornar ao curso natural. “Ah, a primeira vez a gente nunca esquece...”, tudo bem, eu não disse que queria esquecer isso, até porque foi simplesmente melhor do que eu fora capaz de imaginar, porém, tava na hora de tirar a coroa e colocar a armadura, porque a vida não tinha nada de fácil.

E agora, em plena sexta-feira, eu não conseguia acreditar que Henry tinha me arrastado ao mercado principal de Los Angeles para fazer as compras do mês. Eu tinha ficado o dia todo em pé na loja e agora, tinha que arrastar aquele carrinho pesado que ele e Gabriele estavam enchendo. A minha sorte foi encontrar Maite, a morena estava comprando algumas coisas, me fazendo inveja por morar sozinha e ser independente.

- Lá em casa agora a gente come Doritos ao invés de arroz? – Perguntei, encarando a grande quantidade de sacos do biscoito que ele tinha jogado no carrinho. – Essa porcaria de carrinho tá pesado. E ainda com essa merda de rodinha ruim! – Resmunguei, fazendo uma força extrema para virar o peso para o lado.

- Nossa, quanto estresse. – Henry riu, decidindo entre duas marcas de miojos em copos de plástico. – Carne ou galinha caipira?

- Qual tem veneno pra rato? – Perguntei, olhando para a prateleira oposta.

- Eu não sei, mas que você tá precisando de um calmante, isso é indiscutível. – Meu irmão colocou os dois no carrinho, olhando a nossa volta. – Cadê a morena baixinha?

- Tá na fila de frios com a Gabi. As duas tem bastante assuntos em comum. – Murmurei, olhando em volta, enquanto puxava o cabelo num rabo de cavalo, soprando a franja.

- Elas parecem irmãs. – Henry ergueu suas sobrancelhas, depois assumiu o carrinho, deixando que eu fosse caminhando ao seu lado riscando alguns itens da lista. Ficamos assim por mais um dez minutos e teríamos feito em menos tempo caso não parássemos pra discutir sobre a melhor marca de macarrão.

- Bom, falta só o cereal e o leite em pó. – Ele colocou um dos dedos na boca, chechando cautelosamente a lista. – Vai lá buscar que eu vou atrás das meninas, tudo bem?

Dei de ombros, pegando o corredor em que estava  e depois, virando a esquerda. Correndo os olhos em busca dos produtos citados, optei por minhas marcas preferidas, mas ao pegar a quantidade que Henry tinha indicado, fiquei sem braços para carregar, agarrando as latas de leite em pó e as caixas de ceral presas em um abraço meu. Comecei a caminhar pelo mercado como uma grávida, uma pata, sei lá, mantendo as duas pernas abertas de uma forma engraçada.

Foi quando ouvi uma voz grossa me chamar, e meu intuito foi virar pra trás, mas isso acarretou numa barulheira ao ver as caixas e latas caírem no chão, sem contar no mico que foi chamar a atenção pra mim no mercado. Observei uma das latas rolar e parar somente num pé, com certeza masculino ao julgar pelo tênis surrado.

- Eita, Dulce. – Christian abaixou-se, pegando as coisas que estavam no chão, me ajudando. Eu realmente esperava que fosse Ucker, porém, era apenas um de seus melhores amigos. – Foi mal aí. – Suspirou, levantando-se com os negócios presos a seu braço com muito mais habilidade. Chris segurou as mesmas coisas que eu sem parecer um desastrado.

- Foi culpa minha. – Sorri, ainda envergonhada.

- Eu te ajudo a levar isso pro seu carrinho, não quero ver suas bochechas mais vermelhas que isso. – Ele brincou, piscando de lado, arrancando uma risadinha minha. – Posse te fazer uma pergunta?

- Pode. – Respondi, esperando algo relacionado a Ucker.

- Quantas crianças moram na sua casa? – Christian riu da quantidade de leite com cereal.

- Duas. Uma de dezoito e outra de vinte e cinco. – Brinquei e o loiro riu. – E você, veio apenas dar uma voltinha, foi?

- Vim com os caras comprar uns negócios pra uma paradinha que vai rolar na casa do Ucker. – O Christian deu de ombros, naturalmente. Imaginei um carrinho lotado de destilados, energéticos, petiscos e biscoitos sendo guiado por eles. – Eu até te convidaria, mas vocês dois não tão mais como antes. – Ele entortou os lábios de forma quase teatral.

- Pois é. – Assenti, passando a mão pelas mechas que soltaram e colocando-as atrás da orelha.

- Engraçado, eu achando que vocês formavam mó casal daora. – Christian gargalhou, soltando aquela frase com tamanha espontaneidade. Revirei os olhos, rindo de leve e concordei mentalmente.

Formaria. Eu e Ucker formaria mó casal daora mesmo. Mas a conjungação do verbo estava diferente. Não era coisa do futuro, nem do passado, apenas... uma suposta imaginação. 

Gente, obrigada por comentarem, eu estou lendo todinhos, mas estou sem tempo de responder :/

Quando der prometo que respondo vocês, flores ;) Beijos e comentem !