Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Assim que cheguei na fila dos frios, vi Maite sozinha, encostada em seu carrinho enquanto mexia no celular. Logo em sua frente estavam as minhas compras, porém não havia nem Henry nem Gabriele em sua companhia e a morena deveria ter ficado responsável por tomar conta do nosso carrinho também.

- Cadê o casal sensação? – Perguntei, parando ao lado dela com as mãos na cintura.

- Foram pegar batata palha ou algo assim. – Mai deu de ombros, guardando o celular no bolso do pequeno short jeans.

- Ah Chris, desculpa. – Lembrei do loiro atrás de mim. – É aquele ali, ó. – Apontei para o carrinho e vi o loiro focado em Maite, com o olhar maldoso. – Obrigada. – Sorri gentilmente quando ele colocou as coisas dentro do meu carrinho.

- Relaxa, amigos são pra isso. – Christian piscou de lado e eu gostei dele me considerar amiga. Não tínhamos tamanha intimidade, mas ele era do tipo de pessoa com a qual você se indentifica de cara.

- Essa é a Maite, minha amiga da faculdade. – Apontei pra morena, que deu um sorriso lindo. – E esse é o Christian, ele mora lá perto da minha casa, meu amigo de bairro.

- Me chame de Chris. – Ele sorriu todo safado e ela ergueu a sobrancelha, assentindo sorrindo. Os olhos do loiro percorreram todo o corpo dela e depois, fizeram uma cara de total aprovação.

- Vou pegar... umas coisas ali, tudo bem? – Não tinha muito coisa pra pegar, mas decidi ir dar uma olhada nos iogurtes para deixá-los a sós. Pelo muito que eu conhecia de Maite, ela era uma garota de família que quase não se envolvia com homens, então, eu não queria empatar aquela oportunidade. Não éramos como eu e Annie, mas a morena também era uma de minhas melhores amigas.

- Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa? – Ouvi Chris soltar antes de me afastar e não pude conter o riso. A risada de Maite foi alta e ela realmente pareceu gostar.

Entrei no corredor frio onde ficavam os produtos de geladeira. Corri os olhos pelas garrafinhas de iogurte, embalagens de flan e os meus preferidos, os minúsculos copinhos para crianças, também conhecidos como danoninhos. Os de chocolate então, podiam ser chamados de paraíso.

Abaixei, inclinando o tronco para chechar mais de perto, colocando o cabelo atrás da orelha. Aquele que tinha umas balinhas coloridas pra misturar deviam ser melhores ainda. Enquanto checava, senti algo se chocando com força contra a minha bun/da, me impulsionando pra trás, então quase que caí dentro do compartimento separado para os produtos.

- Que merda! – Xinguei, sem sequer checar quem tinha acertado o carrinho de compras em mim. – Você não olha por onde anda?

- Você que não olha pra onde empina essa bun/da. – Murmurou uma voz grossa atrás de mim e eu tive um rápido déja vu. – E mais uma vez essa cena acontecendo com a gente. – A voz fez uma rápida observação, rindo.

Olhei pra trás para ver Ucker empurrando um carrinho lotado de bebidas, com uma touca preta na cabeça, uma blusa regata branca, bermuda larga e chinelo. Ele me ignorou e permaneceu o caminho com o canto da boca curvado pra cima.

Não sabia o que estava em minha mão, apenas joguei, na minha mais profunda raiva. Eu andei tão estressada essa semana que mal conseguia pensar antes de agir. A garrafinha de iogurte bateu no ombro nu de Ucker e depois foi ao chão, rolando.

- Nossa, quanta maturidade. – Ele me olhou, sério e passou a mão no lugar onde a garrafa tinha chocado. – Sério, isso foi incrivelmente maduro da sua parte.

- Minha bun/da está doendo! – Protestei, passando a mão onde o carrinho tinha batido.

- Posso fazer doer muito mais. – Ucker sorriu debochado, passando a língua pelos lábios, usando o duplo sentido na frase, o que me fez jogar a outra garrafa, que bateu agora em seu rosto, atingindo sua bochecha.

- Ai, isso doeu! – Ele me fuzilou com o olhar e largou as mãos do carrinho, passando uma mão na bochecha agora avermelhada.

- Posso fazer doer muito mais. – Sorri, irônica, rebatendo.

- Que foi, que estresse é esse? – O mesmo ergueu as sobrancelhas. – Tá com falta de homem nessa po/rra?

Nossa, dessa vez tinha me ofendido. Realmente me ofendido. Meti a mão na parte que ficavam as garrafinhas, pegando mais uma e jogando, tudo em três segundos. Porém, isso lhe deu vantagem e Ucker foi mais rápido dessa vez, agarrando a garrafa na altura do peito. Imediatamente, ele jogou a mesma pro lado e veio em passos duros até mim, me encarando com seriedade. Seu braço envolveu minha cintura com força, colando nosso corpos com brutalidade.

- Se vai me machucar, que seja mordendo a minha boca, po/rra! – Logo depois, tomou meus lábios para si de uma forma tão dominadora que eu nem pude lutar. De início, minhas mãos estavam em seu peito para afastá-lo, porém depois, meus dedos agarraram sua blusa, querendo prendê-lo mais a mim.