Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Saí de casa colocando as pulseiras no bolso de trás da calça jeans. Olhei a minha volta, sem me surpreender com o movimento que era aquele lugar pela noite, afinal, era a hora perfeita para os homens que se intitulavam integrantes da gangue de Compton colocarem suas caras de marginais para a rua. Chegava a ser grotesco como eles se achavam importantes quando tatuavam aquele símbolo nas costas e prendiam uma pistola na cintura.

Fechei o portão de casa e atravessei a rua sem olhar para os lados, evitando encontrar aqueles olhares famintos que os babacas sempre lançavam em mim. Cheguei a casa de Annie em exatos vinte segundos, agradecendo mentalmente pela pequena distância que separava a minha casa da de minha prima. Não éramos primas de verdade, mas tínhamos sido criadas juntas, graças ao fato de minha mãe ser melhor amiga da mãe dela. Isso nos tornou melhores amigas também.

- Annie! – Chamei, já entrando no quintal. Ela abriu a porta da pequena casa com uma cara de cansaço imensa, já de pijama e coque. A loira era linda e assim como eu, tinha dezoito anos. Só que totalmente ao contrário de mim, Anahí adorava o lugar em que vivíamos. Ela não falava somente comigo no bairro, mas com todos que fossem capaz de se comunicar. E vamos dizer que ela não era um bom exemplo a ser seguido, afinal, ficar com uma grande quantidade de homens da mesma área tinha trago a Annie uma fama nada respeitosa.

- Entra aí, amiga. – Murmurou ela e depois bocejou, virando pra dentro de casa novamente e deixando a porta aberta atrás de si.

- Vamos sair! – Exclamei, seguindo-a e encostando a porta.

- Vamos? – Annie olhou por cima do ombro, fingindo-se de desentendida. – Vamos quem?

- Nós duas. – Sorri, ela negou imediatamente.

- Eu estou podre, amiga. Se eu saísse agora entraria em estado de decomposição. Larvas cairiam de mim, porque estou morta. – Disse, exagerando, mas seu tom era sério.

Annie sentou-se no sofá enquanto eu bufava e cruzava os braços.

- É em Long Beach! – Tentei, ela fingiu entusiasmo.

- Nossa, que ótimo. – Respondeu, sendo irônica. – Ficou bem mais legal só de pensar em pegar o metrô a essa hora com caras estranhos sarrando nossa bun/da.

Tive que gargalhar de tamanha criatividade. O mais incrível era que sempre que Annie tentava ser engraçada, não obtinha sucesso. Mas quando era acidental, de sua boca saía as melhores piadas.

- Annie, por favor. – Pedi, ela negou com a cabeça, fitando a televisão.

- Não adianta, Dul. Minha mãe foi dar pro amiguinho dela e vai fazer um show com direito a platéia se chegar e não me encontrar em casa.

- Eu me responsabilizo por tudo. Você sabe que a tia Mari não me nega nada. – Pedi, unindo as mãos. – Eu quero muito sair.

Não era só Marichelo que não me negava nada. Annie tinha herdado isso da mãe. Convenci ela a tirar aquele pijama e se vestir, jogando umas roupas e sapatos dentro de uma bolsa para se arrumar comigo lá em casa.

- Vou comprar um cigarro, me espera aqui. – Disse Annie, assim que saímos de seu portão. A padaria ficava na esquina da rua e era possível fitar o caminho dali.

- Larga esse negócio, Annie. – Resmunguei. A loira acreditava imbecilmente que os homens se sentiam mais atraídos por mulheres fumantes porque elas tinham um charme maior ao colocar um cigarro na boca e manchar a ponta de batom vermelho.

- É só de brincadeira, Dul, relaxa. – Ela deu uma piscadela antes de sair dando uma corridinha em direção a padaria.

Joguei sua bolsa sobre o ombro, pegando o celular no bolso e desbloqueando a tela, sem nada pra fazer de verdade ali. Era apenas um disfarce. Ainda quando abria um aplicativo de jogo, juro por tudo que é mais sagrado que ouvi uma voz rouca me chamar, bem atrás de mim. Virei todo o corpo na direção, bruscamente, foi quando senti algo se chocar contra mim e diversos barulhos chegaram aos meus ouvidos, seguido do som que minha bun/da tinha feito ao encontrar o chão. Um corpo tinha dado um belo encontrão em mim, quase me empurrando, na verdade. E eu, fraca e magra como era, derrubada por qualquer assopro, fui com tudo de encontro ao chão.

Olhei primeiro para o skate que agora tinha parado ao se chocar com a minha coxa, antes de direcionar o olhar cheio de fúria para o homem de pé diante de mim. Seus olhos ardentes encontraram os meus e pior de tudo estava visivelmente perceptível: ele sorria.

Gente, passei aqui rapidinho pra postar esses pra vocês, porque ontem choveu aqui e a bendita da internet decidiu dar um rolé. Enfim, assim que eu puder respondo todos os comentários e obrigada por estarem aqui comigo mais uma vez... Beijão, los amos, gracias <3