Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Ainda nem tinha conseguido abrir os olhos e senti um calafrio percorrer meu corpo inteiro. Senti o sol entrar pela cortina entreaberta e bater em meus olhos, os mesmos estavam doendo com a claridade solar que invadia o cômodo silencioso. Eu ainda nem sabia se estava acordado ou sonhando, mas uma sensação deliciosa dominava meu corpo, uma sensação extremamente gostosa. Apertei os olhos, desejando que se aquilo fosse um sonho, voltar imediatamente pra ele. Mas ao ser atingido em cheio pelas lembranças da noite anterior, arregalei os olhos, jogando o braço para o lado a procura de Dulce. Quando não a encontrei, ergui o tronco de leve e a sensação de prazer me atingiu em cheio e ao finalmente cair a ficha, soltei um gemido rouco. Não acreditei no que estava acontecendo. Ela estava embaixo do lençol azul e eu podia sentir seus lábios sugarem minha ereção enquanto sua boca subia e descia por toda a extensão de meu membro. Era fácil ver o movimento que sua cabeça fazia, levantando e abaixando o tecido azul que me cobria da barriga pra baixo.

- Pu/ta que pa/riu, não acredito que fui acordado com você me chupando. – Sussurrei, ainda com a voz rouca de quem acabou de despertar.

Ao ouvir minha voz, Dul parou com o movimento e eu quase resmunguei, se minha necessidade de ver seus olhos não fosse maior. Eu queria acreditar que ela estava ali, queria vê-la só pra ter certeza.

Então, seus fios ruivos e bagunçados se revelaram enquanto ela subia o corpo, deitando em cima de mim cuidadosamente. Ela tinha um tom corado perfeito na bochecha e na claridade do quarto, pude ver suas sardas desenhadas pelas bochechas e a boca vermelha e inchada espalhada num sorriso safado.

- Pensei que não fosse acordar nem com isso, dorminhoco. – Resmungou ela, então envolvi os braços em sua cintura.

- Sonho com isso desde aquele dia, sabia? – Ergui as sobrancelhas e Dulce gargalhou.

- Annie só me faz passar vergonha. – Ela riu suavemente e mesmo pela manhã, incrivelmente seu hálito ainda era doce. – Falando nisso, preciso saber da minha loira. Espero que ela não esteja deitada em um canto da sua sala com vômito por cima e um homem por baixo.

- Tem certeza que não quer ficar aqui comigo? – Perguntei, passando a palma da mão por suas costas e depois deslizando os dedos pela linha de sua coluna. Ela tremeu, mordendo o lábio inferior e torceu os dedinhos dos pés, rindo.

- Isso é muita maldade. – Dulce piscou seus olhos, cobrindo aqueles lindos círculos castanhos com os cílios grossos por um rápido segundo.

A ruiva desprendeu-se de mim, passando os dedos pelo cabelo embolado que caía até a cintura nua. Ela sentou-se na beira da cama e pegou minha camiseta no chão do quarto.

- Me empresta? – Pediu, mostrando o tecido pra mim, enquanto eu colocava as mãos atrás da cabeça.

- Fique a vontade. – Assenti e ela vestiu a camisa, estendendo os braços pra cima enquanto deixava os seios expostos. Avaliei, passando a língua nos lábios e ela riu, me encarando.

- Vamos comigo checar a bagunça que ficou? – Perguntou, erguendo a sobrancelha enquanto ajustava a camiseta pra baixo.

- Você fica aqui. – Eu disse, pondo-me de pé rapidamente. – Não vai descer deliciosamente sexy, não. Eu não sei quantos corpos ficaram pela minha casa e não quero que ninguém olhe pra essa bun/dinha, além de mim, claro.

Dul gargalhou e jogou a cueca boxer pra mim, que coloquei rapidamente. Em seguida, coloquei uma bermuda preta que estava no canto do quarto enquanto ela caminhava calmamente para o banheiro.

- Seja rápido. – Sussurrou, de costas pra mim. – Tô te esperando no chuveiro. – Gritou, assim que entrou no local.

Sorri e bocejei, me espreguiçando enquanto abria a porta do quarto. No segundo andar, não haviam vestígios de que ali havia tido uma festa. Mas no primeiro, meu Deus. Copos espalhados pelo chão da minha sala, garrafas vazias e um fedor de álcool insuportável. Além de Annie e Poncho deitados abraçados no sofá, a loira com a blusa dele e metade da bun/da aparecendo, enquanto Poncho estava só de cueca. No tapete, Chris estava de bruços abraçado por duas garotas morenas que pareciam gêmeas idênticas. O que minha casa tinha virado, meu Deus? Sodoma e Gomorra?

Dei graças por ter amigos tão bons que cuidaram do meu lar enquanto eu estivera “fora”, graças a eles não haviam outros corpos além dos próprios.

- Vamos acordar, cambada! – Gritei, batendo no pé de Poncho e depois chutando a perna de Chris.

- Filho de uma pu/ta. – Resmungou Poncho, enquanto tirava o braço lentamente debaixo de Annie, que sequer tinha se mexido.

Era a última vez que eu dava uma festa na minha casa. Imaginei a cara do meu pai entrando em sua sala naquele momento e gargalhei.

Não, não era a última. Eu já tinha dito isso milhares de vezes e nunca era. 

Gente, obrigada pelos comentários ! Tô postando contra o tempo, tenho um trabalho imenso pra fazer... Enfim, espero que gostem, beijos e obrigada mais uma vez.