Fanfics Brasil - Capítulo 56 O príncipe vagabundo (Vondy)

Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance


Capítulo: Capítulo 56

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O silêncio que reinou naquela rua gritava em minha cabeça. Todos os olhares estavam diante de mim, de meu irmão, de Ucker e daquela história confusa revelada diante de nossos olhos. Por que Fernando Saviñón tinha uma tatuagem idêntica a de Christopher Uckermann? Qual era a ligação deles? Eles nem tinha se conhecido. A não ser que...


- Meu pai era da gangue? – Soltou Henry, depois de um engasgo, roubando minha fala.


- É uma boa pergunta. – Observou Ucker, respirando fundo. – Que infelizmente eu não sei responder.


De repente, o foco da conversa era outro. Todo mundo tinha parecido esquecer do escândalo de Henry e da declaração de Ucker. Bom, ninguém tinha esquecido, mas era muita informação pra tão poucos minutos. Eu precisava respirar, raciocinar, processar. Então, sem dizer uma única palavra sequer sobre aqueles fatos revelados, virei-me de costas e corri rua a cima. Não ouvia nada, nem se alguém estava atrás de mim, apenas obriguei meus pés a me levarem de volta pra casa onde eu estaria em paz pra pensar racionalmente.


O portão ainda estava aberto quando eu o atravessei e assim permaneceu, porque eu corri porta a dentro sem me importar. Nem tinha percebido que Henry estava atrás de mim, mas ele estava e entrou em seguida na sala de casa.


- Dulce! Eu também estou tão confuso quanto você. – Ele estendeu as mãos, vendo-me andar de um lado pro outro com as mãos no rosto. Só ele e mamãe sabiam o quanto aquela história mexia comigo. – Se acalma, vamos beber uma água e depois tentar explicar isso...


- Você tem certeza? – Perguntei, lhe encarando já com os olhos cheios de lágrimas. – Tem certeza que papai tinha uma tatuagem como a de Ucker?


- Tenho! – Ele arregalou os olhos. – Claro que tenho! Eu vi umas duas vezes quando jogávamos futebol, ele não ficava muito sem camisa... Era idêntica e exatamente no mesmo lugar. Quando eu perguntei, ele disse que era algo muito importante pra ele.


Despenquei no sofá, apoiando os cotovelos nas coxas enquanto esfregava as mãos no rosto. Meu pai era da gangue. Aquilo me pegou de supetão. Meu pai era da gangue que eu cupei a vida toda pela sua morte. Ele tinha a tatuagem que eu detestava, ele era como um dos caras que eu repudiei a vida toda. Ele era um dos caras que me fez prometer um dia que nunca me envolveria.


Senti os olhos queimarem, imaginando papai exatamente como Ucker em sua adolescência e senti um aperto forte na garganta. Estava tudo tão confuso que a minha cabeça doía.


- Toma uma água. – Henry puxou meu braço de leve, tentando destapar meu rosto. – Eu te daria um calmante, se você não tivesse que tomar... – Meu irmão raspou a garganta. – Isso. – Foi a melhor palavra que conseguiu soltar ao entregar a caixinha branca novamente a mim, franzindo o nariz.


Peguei, olhando estreitamente pra ele enquanto colocava o copo d’água em cima da mesa.


- Que é? – Ele fez uma careta. – Prefiro isso do que ver você grávida de Uckermann. A primeira coisa que imagino é um bebezinho de boné no colo daquele maluco.


- Eu estou ouvindo, cunhado. – A voz debochada de Ucker surgiu na sala, então olhamos pra cima juntos. Ele estava parado na entrada com os braços cruzados sobre o peito nu, avaliando a situação.


- Henry, você podia... – Pedi, suspirando.


- Tudo bem, eu entendi. – Interrompeu meu irmão antes de levantar do sofá, pegando o caminho para nossos quartos. Claro, antes disso, deu uma olhada pra Ucker, que parecia dizer “estou de olho”. Se não tivesse naquela situação, com certeza isso iria me arrancar uma risada.


- Você está bem? – Perguntou ele, sentando ao meu lado e me olhando.


- Estou. – Sussurrei, fazendo um biquinho sem nem perceber. Eu estava bem mais calma na verdade, mas ainda me atordoava com aquele história não explicada. Estava longe de estar bem.


Ucker levantou a mão para acariciar meu rosto, seu polegar fazendo um carinho em minha bochecha. Fechei os olhos pra sentir aquilo e peguei em sua mão, suspirando.


- Então foi por isso que você e seu irmão brigaram? – Perguntou ele, abri os olhos para entender sua pergunta. – Era com isso que estava preocupada?


Suspirei, vendo o olhar de Ucker focado na caixa da pílula do dia seguinte. Ele umedeu os lábios, passando a língua por um segundo antes de sorrir.


- Posso te dizer uma coisa? Adoraria ter um filho com você. – Nesse instante, ele fechou os olhos com aquele sorriso ainda nos lábios. – Uma miniatura sua com os meus olhos... – O sorriso de Ucker abriu-se ainda mais, porém ele balançou a cabeça e abriu os olhos. – Ah, eu tenho que parar de me iludir tanto.


Mordi o lábio, lhe encarando, sem conseguir acreditar que um homem desses fosse real.


- Abre a boca. – Ele pediu, abrindo a embalagem. Assim fiz e o comprimido pequeno foi depositado em minha língua, engoli e tomei o copo d’água por cima. – Pois é, não é dessa vez. – Brincou, me fazendo rir mesmo num momento daqueles.


Encostei a cabeça em seu ombro, enquanto ele ria suavemente, tentando descontrair o clima. Antes que caísse no choro, deitei a cabeça no colo de Ucker, e ele pareceu se surpreender por um segundo antes de soltar o ar com minha ação.


- Faz carinho no meu cabelo? – Pedi, fazendo uma voz tão manhosa que quase não reconheci meu próprio vocal. Ele sorriu e assentiu de leve, depois senti suas mãos envolverem em meu cabelo solto, seus dedos fazendo uma coisa gostosa na minha nuca e na minha cabeça.


Suspirei, fechando os olhos, era tão bom sentir aquele carinho de Ucker.



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Autor(a): princesinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1592



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  • dynhah_2018 Postado em 14/07/2021 - 15:11:48

    As vezes venho aqui só pra ver se vc vai continuar! Essa história merecia um final!

  • jesofiaaa Postado em 29/11/2020 - 13:32:42

    Ninguém consegue entrar em contacto com essa menina? Gostaria tanto de um desfecho parece mentira, mas ainda entro aqui toda a semana para ver se tem novidade

  • goncalves Postado em 17/05/2020 - 22:00:18

    Até hoje espero o desfecho dessa história 😭😭

  • thay. Postado em 22/09/2019 - 02:26:08

    Bom, é a primeira vez que comentou aqui, mas eu acompanho a história bem do início. Nem sei se a autora ainda tem acesso a fanfic, mas pra mim é a melhor que eu já li, e eu gosto muito de ler. Mesmo depois de tanto tempo, eu sempre venho ver se ela foi atualizada. Sei que foi parada por uma perda e sinto muito, mas espero que um dia você possa voltar a postar. Amo essa fanfic!

  • amanda.dourado Postado em 08/09/2019 - 17:37:13

    Será que algum dia vc irá voltar pra terminar essa história kkkk

  • livinalili_ Postado em 01/12/2018 - 11:13:59

    sei como é sofrer uma perda, ainda tenho esperanças que volte a postar

  • malu_vieira Postado em 04/09/2018 - 12:45:59

    saudades, espero cheinha de esperança até hoje

  • magrelaohana Postado em 31/05/2018 - 19:01:59

    Sdds

  • reinavondy Postado em 09/07/2017 - 09:20:33

    Sinto muito pela sua perda.. deve ser muito difícil para você .. eu leio essa fanfic desde os primeiros dias em que foi criada..mas nunca tinha chegado a comentar antes.. pois ainda não tinha feito uma conta aqui.. e ainda vou está por aqui se algum dia você resolver continuar.. adoro a forma como você escreve.. os detalhes.. é incrível.. sinto falta de ficar pulando pela casa com cada atualização sua rs.. beijoss

  • duke61 Postado em 02/07/2017 - 22:19:03

    Olá, vir sua postagem na fanfic O Príncipe Vagbundo, sinto muito pela sua perda, sei como é perder alguém ou algo que se ama, as vezes surge um vazio dentro da gente que dói, não sou muito de fazer comentários ou manda mensagem, mas espero que vc volte a posta, você escreve bem, seu enredo e narrativa são instigantes, não há erros graves de ortografia, então te digo que não desista de algo que você gosta, pois isso só nos fazem mais mal, falo por experiência própria, e uma das coisas que me ajudou foi os livros, e se você se dedicou a escreve-la é porquê te fazia bem, espero que fique tudo bem com você, e que Deus te conforte, estarei aqui torcendo e esperando você voltar, sua fic é maravilhosa demais pra ser simplesmente esquecida. Peço que pelo menos pense nisso.


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