Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Eu senti todo o calor do corpo de Dul atingir meu coração quando ela deitou no meu colo. De início, não sabia o que fazer quando ela deitou a cabeça sobre minhas pernas, agindo como um verdadeiro adolescente idiota e apaixonado. Depois, percebi que ela precisava do meu carinho, da minha companhia, só isso. Nem todo mundo crescia consciente que seu pai era um cara perigoso e integrante de uma gangue e descobrir aquilo devia ser um choque.

Enquanto olhava seu rosto, eu me tocava e me convencia cada vez mais do quanto eu estava arriado por ela. Puts, eu tava muito apaixonado.

- Ei, ei. – Um leve desespero tomou o meu peito ao ver uma lágrima cair por sua bochecha. – Não chora, não. Não vou aguentar te ver chorar.

Segurei em seu rosto, levantando-o no mesmo instante e ela ergueu-se, endireitando o corpo ao meu lado.

- Ucker, eu tô me sentindo enganada. – Dulce mordeu o lábio inferior, olhando pra cima e secando as lágrimas. – Enganada pela pessoa que eu mais amo na vida. Meu pai fazia parte disso e eu nunca soube. Eu passei a vida inteira achando milhares de coisas que agora são mentiras...

Dulce soluçou, apoiando as mãos no colo.

- E o pior de tudo... – Continuou. – Eu ainda não sei a verdade.

Eu realmente não sabia o que dizer. Era aquele tipo de momento em que você não tem palavras e se tiver, serão tão irrelevantes diante da situação em que a pessoa se encontra.

- E se ele era da gangue e foi traído? E se...? – Ela parou com um soluço, agora me olhando como se julgasse. – Ucker, você não sabe nada mesmo sobre isso?

- Acha que se eu soubesse não te contaria? – Ergui as sobrancelhas, porém ela não parecia satisfeita. Minha mente navegou imediatamente para meu pai, se existe alguém vivo que saberia contar essa história detalhadamente era ele, porém me calei, deixando aquela conversa pra pai e filho.

- Eu não sei de mais nada. Só sei que... – A ruiva suspirou, abaixando o olhar. – Isso mexeu muito comigo.

Passei a mão pelo rosto, bufando e depois lhe encarei.

- Só isso mexeu com você essa tarde? – Perguntei, magoado de verdade por ela não ter sequer tocado no assunto de eu ter dito na frente de todo mundo o que sentia por ela.

- Não acredito que você tá falando disso quando tem uma história como essa sendo... – Dulce pareceu se ofender, me acusando com os olhos mais julgadores ainda.

- Eu entendo, Dul! – Interrompi sua fala, sorrindo irônico. – Mas eu tô aqui, cara/lho. Eu mereço alguma coisa.

- Quer que eu formule uma resposta pra sua declaração quando não consigo sequer parar de pensar no meu pai carregando o símbolo dos Hunters nas costas? – Sua voz estava tão irreconhecível, ela nunca tinha falado assim comigo, nem em suas crises de ciúmes ou no seu desprezo no dia em que esbarrei nela.

Então, eu explodi.

- Eu não ligo pra quem seu pai era, não ligo pra po/rra nenhuma que está acontecendo! – Levantei, franzindo o cenho e falando bem sério. – Eu disse que estou apaixonado por você. E estou, Dul! E é pra isso que eu ligo, é isso que verdadeiramente importa agora.

Dulce parou, apertando os dedos com tanta força que eu podia ver seus tendões ficarem brancos. Ela olhou para o lado, fungando o nariz enquanto fazia claramente um grande esforço pra não cair em lágrimas.

- Meu pai morreu por causa da sua gangue. Eles mataram meu pai na minha frente. Por causa dessa maldita tatuagem que você tem nas costas, eu perdi o meu pai e não durmo bem por causo disso até hoje. – Dul disse alto, levantando-se na minha frente. – E agora, descubro que ele tinha uma tatuagem também, que ele fazia parte desse mundo. E agora as peças não se encaixam na minha cabeça. Enquanto eu não esclarecer essa história, não posso ser sua. – Aquilo me doeu mais do que eu esperava.

Eu já tinha aceitado que seria rejeitado por ela, mas ouvir em sua voz era como sofrer um milhão de vezes mais.

- Eu preciso organizar minha mente e depois organizar meu coração. – Disse ela, apertando os olhos ao me dizer aquilo. E eu entendi o recado, entendi até porque ela fechou os olhos pra mim. Foi pra não me ver ir embora.

Virei de costas e saí, fechando o portão e caminhando a passos rápidos pra casa, enquanto meus pensamentos estavam presos no que havia sido dito naquela sala.

A rua já estava vazia, os caras tinham ido embora e vi o carro de meu pai estacionado em frente a nossa casa. Respirei fundo e corri pra dentro, abrindo a porta num só movimento. Ele estava sentando tranquilamente na mesa da cozinha, comendo um sanduíche e bebendo suco.

Bati as duas mãos na mesa com força, mas ele não se assustou, apenas direcionou os olhos pra mim.

- Você destruiu a minha vida, tirou todas as minhas chances de ser feliz! Fui criado sem mãe e não te culpo por isso, mas você não me deixou fazer faculdade pra seguir essa merda de vida que você vive! PRA SER COMO VOCÊ, PORQUE VOCÊ QUER A MINHA INFELICIDADE! – Acusei, gritando e ele não disse nada, apenas continuou a me olhar. – QUER QUE EU TERMINE COMO VOCÊ, SOZINHO NUM QUARTO ESCURO COM UM ALBÚM DE FOTOS E UMA ARMA DE COMPANHIA!

Estendi meu sorriso irônico e ele manteve sua expressão ao me encarar profundamente.

- Mas eu não vou deixar você me tirar mais uma chance! – Afirmei, abaixando a voz. – Agora você vai me contar tudo! O que você tem com Fernando Saviñón?

Bem, meninas não tive tempo de responder, quase que não deu pra postar hoje, por isso o post tão tarde... Enfim, obrigada por estarem comentando tanto, é realmente assim que eu me alegro e tenho ideias pra fic! OBRIGADA.

Prometo que amanhã faço o máximo pra responder vocês, portanto, se tiverem perguntas, façam logo rss`

Beijos e fiquem com Deus, esse é dedicado pra Tataespozani. Thays, obrigada por ter esperado até essa hora por mais um capítulo ;)

Meninas, comentem e mais uma vez, amo vocês <3