Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Meu domingo tava uma grande bosta. Uma merda a manhã toda, uma merda maior ainda pela tarde. Foi por isso que não saí da cama, fiquei o dia todo comendo e agora, estava deitado de bruços com a cara enterrada no travesseiro. Estava pensando com calma em tudo o que tinha acontecido e sentia muita raiva de mim por estar metido naquele mundo. Ando sofrendo de cansaço e dessa vez, não é físico.

- Ucker. – Chamou a voz da minha prima atrás de mim depois de abrir a porta do meu quarto sem bater. – Ucker, levanta aí.

- Rala daqui. – Murmurei contra o algodão do travesseiro.

- Ucker, querido, é sério. – Insistiu Babi, cutucando minha perna. – Você tem visita.

- Não quero ver ninguém. – Disse entredentes, sem me mexer nenhum centímetro.

- Tudo bem. – Bárbara deu de ombros, debochada. – Eu aviso a sua princesa ruiva.

Quando ela estava saindo, virei-me bruscramente, sentando na cama de uma vez só. Bárbara estava rindo, hesitante ao abrir a porta.

- Dulce está aí? – Abri os olhos com força

- Quantas princesas ruivas você tem? – Minha prima riu. Estendi os olhos estreitamente pra ela, estranhando sua postura tranquila. – Que é? Qualquer coisa ou pessoa, por mais que eu odeie, que te tirar dessa cama tá valendo. Se ela te tornar o Ucker legal novamente e não esse velho resmungão que me dá ânsia, eu posso dar um beijo na boca daquela garota.

Gargalhei com aquela frase e ela parou, pensando um pouco.

- Não, eu não daria. – Revirando os olhos, Babi saiu do quarto. Levantei rapidamente, corri pra escovar os dentes e me avaliar no espelho. “Cê tá horrível, cara”, pensei, passando a mão na barba por fazer.

Vesti uma bermuda preta por cima da cueca, depois abri a porta, tentando descer a escada sem demonstrar minha ansiedade. Dulce estava parada de pé perto da estante, os braços abraçando seu próprio corpo enquanto avaliava um porta-retrato cautelosamente. Quando me viu, seus olhos se iluminaram e ela sorriu ao me ver caminhando em seu encontro e lhe dando um abraço apertado.

- Saudades. – Sussurrei, sentindo o cheiro maravilhoso que seu cabelo exalava enquanto afundava o rosto nele.

- Ai, vai me quebrar assim, fortão. – Ela riu, apertando suas mãozinhas em minhas costas. – Também senti saudades. Não quero me afastar de você.

Sorri espaçosamente, me afastando para olhar sua face corada. Cada dia mais linda. Seus olhos estavam fortemente castanhos naquela noite, o cabelo solto em volta do rosto, a boca vermelha pintada de leve com um gloss que cheirava a morango. Mordi o lábio inferior, olhando para seus lábios e Dul riu.

- Não vamos mais nos afastar. Fo/da-se essa promessa. Fo/da-se todas as promessas. – Murmurei rindo e ela revirou os olhos, dando sua risadinha habitual. – Tô apaixonado por você e não quero saber de nada que não seja esse sentimento que eu tenho aqui.

Segurei suas mãos e levei até meu coração, foi fácil que ela percebesse meu batimento fora do normal. Dulce sorriu e olhou até onde suas mãos tocavam meu peito nu, depois, me olhou nos olhos, respirando fundo.

- Também estou apaixonada por você, Ucker. E ao mesmo tempo que é assustador, é maravilhoso saber disso. Não quero ficar longe de você, por mais que seja o certo. Eu prefiro errar com você, porque é o errado que eu quero.

Ouvir aquilo me tornou a pessoa mais completa do mundo em dois segundos. No primeiro, um grande peso saiu de cima das minhas costas, enquanto eu percebia com uma emoção imensa que ela sentia o mesmo por mim, que aquilo não era um grito no vazio, era algo recíproco. No segundo, senti um peso maior ainda, por saber que agora, havia uma grande responsabilidade em mim, a maior responsabilidade de toda a minha vida: fazê-la feliz.

- Você sabe que não me orgulho do meu passado. Tenho um lado ruim, um lado muito ruim. – Eu disse, como se aquilo fosse um aviso.

- Eu não quero saber o que houve no passado, eu quero saber se há um lugar pra mim no seu futuro. – Dul acariciou meu rosto de leve, fazendo com que eu fechasse os olhos para aproveitar ao máximo aquela carícia. – Eu aceito o que você tem de pior porque preciso do que você tem de melhor.

Passei a mão em sua cintura, sentindo o leve tremor que corria seu corpo. Colei nossos corpos com leveza e ela fechou os olhos ao sentir minha respiração tocar seus lábios. Ela apoiou as mãos no meu peito e levou os lábios até o meu, fazendo com que eles se roçassem de leve.

- Você é linda. – Sussurrei em sua boca, nossos lábios moveram-se juntos. Ela escorregou as mãos pelos meus ombros e seus dedos brincaram com o cabelo em minha nuca, antes de me puxar para iniciar um beijo lento. Sua boca na minha ainda era tudo que eu queria, ela ainda era tudo que eu queria. E tudo e que provavelmente, eu ia querer pelo resto da minha vida.

Gente, me desculpem ter sumido, é que a minha vida tá uma loucura, meu estágio começou segunda, então eu saio seis da manhã de casa e só chego as oito e pra piorar, meu pc tava ruim (ainda não tá legal)... Enfim, perdoem minha ausência.

Obrigada por terem comentado, juro que li todos os coments e a ninja ama vocês demais, meus amores <3

Beijos e comentem ;)