Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

O beijo foi crescendo tanto a ponto de me fazer pensar que aquela sala ia incendiar. Que merda estarmos na sala de minha casa, ou eu estaria tirando a roupa de Dulce e mordendo aquela pele de porcelana com um cheiro incrivelmente inebriante.

- Quero você. – Sussurrou Dulce, arfando quando nos afastamos. – Por favor, por favor, quero você.

- Vamos pro quarto. – Respondi quase gemendo de tanto prazer de ouvir aquilo sendo dito. – Eu estou morrendo de saudades de você, vamos pro quarto.

Ela assentiu, mordendo o lábio inferior. Imediatamente, peguei em sua mão e a guiei até a escada de casa, porém, ao pisar no primeiro degrau, ouvi uma voz grossa invadir a cena e me fazer broxar legal.

- Aonde pensa que vai com essa menina, Christopher? – Fechei os olhos, suspirando pesadamente e sentindo a mão de Dulce se apertar com força na minha.

Cocei a nuca e senti Dul se virar antes de mim, provavelmente queimando de vergonha.

- Olá, senhor Uckermann. – Sussurrou ela, timidamente.

Virei-me para encarar a expressão de Victor ao olhar Dulce e responder com um rápido aceno de cabeça. Parei ao lado dela, envolvendo o braço em volta de seu ombro. Ela estava tensa, envergonhada e senti raiva de meu pai por deixá-la daquela forma.

- Você não tem jeito né, Christopher? – Ele passou a mão pelo queixo. – Eu as vezes acredito que você vá me orgulhar e vá manter sua palavra uma vez só na vida, mas não pode ser homem e manter suas promessas.

- Pai, será que a gente pode resolver isso depois? – Cerrei os dentes, sem conseguir acreditar a forma que ele falava, fingindo que Dulce não estava ali.

- É bom que ela escute pra saber com que tipo de homem está se envolvendo... – Ele largou a chave e a arma na mesa, mais uma vez fingindo não ver Dulce. A ruiva manteve os olhos presos na expressão de meu pai.

- Vamos, vou te levar. – Suspirei, puxando-a pela mão na direção contrária. Torci pra chegarmos a porta sem que ele dissesse nenhuma palavra, mas quando passamos ao lado de meu pai, ouvi seu tom sério dizer, direcionado a Dulce:

- Fernando estaria decepcionado com você.

Minha vontade foi de xingar ele de tudo que é que nome. Esquecer que aquele filho da pu/ta era meu pai, perder todo o respeito que já tive por ele e xingar mais um pouco. Mas antes que abrisse a boca, a voz de Dulce me surpreendeu.

- Na verdade, eu acho que ele estaria decepcionado com você. – Disse ela, tranquilamente como se pedisse um sanduíche numa lanchonete. – Se meu pai estivesse aqui, ele estaria orgulhoso por sua filha ter suas próprias escolhas e responsabilidade pra saber arcar com elas. Devia sentir o mesmo pelo seu filho, senhor Uckermann.

Tanto eu quanto meu pai estávamos completamente paralisados diante do que Dul tinha dito. Senti uma coisa parecida com orgulho incendiar meu peito ao perceber a mulher perfeita que era minha.

- Dá licença tá, pai? – Murmurei ironicamente. – Vou ali levar minha namorada em casa.

Abri a porta e bati, enquanto Dulce murmurava um “tchau” pra meu pai. Assim que tranquei a porta e saí com ela pelo portão do pátio, envolvi meus braços em seu tronco com força e apertei ela num abraço sufocante, tirando seus pés do chão enquanto eu a erguia.

- Sério que você tá tão contente? – Brincou, rindo a vontade.

- Você é tão corajosa e tão... tão linda. – Coloquei-a no chão e ela piscou, timidamente.

- Como eu ia deixar ele falar assim de você? – Dul brincou, passando os dedos pelo meu peito nu. – Eu sei exatamente com que tipo de homem estou me envolvendo.

Sorri e depositei um longo beijo em seus lábios tão convidativos, mas tive que me afastar antes de sentir o membro enrijecer.

- Então... – Dul abaixou o olhar, temendo dizer alguma coisa errada pelo que parecia. – Aquele lance de “namorada”, foi pra provocar ou...?

- Sério que você tá me perguntando isso? – Brinquei, erguendo as sobrancelhas. – Isso é real, Dul. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu cheiro espalhado pelas minhas roupas e nossas roupas espalhadas pelo chão. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca, quero cada segundo possível. E não quero isso só nesse momento, quero isso em todos os momentos. – Segurei em suas mãos e ela suspirou, sorrindo apaixonada. – Só você pode me proporcionar isso, Dul. Só você.