Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Ver Dulce toda nervosa segurando uma camisinha era um pouco cômico. Excitante, mas engraçado. Por mais que ela estivesse nervosa por dentro, tentava aparentar uma segurança falsa. Deitei peladão com os braços cruzados na nuca e fiquei olhando com um sorriso de lado Dul escorregar na cama e ficar tão próxima da minha ereção.

- Você não sabe. – Murmurei, rindo e ela me encarou.

- Nunca ter feito não significa que eu não vou saber. – Ela tirou a camisinha do pacote e fez uma cara estranha. – É gosmenta.

Revirei os olhos e gargalhei, sem conseguir controlar.

- Para de rir de mim. – Pediu como uma criancinha.

- Não tem como, olha as coisas que tu fala, garota. – Apontei pra ela, que suspirou irritada.

- Tudo bem, é fácil. Se até um babaca como você faz.  – Dul disse, indo com a mão na direção do local, porém eu ergui o corpo, fugindo.

- Não quero que coloque com toda essa raiva. – Franzi o cenho, ela bufou. – Isso me assusta, você vai é me machucar.

- Ai, você é um via/dinho! – Dulce rosnou e jogou a camisinha na minha direção, se eu não tivesse desviado o rosto teria acertado em cheio minha cara.

- Ih caraca, enlouqueceu? Ainda me chama de via/do? – Ergui as sobrancelhas e sentei na cama, indo até ela, que cruzou os braços e bufou.

- Eu sou uma burra. – Sussurrou, como se lamentasse esse fato e eu ri de todo o seu drama envolta de uma simples situação.

- Você não é burra, gata. – Beijei seu rosto e a puxei pra perto. Ela desmanchou os braços e assentiu. – Relaxa, eu te mostro como fazer.       

Dul mordeu o lábio e asssentiu novamente, então me estiquei pra pegar outra camisinha na gaveta e depois a entreguei. Ela abriu enquanto eu me ajeitava deitado na cama.

- Tô me sentindo como uma experiência de laborátorio. – Sorri e apoiei a cabeça no travesseiro, olhando Dul segurar o preservativo e avaliar o mesmo com as duas mãos.

- Tudo bem, vamos lá. – Ela ajeitou-se na cama, me encarando séria demais pra situação.

- Primeiro descobre pra que lado ela desenrola. – Murmurei baixinho e ela assentiu, fazendo o que eu disse. – Agora, segura e coloca na ponta.

Dul me olhou rapidamente, mostrando de leve seu nervosismo, mas fez exatamente o que eu disse. Quase soltei minha risada ao sentir o tremor de suas mãos, mas não acreditava que isso lhe passaria alguma confiança.

- Relaxa, Dul. – Sussurrei, rindo. – Não é uma operação médica, pode firmar as mãos, não machuca.

Sem dizer nada, apenas me ouvindo, ela desenrolou o preservativo até a metade, com brutalidade demais dessa vez.

- Ei, ei. – Ergui a cintura, franzindo a testa ao sentir um pouco de dor. – Calma, calma. Não tanta firmeza.

Dul balançou a cabeça e terminou de desenrolar, soltei um suspiro de alívio bem baixinho e ela me encarou.

- Fiz certo? – Perguntou, mordendo o lábio inferior.

- Fez. – Assenti, porém ela olhou novamente e fez a pior coisa da minha vida: tentando arrumar o elástico do final, Dul puxou a camisinha e a fez estalar contra minha ereção quando puxou. Um urro de dor chegou em minha garganta, porém o sufoquei, sabendo que Henry invadiria o quarto a qualquer ruído, por mais baixo que fosse.

Cara/lho, aquilo doeu! Apertei os dentes e fechei os olhos, torcendo os dedos dos pés enquanto esperava a sensação passar.

- Ai meu Deus, machuquei você? – Dul colocou a mão na minha coxa e eu neguei com a cabeça. – Ai, me desculpa, como eu sou lerda!

- Não. – Murmurei entredentes, minha voz embargada enquanto tentava esconder a dor. – Tá... tá tudo bem.

- Meu Deus, por que você namora comigo? Eu sou uma idiota, não sei fazer nada disso e ainda por cima machuco você...

- Relaxa, Dul. – Sussurrei, interrompendo seu ataque de lamentações, ela não parava de falar nem pra respirar. – Eu tô de boa.

- Fala a verdade, eu machuquei você? – Perguntou, colocando uma mecha atrás da orelha.

Nem sob tortura eu diria a verdade. Ela ia ficar com aquilo na cabeça por um bom tempo e talvez demorasse séculos pra fazer novamente, então eu prefiria sentir aquela dor mais umas dezenas de vezes a não sentir suas mãos sobre mim. Com aquelas mãozinhas, eu esquecia qualquer vestígio de dor.